― Gente tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas eu preciso dormir. Amanhã tenho plantão dobrado. Preciso ir...
― Precisamos dormir né Bruno?! - corrige Clara.
― Verdade, a cama não é a mesma sem você ! - diz Bruno abraçando sua namorada.
― Esses dois são um grude que só - chega Adriana com dois copos de chopp.
― Você vai ficar Dri?
― Clara eu vou só terminar esse chopp e vou também. Amanhã tenho aula.
― Já tá acabando né Dri?
― Sim Flávio.
Flávio já chega abraçando Adriana, que dá logo um jeito de se livrar dos braços do amigo.
― Se você prometer que é somente esse chopp, nós te esperamos e te damos uma carona -diz Bruno.
― Prometo !- diz Adriana levantando a mão direita como forma de juramento.
Alguns minutos depois os três vão em direção ao estacionamento.
― Não deveria ter vindo eu tô morto. Tô muito cansado!
― Dri só vinhemos por sua causa.
― Eu sei amiga, por esse motivo estou voltando com vocês. Afinal de contas sem vocês aqui não tem graça.
― Tá cheio de amigos seus da faculdade aí -diz bruno abrindo a porta do carro.
― Ao menos uns três estão a fim dela, pelo que eu vi... - fala Clara sorrindo.
― Nenhum deles me interessa! Eu gosto de outro tipo... Que não estava ali...
― A-ha então você está a fim de alguém. Conhecemos?- Pergunta Bruno, ligando o carro.
― Não!
― Diz aí o nome - insiste Clara.
― Vocês não conhecem porque não tô interessada em ninguém.
― Você disse que não estava lá ...poderia estar em outro local...
― Não existe tal figura. O que eu quis dizer é que gosto de um tipo de homem diferente.
― Tipo verde ou daquele que vem de kripton? - diz Bruno sorrindo...
― Seu chato!
Os três chegam em casa e cada um vai para seu quarto. No caso o casal tem a sua suíte e Adriana tem seu quarto. No qual ela entra e fecha a porta atrás de si. Tira a roupa, pega uma camisola e sai do quarto para tomar seu banho. Seu quarto não tem banheiro.
No dia seguinte quando Clara e Bruno saem do quarto, já prontos para saírem, Adriana já está com a mesa posta para o café da manhã.
― Vocês não vão comer?
― Temos que correr... Estamos quase no horário- diz Bruno pegando um pouco de café.
― Ah, pelo amor de Deus sentem e tomem café. Eu fiz pra vocês. E além do mais o hospital é a dois quarteirões daqui, vocês vão de carro, não leva nem 5 min.
― Tá bom mamãe - Bruno sorri e senta-se.
Após o café, Bruno e Clara vão para o hospital, Adriana dá uma ajeitada na cozinha, pega sua bolsa e vai para a faculdade.
Para variar o ônibus tá lotado. Ela se sente como uma sardinha em lata. Talvez a sardinha tenha até mais espaço.
Chegando a faculdade em cima da hora ela passa correndo pelo portão.
― Nossa, tu saiu antes de todos nós e consegue chegar atrasada... - diz Flávio.
― Meu querido a grande maioria de vocês tem carro, eu não.
― Eu poderia te dar uma carona todos os dias...
Adriana só sorri.
Todos ficam em silêncio, quando um homem no auge de seus 50 anos adentra a sala acompanhado do reitor.
― Pessoal esse é o Lúcio ... Sei que faltam apenas dois meses para o término do curso, mas o professor Aurélio teve que se ausentar por motivos de saúde.
― O que houve com ele, podemos saber? -pergunta um dos alunos.
― Ele teve um AVC ontem a tarde. Estamos todos muito sentidos, porém não podemos parar o curso faltando tão pouco para o final.
O reitor se retira e deixa Lúcio com os alunos.
Na hora do intervalo Adriana procura a reitoria.
― Com licença reitor posso falar com o senhor?
― Você é?
Estavam na sala o reitor, a secretaria e o novo professor.
― Prazer, Adriana. Turma 4002.
― Oh! O professor Aurélio falava muito bem de você. Disse que você é uma aluna com futuro brilhante!
― Obrigada.
O reitor faz um gesto para que ela entre e com a cabeça e o olhar pede para ficar sozinho com ela.
― Em que posso te ajudar?
― É sobre a formatura... Ouvir dizer que temos que contribuir com cinco mil cada um...
― Você é bolsista não é? Você não precisa fazer a contribuição, porém não poderá participar da cerimônia. Poderá vir aqui 3-4 dias depois e buscar seu diploma.
Adriana se entristece.
― Ok- ela se levanta para deixar a sala- obrigada por seu tempo reitor...
― Ou...
Ela vira-se para ele.
― Ou o que?
― Você pode fazer como os bolsistas de outros anos... Pedir doações nas ruas... Fazendo docinhos e vendendo, lavando carros...
― Entendi. Obrigada.
Quando ela deixa a sala passa por Lúcio no corredor.
― Bonita essa garota, esses cabelos vermelhos...
― De maneira nenhuma olhe para outra aluna assim- alerta o reitor.
Adriana vai lanchar na lanchonete em frente a faculdade.
Sentada a mesa com duas amigas, conversa sobre coisas diversas.
― Olha só esses caras de terno... Como será que aguentam o calor?
―É isso que vocês ficam se perguntando quando veem esses caras de terno?
― Você não Adriana?
― Não. Me pergunto como são sem os ternos... Como ficam sem toda aquela roupa...
― São coroas... Devem ter tudo caído e murcho... Eu hein.
― Eu não acho, aquele ali por exemplo... Me teria fácil.
― Aquele se chama dr. Eduardo. Ele é gato! Mas penso que é gay, que pecado!
Todas sorriem. Adriana se concentra no Eduardo. Assim que ele entra no carro... Ela volta sua atenção para as colegas.
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Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1
RomanceÉ difícil resistir a tentação. Dizer não, quando o desejo é grande. Seu corpo quer, seu coração também, mas sua razão fala, grita que é errado! Eduardo um empresário bem sucedido, viúvo e muito bonito se pega num dilema quando conhece Adriana a melh...