#Atendendo pedidos# pt2

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De repente, em toda aquela multidão se abriu um caminho. Eu não via direito o que era, mas então chegou até mim. Era o Jin.

— S-S/N... o que e-está... — Ele se colocou a minha frente e tentou fechar meu uniforme — Meu Deus, pequena! Quantos cortes! Temos que falar sobre isso mais tarde.

— Você sabia! Você sabia!

— Vem vamos sair daqui. — ele puxou minha mão mas eu resisti.

— VOCÊ SABIA DE TUDO! POR ISSO ME MANDOU FLORES COM AQUELAS MENSAGENS, VOCÊ SABIA QUE ERA TUDO UMA MENTIRA! — o empurrei para fora do palco. — Me desculpa se você não gostou do meu "namoro", e me desculpa por isso. Eu sempre gostei de você.

Eu já estava acostumada com a sensação de tantos olhares. Eu não me importa mais com eles, não me importo mais com Lee ou Jin, eu não me importo mais com nada. Nem comigo mesma.

Dentro do meu sutiã, guardei um pequeno canivete. Eu sempre o usei para fazer meus cortes, ele estava manchado com meu sangue.

Respirei fundo e limpei as lágrimas em meu rosto. Olhei para Jin uma última vez, ele chorava baixinho, foi triste ter deixado ele assim.

De olhos fechados, passei a lâmina do canivete pelo meu pescoço.

Senti cada cota de sangue passando pelo meu pescoço. Me deixei cair de joelhos enquanto ouvia os gritos desesperados dos alunos.

Eles não se divertiam mais, tinham medo da depressiva, da garota suicida. Agora não tinha mais graça.

Olhei para baixo, minha camisa estava completamente suja de sangue. Minha visão escureceu aos poucos.

Ao meu redor não havia quase mais ninguém, todos fugiram com medo. Depois de um tempo, o único que vi foi Jin.

Suas lagrimas não secaram, seu rosto ainda tinha um semblante triste. O mesmo veio até mim o mais rápido que suas pernas bambas podiam correr.

Ele me abraçou e tentou me levantar, segui seus movimentos mas quando fiquei de pé, meu corpo não obedeceu aos meus comandos e quase cai.

Senti os braços de Jin me erguerem, o abraçei e logo não senti mais nada.

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— J-Jin? — olhei o rapaz a minha frente.  — Eu não morri?

— Eu nunca deixaria isso acontecer. Nunca... — sua mão moldava meu rosto, seu polegar fez um carinho sobre minha bochecha.

— o que aconteceu?

— Você desmaiou quando aquela vadia te bateu. Mas ela teve o que merece, Lee também.

— M-mas o canivete? O que aconteceu com eles? Onde a gente está? E...

— Shiuu... se acalma. Nós estamos na minha casa, eu moro sozinho. Eu te trouxe pra cá porque ligariam para o hospital e chamariam seus pais. Eu sei que você não gosta deles.

— Jin me desculpa.

— Olha, Lee e a vadia dele foram expulsos e estão na delegacia agora. Eles confessaram tudo e revelaram as mentiras, agora está tudo bem.

— Tem certeza? Você disse vadia, você odeia isso. Ksksksks! — ri fraco.

— Existem algumas exceções. Kskskss.  Mas agora, eu vou cuidar de você. Pra sempre viu? — beijou minha testa — agora descanse.

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Jin e eu tivemos uma longa conversa.

Acabou que meu " suicídio" não aconteceu. Foi tudo coisa da minha cabeça.

Jin realmente cuidou de mim. Nossa amizade se intensificou, nosso carinho, nossos momentos de alegria, o sentimento de amor que sentíamos.

Tudo parecia perfeito. Mas não estava, falta mais.

Por isso, quando terminamos o ano letivo decidimos morar juntos.

Sempre fomos melhores amigos.

Ele fez de tudo para me ver sorrir. Eu me sentia bem, segura, amada e feliz por tê-lo ao meu lado.

Depois de um tempo, o mesmo me ajudou a superar dores que um dia senti. Eu não tinha mais dúvida, eu o ama.

— Jin, podemos conversar?

— Espere um pouco, eu preciso dizer uma coisa antes. Namora comigo?

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