VOU TE PROTEGER

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Samuel após algum tempo entra no quarto e vê eu e Adriana sentados abraçados.

― Eu prometo que nenhum homem, nunca mais, toca a mão em você... eu não vou deixar- digo a ela. Minha adrenalina ainda não diminuiu. Estou agarrado nela.

― Eduardo.

― Já chegou a polícia?

― Não. Não vai ter queixa. Apesar de você deformar o rosto do rapaz.

― Ele tem sorte de sair daqui vivo!

― O que aconteceu lá embaixo? Eu nunca vi você perder a compostura desse jeito. Você nunca foi violento.

― Se ponha em meu lugar...

Bruno entra e olha pra mim assustado.

― Adriana, você está bem?- ele estende a mão pra tirar ela do meu colo. No instinto eu a abraço ainda mais - o que realmente aconteceu lá?

Adriana se ajeita e começa a falar.

― Eu estava com minha coluna me incomodando, eu até disse isso a você. E foi você que me disse para sentar. Aquele cara já estava há algum tempo me incomodando, dando umas cantadas infelizes...

― Ele tem namorada... ao menos tinha. Ela que foi convidada e trouxe ele junto- diz Samuel.

― Então resolvi tirar os sapatos de salto e sentar um pouco, fui para a cozinha e me sentei e o cara foi atrás.  Por algum motivo ele saiu da cozinha, então aproveitei e fui para o jardim e me sentei no banco lá- ela faz uma pausa

― Se não quiser contar, tudo bem- diz Bruno e a Clara vai entrando no quarto.

― Ele apareceu lá... começou a me perguntar, quanto eu cobrava. Eu tava dizendo que não era prostituta, que ele tava enganado... pra me deixar em paz. Acho que ele tava drogado. Porque o vi levantar e colocar algo na boca vindo pra cima de mim, tentou me agarrar no banco... eu levantei, mas ele me puxou pelo cabelo e me forçou um beijo e deitou sobre mim. Eu tentei gritar por socorro, mas ele apertou meu pescoço e eu dei uma joelhada nele...

Enquanto ela falava eu a apertava em meus braços e beijava seu cabelo... seu rosto. Tentava lhe demonstrar que nem todos os homens são iguais. Que a mim, só importava acarinhá-la.

― Então ele saiu de cima de mim  e eu tentei correr e ele me puxou pelo cabelo novamente e ficou segurando o local onde meu joelho bateu... foi quando o Eduardo chegou...- ela me abraça e coloca sua cabeça encostada em meu pescoço.

― Tá tudo bem agora... ele não vai mais chegar perto de você. Vou providenciar pessoalmente que esse filho da puta não chegue a quilômetros de você- digo ainda com raiva.

― Pai, deixa eu olhar esse corte em sua boca.

― Eu tô bem- respondo para o Bruno.

― Pai, ao menos vai tomar uma ducha. Olha o estado de suas mãos- olho para minhas mãos, estão manchadas com sangue- o senhor fez um bom estrago na cara do rapaz.

― Meu medo era ele matar aquele desgraçado e acabar se prejudicando por conta daquele infeliz- diz minha Chapeuzinho. Bruno sai acompanhado da Clara. Samuel senta-se na beira da cama. Em momento algum eu a soltei.

― Eduardo... você ralhar com o rapaz eu entenderia, mas quase matar ele na pancada, o que deu em você? Sabia que era só chamar a mim ou Bruno e colocaríamos ele pra fora daqui?

― Samuel se coloca em meu lugar... digamos que você vê um cara grande e louco, tentando estrangular e estuprar sua mulher ou a Jéssica, o que você faria?

Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora