O dia seguinte

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Acordo com o barulho de saltos contra o chão. Abro meus olhos e olho em torno. Ainda estou no sofá da Vanessa.

― Olá Bela adormecida- ela debocha de mim.

― Nossa, quanto tempo eu dormi?- passo a mão no rosto e nos cabelos e sento-me no sofá.

― Bom, são dez da manhã. Adoraria ficar mais contigo dr. Eduardo, mas tenho que ir a uma reunião ao meio dia.

Ela está toda arrumada. Eu me levanto e vou até o espelho olhar minha cara. Como eu esperava, está toda amassada, minha roupa amarrotada. Tento dar um jeito e volto pra calçar meus sapatos.

Estou sentado no sofá, calçando os sapatos e Vanessa senta-se ao meu lado. Será que vamos recomeçar de onde paramos ontem a noite?

― Eduardo, você está namorando alguém?

― Não! - começo a sorrir.

― O que é engraçado pra você estar rindo?

― Por que essa pergunta de namorada agora? Acho que essa pergunta deveria ter sido feita no nosso primeiro encontro. Não sou o tipo que trai. O que significa que não estaria aqui se tivesse alguma namorada.

― Perguntei, porque... quem é Adriana? Acaso é a moça do restaurante?

― Adriana?- retorno a pergunta. Paro o que estou fazendo e olho para Vanessa.

― Ontem, eu tirei seus sapatos e, tentei levar você pra cama. Porém você é pesado e não me ajudou. Então coloquei seus pés para cima do sofá e tentei ajeitar você o melhor que pude.

― Humm

― Mas ... te dei um beijo de boa noite e você sorriu, acariciou meus cabelos... e disse " Saudades de você Adriana".

Meu queixo caiu. O que eu poderia dizer pra me justificar?

― Vanessa eu não sei o que dizer, mas ...

― Olha Eduardo, não ligo se você tem fetiches. Se você fantasiou com a linda jovem de cabelos vermelhos...

― Não é nada disso! Aquela garota é amiga de minha nora! Não tem nada a ver eu e ela. Nem teria cabimento um negócio desses.

― Por que não?

― Ela é uma criança pra mim. Eu não sei por que falei o nome dela...

― Okay- ela levanta-se do sofá - mas criança ela não é.


É quase meio dia quando chego em casa. Meu celular estava repleto de ligações, tanto do Bruno, como do Samuel.  Entro em casa e vejo o olhar dos dois sobre mim.

― Pelo amor de Deus Eduardo. Se eu não ligasse pra Juliana e pedisse o número da Vanessa, não saberíamos como você estava.

― Okay papai. Estou bem, não vê - falo debochado com o Samuel e giro no eixo pra eles poderem me ver.

Caminho para meu quarto e ambos vem atrás de mim. Fazendo um monte de perguntas... Dentre elas, se eu dormi com a Vanessa.

― Okay. Chega de interrogatório. Não, eu não dormi com a Vanessa. Dormi no sofá dela. E como sei que vocês já ligaram pra ela, já devem saber o que aconteceu- abro a porta do quarto, entro, seguro a porta- agora se vocês me derem licença eu preciso tomar um bom banho- fecho a porta e termino o papo.


ADRIANA

Quando saio do banho, Carlos está contando ao Bruno que me fez conhecer o Lorenzo, o chefe do restaurante que fomos.

Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora