ADRIANA
A tardinha retornamos para casa. Me sinto super cansada. Acho que essa noite não vou ter problemas em dormir.
Bruno e Clara resolvem tirar uma soneca antes de irem trabalhar. Eu tomo banho e logo após, o Carlos também. Resolvo fazer algo para jantarmos. E ele gentilmente se oferece para me ajudar.
É engraçado como o Carlos é um cara incrível. Quando mais jovem, ele brincava muito, fazia muitas piadas, dava sempre um jeito de ficar a sós comigo e tentar me agarrar. Nunca levei nada do que ele dizia a sério. Como também jamais imaginei que ele ficaria um cara muito diferente. Mas errei feio. Não só conseguiu ficar ainda mais bonito, como se tornou uma pessoa boa, ao menos aparentemente.
Clara e Bruno resolvem jantar conosco antes de irem para o hospital.
― Clara, gostaria de lhe pedir uma coisa- diz Carlos.
― Que você quer seu chato?
― Meu Deus! Não posso abrir a boca que você me ofende.
― Okay senhor Carlos. Fale.
― Já que você hoje à noite trabalha e não vai usar seu quarto. Poderia me deixar dormir nele?
― O que? Por quê?
― Porque seu sofá é minusculo pra mim e não custa nada. Você nem vai estar em casa...
― Okay. Só hoje.
Antes mesmo de eu e Carlos terminarmos de jantar, Clara e Bruno partem para o hospital. Carlos se oferece para lavar a louça e eu seco.
Terminamos de limpar a cozinha e resolvemos ver um filme. Afinal, ontem não deu. Sorrio lembrando do casal em seu love.
― Que filme você quer ver?- pergunta o Carlos.
― Escolhe você.
― Que tal um filme água com açúcar?
― Filme água com açúcar?
― É, aqueles filmes românticos... cheios de amor.
― Você vê esse tipo de filme?
― Na verdade, filmes assim são uma boa lição.
― Como assim?- Carlos apanha seu computador e coloca os óculos. Essa cara de nerd dele me deixa encantada.
― Saber como funciona a alma feminina- ele ri- Que tal esse? Mas só está disponível o primeiro filme.
― E fala do quê?- falo sentando-me ao seu lado no sofá.
― Basicamente amor... ainda não vi o filme. Não sei exatamente do que se trata.
― Então veremos esse. Como também não vi, se for ruim, não fico chateada sozinha- dou uma gargalhada.
― Okay- ele projeta o filme do computador para a TV - Vamos lá...
Começamos a ver o filme. O mesmo é longo, um pouco mais de duas horas. Terminada a primeira hora, ele dá pausa no filme e levanta.
― Banheiro?- pergunto.
― Pipoca. Tem milho,né?
― Sim. Você vai fazer pipoca?
― Filme sem pipoca, não é a mesma coisa.
Após alguns minutos ele volta com a pipoca em mãos.
― Você pode ir buscar o suco ou refri?- ele me pede.
Levanto, pego o suco e dois copos e retorno para a sala. Ele já havia colocado a pipoca na mesa de centro.
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Trilogia : POR QUE NÃO?-Livro 1
RomanceÉ difícil resistir a tentação. Dizer não, quando o desejo é grande. Seu corpo quer, seu coração também, mas sua razão fala, grita que é errado! Eduardo um empresário bem sucedido, viúvo e muito bonito se pega num dilema quando conhece Adriana a melh...