NÃO PODE SER

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EDUARDO

Caminhamos e conversamos sobre muitas coisas, disse ao Samuel que quero a Jéssica ao meu lado na empresa, já que o Bruno não quer nem passar perto. Eu a considero como uma irmã, alguém de plena confiança. Voltamos para casa um pouco mais de uma da tarde. Almoçamos. Minha Chapeuzinho e eu decidimos não fazer sexo hoje, só descansar... Assisti ao jogo de futebol com o Samuel, enquanto a Adriana estava deitada no meu colo mexendo no celular.

Um pouco antes das seis da tarde, Adriana resolveu fazer um lanche reforçado para nós. Nada muito pesado, mas também algo que não nos faça sentir o estômago vazio até chegarmos em casa. Percebo que já escureceu completamente, quando o Samuel vem até mim.

— Eduardo, sei que você gostaria de alongar essas suas férias o máximo que conseguisse, mas precisamos ir. Está escuro já e não é muito bom dirigir a noite, mesmo que essa estrada seja tranquila.

— Tem razão - subimos, eu e Adriana, para apanhar uma mala pequena que eu deixei separada, para ela colocar o que quisesse levar. E enquanto eu e Samuel estávamos na praia, ela arrumou a mala com algumas coisas - vamos amor?

— Ai... o mundo chama pra realidade.

— Vamos deixar você em casa e, se voce não achar ruim... posso dormir com você essa noite. Amanhã cedo vou pra empresa e combinamos como será a semana- digo abraçando ela pela cintura.

— Certo. Hoje você dorme comigo... amanhã veremos - coloquei na mala dela uma roupa pra trocar.

Fomos para o carro. Coloquei a mala dela no porta malas, entramos no carro e Samuel partiu.

— Vou sentir falta dessa casa - digo ao nos afastarmos da casa.

— Eduardo, você é o dono da empresa. Poderia vir pra cá todo fim de semana que você quisesse - me diz Samuel.

— O problema é que a Chapeu... a Adriana vai conseguir um emprego... e restaurante é um negócio mais de fim de semana - digo com tom de tristeza.

— Ainda não estou trabalhando. Deixa de ser pessimista... vamos dar um jeitinho.

— Tá certo!

Continuamos conversando, o Samuel me conta que por a Júlia estar bem, ele saiu com a esposa para jantar e ter uma noite de casal, coisa que não ocorria fazia tempo. Falou que a Jéssica comentou, que fez uns amigos novos e que parece estar se adaptando bem com a nova realidade.

— Eu fico feliz que a Júlia esteja bem. Suas bodas está próxima, não é?

— Sim. Mês que vem. Logo após seu aniversário.

— Por falar em aniversário o Carlinhos fará vinte e dois anos em poucos dias...

— Vai comprar um presente pra ele?

— Deveria. Mas ele ainda não tá falando comigo.

— Paciência... ele só precisa de um tempo Chapeuzinho. Vai passar o meu aniversário comigo?- digo mudando de assunto.

— Verdade, você não me disse quando faz aniversário. Quando é?

— Mês que vem...

— Não me enrola, diz quando é?- Adriana fica tentando me fazer cócegas e o Samuel cai na gargalhada.

— Dia 2.

— E o que você quer de presente?

— Seja criativa!

— Samuel, você conhece ele bem, o que eu posso dar? Já que ele tem muito dinheiro, não faço ideia do que comprar... - já estávamos bem próximos da entrada da cidade.

Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora