Cuida de mim

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― Adriana, você ajuda ele que eu vou tentar limpar isso aqui- Jéssica retira o salto e vai em direção à cozinha.

― Carlos... Carlos... você precisa me ajudar- ele está sentado no chão do banheiro. Volta a vomitar algumas vezes e deixo ele terminar.

Ele parece que desmaiou com a cara apoiada no vaso. Vou até o quarto dele e pego duas camisas dele no armário. Assim como cueca e uma bermuda de moletom. Levo tudo para o banheiro. Coloco tudo na pia e chamo por ele novamente.

― Carlos... vou te dar um banho, okay?

― Quero escovar os dentes... - dou a escova com creme dental a ele, que escova como dá e aviso novamente do banho. Ele faz que sim com a cabeça. Retiro sua camisa... seu tênis, o mais difícil foi retirar a calça. Chamo ele pra sentar dentro do box do banheiro, ligo  o chuveiro e tento banhar ele... mas tá bem complicado. Então, retiro o meu vestido, meus sapatos e entro no box com ele.

Sento-me atrás dele, apanho o chuveiro  e começo a banhá-lo.  Ele se recosta em mim e deixa a água escorrer por seu corpo lindo.

― Adriana... - ele volta a chorar- eu te amo tanto... o que eu faço pra você me amar?

― Carlos eu tô aqui. Você sabe que eu te amo... - ele vira-se pra mim e me beija.

Só me recordo que estou seminua quando sinto sua mão me puxando pra ele e seu peito colar no meu... ele praticamente me deitou no chão do box.

― Te quero tanto...

Ele intensifica o beijo e chora ao mesmo tempo. Eu deveria acabar com isso agora... mas com toda a culpa que estou sentindo, fico pensando que devo isso a ele... no fundo, no fundo, eu dei realmente esperanças a ele. E não deveria ter feito isso.

Ele começa a descer os beijos da minha boca por meu pescoço, peito, barriga... morde de leve minha virilha... e o Eduardo vem em minha mente na hora. Será que minha sina é homens bêbados?  Penso em empurrar o Carlos pra longe de minha intimidade... mas sei que posso magoá-lo ainda mais. Então seguro seu rosto e o puxo pra cima.

― Vamos sair desse banho?- Falo suave e calmo.

― Me leva pra cama... e faz amor comigo?

― Carlos eu não vou transar com você.

― Não quero transar contigo flor, quero fazer amor com você. Transar eu transo com estranhas. Você é a mulher que eu amo... com você é fazer amor.

― Não posso fazer amor com você.

― Então só permita que eu faça.

― Carlos por favor...

Ele levanta do box. Pega uma toalha e começa a se secar... voltando a chorar. Me aproximo dele, apanho outra toalha... e o ajudo a se secar. O abraço.

― Tá doendo muito... dessa vez, não foi como nas outras em que você me dispensava... eu realmente achei que ele não te correspondia e, que você tava gostando um pouquinho de mim.

― Mas eu estou... só não é como você quer e, não é como é com ele. Carlos, não se escolhe quem se ama... se eu pudesse escolheria você. Você é maravilhoso.

― Então se você está gostando um pouquinho que seja de mim, me dê a chance de lutar por isso. Não tira de mim a única oportunidade de fazer você me amar, como eu te amo. Deixa eu me aproximar... te amar e fazer você feliz.

Meu Deus como tá sendo difícil! Sim, eu sinto atração física pelo Carlos. Quem não sentiria? Ele é lindo, doce, gostoso, carinhoso e apaixonado... E ele chorar dessa forma, me faz perceber que ele realmente gosta de mim... e se eu me afastar por conta do Eduardo e ele der pra trás outra vez? Não posso tentar compensar o Carlos com sexo, nem tentar tirar o Eduardo da cabeça transando com o Carlos.

Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora