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André.

Chegamos ao restaurante bem rápido, de cara reconheci o spollite. Um restaurante Italiano.
Eu costumava vir com a Bella aqui e fico feliz que ainda exista.
Rayssa: Já conhecia esse restaurante?— Diz após nos sentarmos em uma cadeira super confortável.
André: Sim. Eu costumava vir bastante aqui.
Rayssa: Ah que bom!— diz com simpatia.— Aqui é um dos meus restaurantes favoritos. Adoro um penne ao molho branco. Fiquei até um receada de você não gostar e eu estragar nosso jantar.
André: Nossa, acertou muito vindo pra cá. Eu também adoro. Não tem como não gostar de um bom prato Italiano. — Sorrio e realizamos nossos pedidos a um garçom que vem nos atender.— Vou pedir um vinho, você quer?
Rayssa: Não, estou de plantão hoje.
André: É verdade. Uma Coca cola?— Ela assente e o garçom se retira.
Rayssa: Esse jantar veio na hora certa, não sei como eu lidar com meu pai ainda. Ia surtar em 4 paredes com ele.
André: Porque ele veio ao Brasil?— estava bastante curioso já.
Rayssa: Não sei exatamente, mas acho que tem a ver com o baile beneficente do hospital.
André: Ah bacana, vocês arrecadam fundos?
Rayssa: Isso! Pra uma instituição a qual o hospital ajuda a financiar. Tipo uma filantropia.
André: Que incrível Rayssa!
Rayssa: É a única forma que vejo de ajudar determinadas classes sociais.
André: Como assim?
Rayssa: Eu sou médica, trabalho em um hospital particular onde grande maioria da sociedade não tem dinheiro suficiente para bancar ou ter um plano de saúde bom. Saúde deveria ser igual pra todos né? E eu vejo de perco o quão precário é a saúde pública.
André: Tenho certeza que você faz o melhor que pode pra ajudar todos eles. A saúde no Brasil com certeza está forte com você no time. — Nossa comida chega e começamos a comer.
Fazia tempo que eu não comia aqui, confesso que me faz lembrar de muitas coisas. Me faz lembrar da Bella... Bebo uma taça do meu vinho.
Rayssa: Eita tá querendo ficar bêbado?— ela diz sorrindo.
André: Talvez. — não digo sobre meus pensamentos.— Mas continua, e quando vai ser esse baile?

Rayssa: Daqui a algumas semanas. Mal posso esperar pelo caos que vai ser essas semanas por causa desse evento e pra piorar ainda tem minha mãe no meu pé para que eu arranje um par no dia do baile. Isso é tão século passado...— Diz um pouco irritada e revirando os olhos.
André: Ué e isso é ruim?
Rayssa: Péssimo André, pensamento de que mulher não consegue fazer as coisas sem um homem do lado.
André: Acho que pode ser pra te dar apoio talvez.
Rayssa: É, mas acontece que eu também não tenho ninguém pra levar. — Levanto minha sobrancelha. Ela tem o médico lá o tal do João.
André: Ué porque não leva o João?
Rayssa: João? — caralho eu disse mesmo o nome dele? — Você conhece o João? — pigarreio.
André: hmm, eer, lembro que sempre comentavam pelos corredores que vocês dois iam acabar tendo um relacionamento futuramente. Imaginei que o médico que seu pai disse mais cedo fosse ele.— Vejo uma Rayssa um pouco mais corada, acho que está nervosa.
Rayssa: Não vou mentir, é ele. Mas eu e João não temos absolutamente nada. Nós transamos quando eu tô afim e é só isso. Só sexo. — só dela falar de sexo eu já fiquei duro de baixo da mesa. Ela não pode falar desse jeito, merda!
André: Você transa com ele a pelo menos mais de 1 ano e não sente nada por ele?
Rayssa: Da pra transar sem sentimentos André, você nunca transou sem gostar da pessoa?— Fiquei boquiaberto.— E o João é do tipo pegador, ele jamais iria se prender a alguém.
André: Entendi. Então se você vai se sentir melhor indo sozinha ao baile, acho que tem que fazer o que achar melhor. — ela me olha por um determinado tempo bastante pensativa.
Queria ser um Edward Cullen nesse momento pra ler os pensamentos dela, mas seu paige toca. Isso é sinal de emergência no hospital
Rayssa: Droga, vou ter que ir pro hospital. Parece que surgiu um acidente grave e eu preciso estar lá agora. Me desculpa ter sempre que ficar saindo no meio das nossas conversas.
André: Tá tudo bem, é o seu trabalho. Pode deixar que eu fecho a conta, vai lá.

Rayssa: Ok eu vou. — Ela levanta da mesa e eu também. Ela coloca a bolsa dos ombros parando bem do meu lado. Quando já ia resolvendo ir, ela me surpreende. — Mas antes eu preciso que me responda uma coisa.
André: qualquer coisa.
Rayssa: Naquele dia.— Não preciso perguntar que dia, pois sei exatamente a qual ela se refere — Você queria mesmo me beijar?
André: Sim. — digo sem rodeios.
Rayssa: E essa vontade passou? Por isso você foi embora?
André: Não, não passou. E um dos motivos por eu ter ido embora foi exatamente por causa disso. Eu não achava certo.
Rayssa: Agora sou eu que quero te beijar.
André: Que bom. — Seguro seu pescoço e trago seus lábios aos meus. Beijo delicadamente seus lábios, invadindo sua boca com minha língua e sendo correspondido com um beijo magnífico. Lembrando que estamos no meio do restaurante, a afasto com um selinho. Ela parece um pouco atordoada.— Você deveria ir pro hospital lembra? Salvar vidas. — Ela parece despertar e sai com um sorriso bobo no rosto.
Pago a conta e saio de lá também com um sorriso bobo no rosto.

UM ANJO EM MINHA VIDA /Completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora