CARLOS
Dormir com Adriana foi teste para cardíaco. Claro que já dormimos juntos, várias vezes, mas eu tinha dez anos. E da última vez que ela me viu e ficamos próximos, não chegamos a dormir juntos.
Ao contrário da minha doce flor, eu consigo dormir a noite inteira. Já ela tem esses problemas com sono. E sei que ela ficou chateada por eu não ter dormido agarradinho nela. Afinal de contas, quem é o homem nessa cama? Não vou mentir que foi difícil dormir sabendo que ela estava do lado. Ouvi ela bufar de raiva umas duas vezes, mas apaguei. Não vi a hora que ela dormiu. A parte da cama que fiquei é próxima da janela de seu quarto.
Já tinha colocado meu celular pra alarmar as sete horas, vou levá-la a faculdade. Última semana. Ela se forma na semana que vem. Um pouco antes dele alarmar eu abro vagarosamente meu olho com a claridade que entra pela janela. Suas cortinas são finas.
Estico o braço para alcançar meu celular na mesinha ao lado da cama. Porém sinto algo circundando minha cintura. Levanto um pouco o lençol e vejo o braço da minha doce flor, me abraçando. E só agora percebo seu rosto colado em minhas costas.
Faço o mínimo de movimento possível pra que ela não acorde ou se mexa e acabe com esse contato gostoso. Apanho o celular, 6:47 da manhã. Desligo o alarme. Coloco o celular de volta na mesinha, que vocês chamam de criado mudo, mas pra mim é uma micro mesa.
Giro lentamente meu corpo para ficar de frente pra ela. É tão linda dormindo, como é acordada.
Coloco lentamente minha mão embaixo do seu rosto e levanto sua cabeça, podendo assim colocar meu braço pra que ela deite sobre ele. Retiro algumas mexas de cabelo que atrapalham minha visão do seu lindo rosto. É mais que automático meus dedos se enroscarem em seus cabelos numa forma de cafuné como ela diz.
Vejo um sorriso leve se formar em seus lábios. Sorrio também.
Ela abre os olhos numa careta, acho que a claridade está lhe incomodando e giro mais um pouco meu corpo para lhe fazer uma sombra.
― Bom dia!- digo no tom mais baixo que posso. Pela manhã minha voz geralmente fica mais grave.
― Bom dia!- ela me sorri e sinto sua mão, que estava em minha cintura, fazer um carinho leve em minhas costas.
― Dormiu bem?
― Mais ou menos. Dormi tarde como sempre, mas acordei muito bem...
― Ah é?!- Tomara que ela diga que o motivo sou eu.
― Com esse cafuné que você faz... como acordar chateada?
― A propósito - faço menção de retirar o braço.
― Que tá fazendo? - ela pergunta com voz manhosa. E isso me deixa muito encantado. Eu amo essa mulher!
― Eu prometi não te tocar, nada de malícia...
― Foda-se! Se você parar, eu vou jogar você da cama embaixo.
― Que boquinha depravada... falando palavrão tão cedo minha flor? Se você quer, não paro.
― Não pare! - outra vez a voz manhosa... isso tá me excitando.
Continuo fazendo cafuné nela, sentindo seus carinhos em minhas costas. A puxo pra mais perto...
― Você tem um cheiro gostoso...
― Gosta? Porque eu amo o seu cheiro, flor!- retiro uma mexa de cabelo insistente que está em seu rosto.
Ela me olha. Sei que todos me dizem que meus olhos parecem o mar, devido a cor que tem, mas com o olhar que ela me dá, sou eu quem gostaria de mergulhar em seus olhos. Faço um carinho com meu polegar em sua bochecha e não esperava por isso. Ela me beija.
Adriana está com seus lábios nos meus. Meus olhos continuam abertos, pelo susto eu acho. Os dela também. Ela sobe a mão que estava em minhas costas e segura meu rosto, permito a passagem de sua língua e meus olhos se fecham. Quero sentir toda a sensação possível.
Posso estar muito apaixonado por ela, talvez isso seja impressão minha por todo o desejo que estou sentindo agora, mas Adriana intensifica o beijo de uma forma que eu diria ser excitação, desejo. Tento levar o beijo por um caminho mais calmo, assim não precisamos separar nossas bocas para respirar. Mas ela é mais rápida e intensa. Deita sobre mim. Retira seus lábios dos meus. O que eu não gosto, já que não quero distância dela. Logo em seguida, vejo luxúria em seus olhos, suas pupilas estão dilatadas, sua respiração está acelerada e seu corpo quente sobre o meu, me diz que tudo isso pode ir além desse beijo.
Ela eleva um pouco seu corpo do meu. " Não. Ela vai parar". Seus cabelos estão caídos em minha direção. Uso minhas mãos e levo eles para trás de sua cabeça. Segurando eles em sua nuca e puxando sua boca pra minha. Mergulho minha língua em sua boca. Ela corresponde. E tudo recomeça de onde paramos. Ofegante e quente, Adriana desliza seu corpo sobre o meu. A mantenho sobre mim e me sento na cama, me encostando na cabeceira. Nesse momento, ela está sentada no meu colo. Sei que estou muito excitado. E quero muito ela.
― Ah Adriana! - digo com meus lábios ainda encostados nos seus.
― Me beija...
Volto minha boca pra sua. Seu pedido é mais que uma ordem pra mim. Ela retira a longa camisa que usa, ficando só de calcinha. Pega minha mão e coloca em seu seio. Eu quero essa mulher meu Deus... mas creio que isso tudo é excitação matinal. Tenho medo de irmos onde quero ir e depois ela me rejeitar.
― Adriana eu prometi não tocar em você...
― Mas eu não ti prometi nada.
Ela volta a me surpreender e coloca sua mão muito, muito próxima da minha virilha... isso me dá um tesão imenso e não resisto a um gemido.
― Você tá me tirando do sério Carlos... Eu não sei o que estou fazendo... só sei que isso é muito bom...
Coloco minha boca em seu seio... ela joga sua cabeça pra trás e geme. Puta merda! Minha língua circula por seu seio e por fim, sugo de leve. Ela volta pra mim e sai de cima de mim. O que me deixa atônito.
Ela deita entre minhas pernas... engatinha como uma gata até mim. Começa beijando minha boca, meu pescoço, meu peito... e vai descendo... Tô muito duro. Ela pára no cós da minha bermuda de moletom.
― Nunca mais me desafie - por cima da bermuda ela deposita um beijo sobre meu membro. Levanta e pega seu camisão - terminamos isso depois, vou fazer um café pra nós.
Cara, essa mulher tá fodendo meu juízo... vou ter que bater uma antes de levar ela pra faculdade.
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Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1
RomanceÉ difícil resistir a tentação. Dizer não, quando o desejo é grande. Seu corpo quer, seu coração também, mas sua razão fala, grita que é errado! Eduardo um empresário bem sucedido, viúvo e muito bonito se pega num dilema quando conhece Adriana a melh...