Interrupções

4.8K 508 11
                                    

Eu estava presa embaixo dele, que segurava a minha nuca com uma das mãos e a cintura com a outra. Meus braços traidores, ao invés de empurrá-lo, estavam ao redor do seu pescoço, puxando mais para perto. Eu não poderia culpar meu subconsciente de fazer isso. Ele beijava bem demais para ser justo.

A mão que segurava minha nuca foi descendo ao longo das minhas costa, até encontrar o fim da minha camiseta e o início do elástico do short baby-doll que eu usava. Um suspiro de frustração passou por Cameron e ele começou a se afastar. Instintivamente, o puxei para mais perto, aprofundando o beijo, sentindo cada parte dele contra a meu corpo.

Cam era magro, mas cada centímetro do corpo dele era devidamente definido por músculos. Quando passei um mão pelo seu braço e desci pela sua barriga, não deixei de notar que seu bíceps, tríceps e todos os 'ceps' mais eram firmes embaixo da minha mão. E eu gostava disso.

Ele subia agora por debaixo da camiseta, traçando linhas nas minhas costa, na barriga, perigosamente perto dos seios e então descendo para minha bunda. Provocando. E em algum lugar da minha cabeça, eu sabia que devia empurrá-lo e acabar com isso, mas não conseguia entender o porquê. Só sabia que precisava dele agora.

A boca dele deixou a minha por um momento, descendo pelo meu pescoço e ombros, mordiscando, beijando. As mãos agora foram por dentro do meu short, e eu passei minhas pernas ao redor dele, arranhando suas costas, o rosto escondido na curva do pescoço, suspirando de ansiedade e frustração por ele não fazer nada mais do que provocar.

Quando ele finalmente puxou minha camiseta para tirá-la, uma parte doentia de mim não pode deixar de comemorar porque eu teria o que queria sem precisar implorar. Mas então um celular tocou no bolso detrás da calça dele e eu ambos congelamos como se fosse inconcebível que algo de fora atrapalhasse.

-Ignore. - Eu pedi, sussurrando em seu ouvido, mordiscando de leve sua orelha. Senti que ele gostava daquilo, e aprofundei a caricia, ganhando um gemido leve dele, que mais parecia um rosnado.

-Pode ser importante. É importante. Quase ninguém usa telefone por aqui. - Ele respondeu, quando o celular chamou uma segunda vez.

Tirei minhas pernas do quadril dele, deixando-o livre para atender o que quer que fosse.

Naked - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora