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Rayssa

Os pais do André eram ótimos e logo pude perceber de onde vinha todas aquelas qualidades a qual eu amava no meu namorado. Ele tinha pais ótimos, ao contrário de mim... Mas não quero pensar nisso e fiquei em apenas conhecer os pais do André.
Descobri que a mãe dele era formada em psicologia, não trabalhava mais na área, mas foi uma grande ajuda na fase em que o André passou em sua casa. Seu pai não conversava muito, era mais caladão, mas tinha um sorriso genuíno. André com certeza puxou esse sorriso.
Gisele: Então você cuidou da nossa Bella?— Eu sorri.
Rayssa: É... — não foi um tom muito feliz, afinal eu não a salvei e pra um médico todas as nossas perdas por mais que aprendemos com a dia a dia que acontece, fica marcado em nós — Eu queria ter feito mais. — André sorriu pra mim e passou e segurou minha mão. Sua mãe acompanhou os nossos movimentos.
Gisele: E quando foi que começaram a ficar juntos? — seu tom era curioso e sem recriminação. Que bom! André foi mais rápido do que eu.
André: Ela esteve do meu lado todo o tempo e tem me ensinado constantemente a seguir minha vida. Achei que nunca mais fosse ser feliz de novo mãe, mas acho que alguém lá em cima gosta de verdade de mim.— Gisele se emociona.
Gisele: Fico feliz em ouvir isso meu filho. Tive medo de você se entregar, de não se reerguer nunca. Você sabe que fui um pouco contra você retornar, mas tô vendo que está ótimo aqui.
André: Sim estou e estou feliz que estejam aqui. Porque não avisaram? Nós teríamos preparado algo pra vocês, é que aqui é casa de professor e médico então a gente não tem muito tempo.— Gisele enruga a testa como se não tivesse entendido direito
Gisele: Estão morando juntos?
— Com sua pergunta me lembro que não respondi a sua proposta logo antes de eles chegarem e resolvo responder quando vejo que André se embolou
André: Sim, nós estamos. Não faz muito tempo — Faz algumas horas, mas não falei essa parte. André sorriu pra mim e me deu um leve beijo.
André: Ótimo — ele olha pro seu pai dormindo no sofá e é quando lembramos que ele estava ali e rimos.— ele sempre foi assim, onde para ele dorme
Rayssa: Coitado vocês devem estar cansados...

André: O que me lembra que esse apartamento é minúsculo e só tem um quarto.
Gisele: Não se preocupem, nos iremos ficar em algum hotel esse tempo filho
André: Não senhora. Vocês ficam aqui e eu e Rayssa a gente se vira — Eu assinto concordando.
Gisele: Não filho, essa casa é de vocês. Não faz nem sentido... — ela tenta argumentar, mas André a interrompe.
André: Sem discussão. Eu e Ray a gente nem para em casa, aqui vocês vão se sentir mais a vontade. — ela se dá por satisfeita e sorri.
Deixo André na sala com os pais e vou até o quarto trocar os lençóis da cama e deixar tudo arrumadinho.
Estou destruída colocando a fronha no travesseiro quando sinto André me abraçar por trás e beijar meu pescoço mordendo de leve minha orelha e eu solto um gemido bem baixinho.
André: Espero que não se importe de passar algumas noites comigo em um hotel. — ele me vira me colocando a sua frente e me beija de leve.
Rayssa: Não tem problema nenhum, qualquer lugar que tenha você e uma cama é perfeito. — Ele se finge de ofendido.
André: Estou me sentindo um objeto sexual. — dou um empurrão em seu peito e volto a arrumar o quarto.
Rayssa: Pronto! Tudo pronto para seus pais.
André: Obrigada! Vamos? Quero deixar eles a vontade. — nós vamos em direção a sala e escuto a voz de meu sogro e Gisele conversando e a gente acaba ouvindo parte da conversa.
Gisele: Seria muita coincidência aquela mulher ainda trabalhar no mesmo local.— André os interrompe.
André: que mulher?
Gisele: Aí meu filho, que susto! Já estão indo? — Ela foge da resposta e André nem percebe.
André: Sim! Vão ficar bem?
Paulo: Fica em paz meu filho, qualquer coisa a gente chama a polícia. — ele faz menção ao Rio de Janeiro ser perigoso. Ele já havia falado isso antes.
Abraço meu sogro e minha sogra e nós entramos em meu carro.
Rayssa: Eu dirijo! Sempre quis entrar em um motel dirigindo e ser eu a falar com aqueles atendentes pervertidos que devem ficar imaginando uma e outra posição sexual a qual eu pareço ter cara de fazer — André me olha sem acreditar. — O que? Você não acha que depois que a gente passa eles não ficam cochichando? — dessa vez ele gargalha.
André: Você viaja amor.— Pisco pra ele e acelero o carro.

Rayssa: Já sei pra onde a gente pode ir.
Dirijo por uns 25 minutos e paramos em um motel bem chique, caro demais também, mas eu não quero saber.
Rayssa: Boa noite, gostaria de uma suíte presidencial — A atendente sorri pra mim com cara de "É safada vai foder a noite toda" tenho certeza disso. Ela me entrega a chave e o portão abre para nós entrarmos, mas antes eu abro um sorriso — Orbigada querida, tenha uma noite tão boa quanto a minha vai ser — e entro na garagem. André solta uma gargalhada ao meu lado que eu acabo rindo junto.
André: Caralho você é muito sem noção!
Rayssa: Não é o máximo? É sempre o homem que entra dirigindo, se achando o fodao! Estou me sentindo muito empoderada. — entro em nossa garagem privativa e desligo o carro.
André: Tá se sentindo empoderada amor?
Rayssa: Sim! Você não tem ideia — Nos saímos do carro e seguimos até a escada que dá para o nosso quarto. Assim que entramos era um quarto de motel clássico sendo que com muito luxo. Bem diferente do que eu já havia frequentado. — UAL. — Digo.
André: Parece que você pegou a suíte mais cara do lugar.
Rayssa: Nos merecemos certo?
André: Sim, mas na real eu tô pouco me lixando se é chique ou não, a única coisa que eu quero agora é estar dentro de você. — e ele avança em mim com um beijo enlouquecedor.

UM ANJO EM MINHA VIDA /Completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora