O PADRINHO

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BRUNO

Eu tive que ligar para o meu pai ontem pela manhã, já que parece que o pai da Dri andou meio mal. Mas agora está tudo bem. Resolvemos também ir passar só o sábado. A Clarinha resolveu levar o celular da Dri. Havia algumas mensagens para ela, incluindo ofertas de trabalho. A questão toda é que ... tenho certeza absoluta, que eles estavam transando quando liguei.

Saímos bem cedinho pra conseguir curtir nosso sábado, já que voltaremos pra casa no dia seguinte cedo. Chegamos na casa de praia e estaciono. Entro na casa e vou até o escritório, nada do casal. O carro tá na garagem o que mostra que eles não saíram pra longe.

― Será que foram caminhar na praia agora cedo?- subo com a Clara para colocar nossas mochilas no quarto. Olho pela janela para a sala de treino, não estão.

― Acho que podem estar tomando café. Você sabe que a Dri não é de dormir até tarde - diz Clara.

Descemos e fomos na sala de jantar, nada. Clara resolve ir na cozinha e eu na suíte. Bato na porta, nada. Resolvo abrir a porta e nada. Quando estou saindo chega Clarinha rindo e toda vermelha.

― Não estão aqui.

― Já encontrei eles.

― Onde estão?

― Na piscina... transando.

― Oi?

― Seu pai e a Dri estão transando na piscina. Melhor a gente ir pro seu quarto e deixá- los à vontade.

Aproveito a deixa da minha morena, pego ela pela mão e levo para o quarto.

― Então vamos aproveitar que ninguém vai sentir nossa falta minha morena? Vamos fazer um amorzinho bem gostoso? Essa semana foi punk, quase não conseguimos tempo pra gente. Tô com uma saudade de você.

― Bruno você é muito safado! Meu Deus, tudo faz você pensar em sexo. Quem vê essa carinha sua, nem imagina como você é tarado!

― Nem vem jogar a culpa em mim. Você bem que gosta...

― Gosto! Tava pensando em experimentar uma coisinha que comprei ontem.

― O quê?

― Gel e calcinha comestível.

― Já gostei. Vem cá.

Eu me minha morena já sabemos cada detalhe do corpo um do outro e, não vejo a hora de casar com ela e morarmos juntos de vez.

Após umas duas horas ouço meu pai bater na porta do meu quarto. Abro a porta e ele está vestido num roupão.

― Quando vocês chegaram?

― Não tem muito tempo não - menti. Não queria deixar ele desconfortável.

― Vamos fazer um almoço. Vocês já almoçaram?

― Não. Estamos morrendo de fome. Não é melhor irmos comer num restaurante?

― O que você acha Chapeuzinho?- meu pai pergunta olhando em direção ao seu quarto. Adriana responde que "okay"- então vamos tomar um banho e encontramos vocês na sala daqui a pouco, pode ser?

― Certo -Meu pai sai e fecho a porta- parece que eles estão bem íntimos.Chapeuzinho, foi ótimo! Vamos tomar um banho minha morena?

― Tô precisando que você lave minhas costas amor.

Não vejo o tempo passar, quando dou por mim olho no relógio que marca 13:41. Apresso a Clara e assim que saímos do quarto ela caminha na frente e eu, volto pra pegar a carteira e as chaves no criado mudo. Quando volto correndo para encontrá-la na escada, ela faz sinal pra que eu não faça barulho. Ela está observando algo. Me aproximo e vejo que ela está vendo o meu pai e Dri dando um amasso daqueles no sofá. Adriana está sentada em cima do meu pai e ele, por sua vez, está com uma mão deslizando entre o peito dela e a bunda e a outra mão ele segura firme ela pela nuca. A coisa tá quente no sofá. Acho que se continuar, eles acabam transando nele. Não imaginei que meu pai fosse tão fogoso, já que chegamos e eles estavam transando na piscina. Como também não imaginei que veria meu pai como um adolescente aos beijos no sofá da sala.

A chave do meu carro cai fazendo barulho e Adriana pula de cima do meu pai. Ele senta no sofá e começa a ri, enquanto a Dri tenta esconder o rosto de tão envergonhada que está.

― Amor, vem cá. Não tem porque ficar com vergonha. Eles sabem que somos namorados- diz meu pai.

― Então vocês não estão só na pegação? É namoro sério?

― Me respeita moleque! Sou lá homem de ficar de pegação? Estamos namorando e vai acostumando pois minha intenção é ir além.

― Olha, pra quem via lá de cima, parecia uma pegação sim- meu pai me joga uma almofada.

― Com todo respeito Clara - diz meu pai olhando pra minha morena-  mas quem estava de pegação eram vocês, já que faz quase 2 horas que estamos esperando vocês aqui. Enquanto vocês estavam no quarto. Se não estavam de pegação, estavam fazendo o quê? Jogando pedra, papel e tesoura?

Adriana cai na gargalhada, junto com a Clara. E eu realmente fiquei sem jeito.

― Tá vamos logo- digo e encerro o assunto.

ADRIANA

Quase morri de vergonha com o flagra que o Bruno deu em mim e no Eduardo. Eduardo levou de boa, enquanto eu, só queria um buraco pra me enfiar. Adorei quando o Eduardo disse..."Estamos namorando e vai acostumando, pois minha intenção é ir além". Então ele não vai deixar as pessoas concluírem por si próprias sobre o assunto... isso é bom.

Fomos para o mesmo restaurante em que comi aquelas malditas ostras. E lá chegando sentamos e fizemos nossos pedidos. A conversa estava bem animada. Falávamos de nossos namoros e não dos flagras hoje pela manhã. Eu pergunto sobre o estado real de saúde do meu pai e Clara retira o meu telefone da bolsa dela e me entrega. Aproveito que o pedido vai demorar um pouco e faço uma chamada para minha mãe. Converso com ela, tento explicar o que houve pra eu ter ficado esses dias sem celular. Não comento sobre meu namoro e ela me fala o real estado do meu pai. Ela diz para eu não me preocupar, que o papai estava muito melhor. Me ofereço para voltar pra casa e ajudar ela, mas ela dispensa.

― Não acredito que o destino nos juntou mais uma vez aqui Eduardo- o tal Felipe aparece com uma mulher loira e estende a mão para o Eduardo- boa tarde compadre!

― Você poderia ter ignorado minha mesa Felipe e ter passado direto!- Eduardo responde.E eu encerro a chamada.

― Você já foi mais educado. Há um tempo atrás, você não me deixaria com a mão estendida.

― Há um tempo atrás, eu confiava em você a ponto de te deixar ficar na minha casa, sozinho com... o que você quer Felipe?

― Ah meu Deus, é o Bruno?- o cara se vira pra ficar de frente para o Bruno que o olha espantado- oi Bruninho...

― Ahnnn - Bruno olha de volta para o pai, como a perguntar quem era aquele cara. Ou para confirmar se era mesmo o cara que pensava que era.

― Tudo bem contigo?- o Felipe puxa a mão do Bruno, o levanta e o abraça- essa é Nicoly minha esposa e esse é Bruno Linhares meu afilhado- ele apresenta os dois, com muito entusiasmo no rosto.

Bruno cumprimenta a tal NIcoly, mas não olha o padrinho.

― Você é?- ele pergunta a Clara- e você eu conheci ontem a noite -ele fala pra mim.

― Sou Clara, noiva do Bruno.

― Poderíamos combinar de fazer algo- diz ele olhando para o Bruno- muito prazer Clara. Bruninho puxou ao pai, sempre com bom gosto para mulheres.

― Chega Felipe! Estamos aqui num almoço de família. Por gentileza se retire e não volte a nos importunar.

― Só quero ter uma relação com ele...

― Você deixou de ter isso quando fez o que fez. Agora por favor não estrague meu almoço, com minha família. Já que você tem a sua, por gentileza, leve a Nicoly daqui e pare de me encher o saco!

― Okay. Me desculpe Bruno e meninas. Vejo que tenho um longo caminho a percorrer para que seja perdoado pelo Eduardo. Com licença.

O cara se retira e logo em seguida chega nossos pedidos, mas pra ser honesta, ver o Eduardo chateado, me faz perder o apetite. Após isso o clima ficou horrível. Quando estávamos indo para o estacionamento o cara se aproxima novamente do Bruno e lhe entrega um cartão de visitas.

― Caso você queira me ligar- olha para o Eduardo e comenta- você está de parabéns... ele se tornou um belo homem.

Eduardo não responde. Entramos no carro e voltamos pra casa.

Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora