EDUARDO
O Bruno não foi trabalhar preocupado comigo. Que merda! Trocou seu horário para noite. O restante do dia passa que nem vejo, mas não vejo mesmo. Dormi muito.
No outro dia, estou na mesa do café, quando o Bruno chega do trabalho. Vem até mim, me perguntando se estou realmente bem.
― Estou ótimo meu filho. Só não digo que estou pronto pra outra, porque não tô afim de passar por aquilo novamente.
― Vai sair com a Vanessa hoje outra vez?
― Pretendia, por quê?
― Pai creio que não fica legal o senhor continuar saindo com a Vanessa.
― Você sempre me disse pra seguir a vida... achar uma nova namorada. O que te fez mudar de opinião?
― Não mudei de opinião. Só acho que Vanessa não é a mulher certa.
― O que você tem contra ela? Você mal a conhece.
— Isso aqui... - Bruno me estende a mão com um cartão de visitas da Vanessa.
― Pegou o cartão dela onde?
― Não peguei. Foi o Carlos quem me deu- o Bruno senta-se ao meu lado na mesa- o senhor sabia que ela fez uma proposta para o Carlos a procurar para ficarem a sós? Disse que ele não iria se arrepender. Do jeito que o Carlos me disse, ela deu descaradamente em cima dele, enquanto o senhor se ausentou da mesa.
Pego o cartão da Vanessa incrédulo. Ela havia anotado o endereço dela no verso do cartão. O endereço da casa dela. Não estou acreditando nisso. Tudo bem que eu não tenho nada sério com ela, mas ela nem se deu ao trabalho de ir "caçar" longe de mim.
Fico em silêncio com o cartão na mão. Bruno se levanta, coloca a mão no meu ombro.
― Pai, quero que o senhor seja feliz e ache um novo amor. Mas creio que não seja a Vanessa.
Ele sai me deixando com a cabeça fervilhando. Se eu estou com ciúmes? Não. Estou com raiva. Estou juntando todos os pontos... o rapaz jovem que saía da casa dela de cabelo molhado. Agora essa cantada barata no Carlos. Qual é o meu problema com as mulheres? Por que elas não gostam só de mim?
Vou para o escritório e tudo corre normalmente. Vanessa não tem nada marcado comigo no escritório hoje. Gisele vem conversar sobre um novo cliente.
Sexta-feira chegou. Penso em ligar pra Vanessa e marcar algo. Quero tirar essa história a limpo. "Garanto que se fosse minha Chapeuzinho eu estaria muito mais irritado". Se bem que, acho que ela jamais faria isso. Resolvo não ligar.
Acabei de tomar meu banho. Visto uma roupa casual e leve. Pego as chaves do carro, minha carteira e vou para o carro. Estaciono na frente da casa da Vanessa, as luzes estão acesas, isso significa que ela está em casa. Toco a campainha e ela me recebe vestida num vestido solto, que deixa suas pernas bem à mostra e a vontade.
Posso estar chateado com a Vanessa, mas ela é bonita e gostosa pra caralho. Ao menos eu penso que ela seja gostosa.
― Eduardo querido. Entre.
Acompanho ela casa a dentro. Me sento no sofá e, Vanessa sai. Volta com dois drinques. Me oferece um dos copos.
― Não me ligou. Achei que não te veria hoje.
― Eu gostaria de conversar com você.
― Bom, já que você está tão sério e quer conversar, preciso ficar mais a vontade pra ouvir o que tens a me falar- Vanessa simplesmente abre o zíper de seu vestido, o deixando escorregar por seu corpo até encontrar o chão.
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Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1
RomanceÉ difícil resistir a tentação. Dizer não, quando o desejo é grande. Seu corpo quer, seu coração também, mas sua razão fala, grita que é errado! Eduardo um empresário bem sucedido, viúvo e muito bonito se pega num dilema quando conhece Adriana a melh...