FINALMENTE

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ADRIANA

Eduardo subiu e foi para o quarto dele e se fechou lá com o Bruno. A Clara veio logo em seguida e ficamos conversando.

― Acho que você deveria ir até ele.

― Não. Como posso fazer ele me desejar se nem eu estou me achando atraente?

― Adriana... você... você mesma disse que ele veio dormir com você ontem e anteontem também. Ele já veio até você várias vezes. E pra ser sincera, ultimamente, só ele tá tomando iniciativa. Você diz que o quer e blá-blá-blá... mas quando você foi atrás dele de verdade? Se rolou beijos e outras coisas entre vocês, foi porque ele veio atrás... ele que te beijou naquele Pub, ele que te beijou na lanchonete, no bar... aqui... é ele que tá correndo atrás, você não percebeu que ele te quer? Se não percebeu tá realmente fora de prumo você. Uma hora ele vai cansar de correr atrás de você.

― Ele que foge de mim. Do que adianta ele vir, me beijar e quando a coisa esquenta ele foge?

― Você não acabou de me dizer que ele disse que te pediu uns dias e que hoje te disse que quer você forte, porque quer te amar? Isso só me diz que ele quer intimidade, algo a mais contigo.

― Duvido... ele fez aquilo pra eu poder comer... ele acha que sou criança e não percebi a chantagem dele.

― Olha, eu vou dormir tá legal? Você, se quer ficar aqui se lamentando por meu sogro estar do outro lado dessa parede te querendo e você fazendo jogo duro com ele... problema seu. Agora, não me venha chorar as pitangas se ele cansar. Pois ficar como ele ficou desde o ocorrido ontem...e você me dizer que ele não quer você... cansa minha beleza. Boa noite, fui!

Será? Acho que tá na hora de eu fazer uma tentativa. Levanto e faço uma ducha rápida, me visto e vou até a porta do quarto dele... será que tá aberta? Quando estou prestes a tentar abrir a porta, escuto que Samuel está vindo com a Jéssica. Volto rápido para meu quarto e me encosto na porta. Ouço o Samuel abrindo a porta e perguntando se o Eduardo não iria dormir. Não sei o que ele responde, mas ouço o Samuel dizer que está tarde e logo depois escuto ele fechando a porta outra vez e saindo.

Dou dois passos em direção a minha cama, mas lembro do que a Clara me disse... ele que tomou a iniciativa... vou tentar.

Saio novamente do quarto e tento a maçaneta que gira e abre a porta. Entro e não vejo o Eduardo. O quarto está iluminado só com as luzes dos abajures e ouço o barulho do chuveiro ligado. Melhor eu não ficar pensando. Melhor agir... e se ele me rejeitar, será só o motivo que espero pra esquecer ele.

EDUARDO

Depois do que o Bruno me disse, fiquei pensando... será que é como andar de bicicleta? Tenho tanto tesão na minha Chapeuzinho... e se eu ficar tão apavorado ou ansioso e broxar? Ela não vai ter paciência pra esperar um velho reagir... será que ela irá gostar do meu corpo? Será que ela gosta do jeito que a beijo, que a toco? Caralho tô muito inseguro... nunca fui inseguro.

O Samuel vem me perguntar se está tudo bem comigo. Se não vou dormir. Respondo que vou tentar e se ele não quer tomar uma cerveja comigo pra eu tentar relaxar e dormir. Ele diz que tá tarde e se despede.

Quer saber... eu queria era estar no quarto ao lado, dormindo de conchinha com minha Chapeuzinho... com aquele bumbum lindo que ela tem, bem coladinho em mim... Começo a ficar excitado e resolvo baixar o fogo, tomando uma boa chuveirada fria.

Quando saio do banheiro, estou enrolado numa toalha e vou buscar um pijama pra dormir. Mas paro no meio do caminho entre a porta do banheiro e o armário... fico pasmo olhando pra minha cama.

Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora