CAPÍTULO 57

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BELINHA

NÃO REVISADO

Minha volta para São Paulo tinha sido tranquila não teve nenhum contratempo na viagem e cheguei já na parte da noite, Maria fez questão de ir me buscar no aeroporto com o seu Jorge e para minha surpresa Rafa estava no meio deles com sorriso tão encantador que foi quase impossível não sorrir também mesmo que meu olhar tivesse vacilado quando percebi que Patrick não estava entre eles.

Mais o que eu queria? Que ele estivesse com outro buquê de rosas me esperando quando declarei abertamente que queria dormir com outros? Ah gente as vezes eu sou tão burra e sem filtro.

— Belinha.-Maria gritou quando me viu e saiu correndo para me abraçar.

Parecia até que fazia anos que não nós via e não uma semana, mas correspondi à sua alegria, afinal eu também estava morrendo de saudade dela. Nos abraçamos quando ela chegou até onde eu estava e foi um abraço forte cheio de saudade.

— Ah como eu estava com saudades! E como estão vocês duas? A casa não é mais como antes sem você com a gente.-diz me soltando do seu abraço.

— Está tudo bem e por aqui?.-digo me afetado dos seus braços para dar um em Rafa que ainda se mantinha longe, mas abriu os braços de imediato quando andei em sua direção.

— Ah minha loirinha por aqui está tudo bem. Mas você fez tanta falta nesses dias.-seu abraço foi mais suave do que o de Maria mais não menos caloroso e cheio de carinho.

— Eu também senti a falta de vocês, meus chatos.-abracei um de cada lado e depois seu Jorge antes dele se apressar a pegar minhas coisas já que eu tinha largado tudo de qualquer jeito.

Caminhamos assim até o carro, conversando e matando um pouco da saudade apesar de que não dava para matar o bastante  já que o caminho até o carro tinha sido curto.

— Você não vem com a gente, Rafa? .-perguntei quando ele abriu a porta do carro para gente mas não entrou.

— Não, sabe como é né? Tenho um compromisso.-ele abriu um sorriso safado me fazendo revirar os olhos.

— É esse seu compromisso e mais importante do que suas amigas?-.perguntei fazendo biquinho e Rafa aperta minhas bochechas.

Maria bufa do meu lado e revira os olhos mesmo parecendo que não estava com raiva dele por nos deixar.

— Belinha você não está vendo que o menino não está mais não se aguentando em ficar perto da gente? Deixa o rapaz ir aposta que esse rabo de saia é bem mais bonito que a gente.-Maria pisca.

— Claro que não, vocês são minhas divas mais você me entendi né belinha? .-desisti quem era eu pra tentar empatar mais uma pessoa das suas atividade.

E além do mais ele já tinha feito sua parte só por ter vindo me esperar no aeroporto coisa que Patrick nem sequer pensou em fazer.

— Pode ir mais depois quero saber como ficou esse rolo viu? .-ele piscou um olho todo sorridente antes de fechar a porta e seu Jorge ligar o carro.

— É as novidades por aqui?.-pergunto a Maria quando finalmente estávamos a sós. 

Esperando que talvez as coisas estejam melhores do que Maria tinha me falado por mensagem.

— Está ainda um pouco tenso, Gabriel ainda não voltou para casa e Patrick também queria fazer o mesmo, mas Pedro não aceitou isso, você sabe o quanto ele é apegado a família, e isso tudo está o deixando meio dividido porque querendo ou não Gabriel e seu filho o menino nunca saiu de casa  antes e isso o deixa preocupado.Mas conversamos e o aconselhei a da um tempo a ele assim o mesmo pode esfriar a cabeça e voltar quando ele quiser.

— Oh merda eu não queria que isso tudo acontecesse Maria, eu que deveria sair daquela casa assim pelo menos tio e sobrinho poderia ser como antes ou pelo menos tanta.-a culpa não era inteiramente minha mas mesmo assim me sentia responsável.

— Ei, Belinha, você não tem culpa, olhe para mim.-Maria levanta meu queixo me fazendo encarar seus olhos amigáveis no interior escuro do carro.

— Você não tem culpa, entendeu? Não é culpa sua que dois homens crescidos não sabem resolver seus problemas se não usar seus punhos.É nunca mais fale em sair daquela casa se você for embora eu irei junto.-sua mão pegou a minha.

Não era a primeira vez que ela me dizia isso, é eu acreditava fielmente que se eu saísse  ela viria comigo pois Maria era assim uma amiga com quem eu sempre podia contar.

— Maria...-me emocionava sua amizade tão leal.

— Não descurta comigo, fizemos um juramento quando criança de está sempre uma ao lado da outra e eu não pretendo quebrar minha promessa.-sorri lembrando da nossa promessa boba de criança.

— Então você por mim e eu por você? .-perguntei deitando minha cabeça no seu ombro já sentindo o cansaço da viagem e nem me importando que o cinto estava um pouco incomodado com essa posição.

— Sempre, por vocês.-não sei quando chegamos a mansão pois o cansaço me pegou no meio do caminho e acabei adormecendo encostada no ombro de Maria. 

PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora