Saímos e o manobrista trás o carro do Carlos de volta. Como sempre muito cavalheiro que é, Carlos antes de entrar no carro, abre a porta do mesmo pra mim.
Sento-me e coloco o sinto. Como estamos indo pra casa, para longe do imbecil do Eduardo, me sinto mais tranquila.
― Tá mesmo tudo bem flor?- ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha e sorrir, como um anjo, tentando me transmitir paz.
― Tá sim. Só que na verdade, queria ir para outro local, ainda mais tranquilo que aqui - sorrio de volta e encosto meu rosto em sua mão que está tocando minha bochecha.
Ele liga o carro e sai.
― Tem ideia de algum lugar legal? Que possamos ir?
― Tem um parque que não é muito longe daqui.
― Acho meio perigoso, ficar dando bobeira na rua... já são 23:32. Acho meio tarde pra parque.
― Quer ir pra um motel então?
Sou sacudida intensamente com a freiada que o Carlos dá.
― Que?
― Nossa Carlinhos, eu tava brincando... precisava de uma reação assim?
― Adriana não me chame de Carlinhos. E por gentileza e, para o bem de nós dois, jamais brinque com meus desejos e minha libido.
― Okay. Desculpe, foi uma brincadeira sem graça - ele dá a partida novamente. Ficando muito sério.
― Me desculpe... eu não devia ter falado áspero com você. Mas de verdade, eu desejo você ardentemente. Não é fácil pra mim, ver você linda como está e não poder realizar todos os meus desejos e vontades contigo.
― Não farei mais isso - toco em sua coxa pra demonstrar que falo sério.
― Por favor... tira sua mão daí, pois posso bater o carro com essa distração.
Retiro minha mão de sua coxa. E ele foca no caminho de casa. Quando chegamos, Clara e Bruno estão sentados no sofá e nos veem entrando.
― Já?- pergunta Bruno.
― O jantar foi tão ruim assim Dri, pra você querer vir embora?- diz Clara, visivelmente debochando do irmão.
― Não. Seu irmão é a melhor companhia do mundo para qualquer coisa. O jantar foi maravilhoso - respondo indo para o quarto apanhar meu "pijama de mendigo" pra tomar uma ducha e poder dormir.
― Satisfeita baby?- Carlos fala pra Clara que dá língua pra ele. Às vezes eles são tão infantis.
Carlos senta-se na cadeira/ poltrona na sala e, começa a conversar com o casal. Eu entro no banheiro.
EDUARDO
Não sei o que me deu. Quando vi já estava indo pelo corredor dos banheiros do restaurante. Realmente eu preciso me tratar pra esquecer essa garota!
Ela esbarra em mim saindo do banheiro feminino. Tenta me pedir desculpas mas, nota que a pessoa com a qual esbarrou sou eu. Ela deixa seu olhar no chão o que me dá muita tristeza, saber que não posso olhar seus lindos olhos. Também sei que a culpa disso tudo, é minha.
Ela tenta passar, mas eu a impeço bloqueando-a, todas as vezes que ela faz menção de ir para um lado ou outro eu estou lá. Está até engraçado, parecemos dançar tango.
― Será que o senhor pode ficar parado pra que eu possa passar?- finalmente ela olha pra mim. Parece com raiva, furiosa ou seria medo?
Ela me chamou de senhor... isso doeu.
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Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1
RomanceÉ difícil resistir a tentação. Dizer não, quando o desejo é grande. Seu corpo quer, seu coração também, mas sua razão fala, grita que é errado! Eduardo um empresário bem sucedido, viúvo e muito bonito se pega num dilema quando conhece Adriana a melh...