O MATRIMÔNIO

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EDUARDO

Naquele dia fizemos amor, um sexo tranquilo e gostoso! Mesmo nossa semana na casa de praia sendo perfeita, terminando ruim, mas no contexto foi ótima, mesmo assim, aquela noite do dia do pedido de casamento foi pra mim a noite mais perfeita do mundo. Só perde para nossa lua de mel oficial.

Fomos parabenizados duplamente, tanto pelo pedido de casamento, como pela paternidade.

Corri com toda a papelada, contratei uma equipe para montar nosso casamento e fui para o interior me apresentar para os pais da Adriana.

— Você tem idade de ser pai dela, sabia?

— Pai!

— Mas é verdade!

— Olha senhor André, o que o senhor disse é verdade, mas eu não sou o pai dela, serei pai do filho que ela está esperando. E sinto informar ao senhor, mas na realidade não vim pedir a permissão do senhor para me casar com ela, eu vim comunicar que sua filha aceitou se casar comigo. E eu a amo e lhe prometo que farei de tudo para fazer ela feliz.

— André você é o último aqui que pode apontar o dedo... - disse a mãe da Chapeuzinho. E eu vi de quem ela havia puxado a beleza.

Após tudo acertado, combinamos que o casamento seria dali a um mês. Que eu bancaria tudo, mas o vestido dela, eles fizeram questão de comprar.

No dia do nosso casamento, eu estava uma pilha de nervos... os pais da Clara foram meus padrinhos de casamento. Enquanto a Dri queria pedir ao Carlos para ser o padrinho dela, mas pensou que seria demais pedir isso a ele. Acabou optando por um primo de quem ela gostava e uma colega da faculdade, chamada Fernanda.

Quando a marcha nupcial começou a tocar e eu vi minha linda ruivinha vestida de noiva, sendo guiada até o altar pelo pai... eu segurei o ar com força nos pulmões... Ela estava maravilhosa, linda demais! Tive que me conter para não chorar como uma criancinha no altar. Seria ridículo a noiva bem e, o noivo como um mariquinhas chorando... foi duro, mas consegui não me derreter vendo ela linda caminhando até mim. E quando ela disse " Sim eu aceito" eu me senti nas nuvens!

Nossa cerimônia foi linda. E logo depois fomos para a recepção do nosso casamento. Dançamos, comemos e meu filho resolve subir no palco para fazer um discurso.

— Meu pai... eu peço a todos que levantem suas taças e, façamos um brinde ao casal Lobo mau e Chapeuzinho vermelho - todos riram - casal improvável, mas que se olhando de outro ângulo, casal perfeito, um complementa o outro. Eu desejo de todo coração que vocês sejam muito felizes. Que você meu pai, tenha a convicção de que Deus te ama, nós te amamos e essa mocinha aí do seu lado... é a razão dos seus sorrisos e da sua felicidade. Parabéns!

— Parabéns! - todos responderam em coro, levantando as taças.

E assim, algumas pessoas discursaram. Adriana perguntou a Clara duas ou três vezes sobre o Carlos, ela o convidou, mas não o vimos nem na igreja e não estava entre os convidados no salão.

Dançamos nossa música. Ao menos eu dediquei a minha música preferida para ela e tornamos assim a canção I swear como nossa canção. Quando terminamos de dançar, as luzes estavam baixas e ouvimos alguém pedir para aumentar a iluminação, olhamos para o palco e o Carlos, sentou-se numa banqueta com um violão.

— Eduardo, parabéns por ter casado com uma mulher incrível como a Dri. Eu sei Adriana, que você pode até tá chateada comigo, por eu não confirmar se viria no seu casamento. Eu desejo de coração a vocês, toda felicidade do mundo! - ele respirou fundo- Eu gostaria de oferecer uma canção a noiva. Eduardo não tenha ciúmes, eu gostaria que você fizesse uma tradução simultânea da canção para a Dri, pois sei que ela não fala inglês - eu não sabia o que aquele moleque queria com aquilo, mas eu não seria idiota de tirar ele do palco ou dizer que não iria fazer a tradução. Confirmei com a cabeça e ele se ajeitou para começar - Dri, essa é pra você! A canção se chama YOU'VE GOT A FRIEND.

Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora