Dance

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Obs- Pessoal, ,conforme falei mais cedo, meu pulso está, com o perdão da palavra, fodido. Consegui digitar com a mão esquerda uns poucos parágrafos. Por enquanto vou ficar postando de pouquinho ok? Preparam-se para grandes emoções no próximo. Alguma aposta sobre o que vai acontecer?

Sky

Enquanto Cam se afastava, minha consciência voltava. Era como se eu não pudesse pensar direito enquanto ele tocava em mim. Quando a noção do que estávamos quase fazendo caiu em mim, corri para o banheiro, trancando a porta entre nós.

Sozinha, deixei o pânico me dominar. Eu quase ia para cama com o meu melhor inimigo. Inimigo não. Agora cooperávamos um com o outro. Mas também não éramos amigos. Eu ainda estava presa ali por um mês. Maldita impulsividade.

Ouvi a porta do quarto batendo e percebi que ele havia me deixado sozinha. Saí do banheiro espiando para ter certeza. Estava irritada, excitada e precisava extravasar. Normalmente eu faria isso dançando. Foda-se. Eu iria dançar. Só precisava achar uma sala vazia.

Pela primeira vez, sai pela casa dele sozinha.

Camerom

Minha mãe ligava nas piores horas possíveis. Se não a conhecesse melhor, acharia que mandou instalar câmeras por toda a casa. Logo que atendi, o interrogatório de por onde andei e com quem estava começou.

Vi Sky correr para o banheiro e levantei uma sobrancelha. Não podia reclamar, não queria conversar com minha mãe na frente dela.

Como era de se esperar, havia mais uma fila de jantares marcados para dali um mês. Ela decidiu que me queria empalheirado até o final o próximo ano. Como se eu não tivesse voz ativa. Escutei tudo meio desligado, lidaria com isso quando fosse a hora. Discutir agora não era vantajoso para nenhum de nós dois.

Quando ela desligou mais de meia hora depois, Skylar não estava mais no banheiro, nem no quarto. Lembrando da fuga dela, me concentrei no cheiro tênue que deixou ao procurar por alguma coisa naqueles cômodos.

Com um sorriso, percebi para onde ela deveria ter ido. Desci as escadas até o porão, onde a encontrei dançando em um estúdio de dança improvisado. Havia mandado preparar enquanto estávamos fora, mas não achei que ela encontraria antes de estarmos em bons termos. Mas estávamos caminhando para isso.

Quando ouvi o som saindo dos docks, estranhei. Como ela misturava rock e balé? A dança dela era agitada. Estava de olhos fechados. Parecia zangada. Mas estava na ponta dos pés, mesmo sem a sapatilha de balé. E aqueles rodopios sem dúvidas eram do estilo. Parecia tão certo. E não parecia certo espiar. Então a deixei no seu mundo particular e subi. A conversa poderia esperar.

Naked - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora