62 capitúlo.

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Rio de Janeiro.

- Ah, vamos, por favor.— Tamires implora.

Faz alguns minutos que meus filhos dormiram, pois já faz algum tempinho que estávamos brincando, hoje fomos em um parque aquático.

- Na última vez que sai deu muita merda.

Depois de eu bebê descontroladamente naquela balada, eu fui dormi na casa de Marcos, ainda bem que não tem como eu ter mais filhos.

- Você e o Marcos tem que se entender logo, isso de sem sentimentos da parte dos dois vai rolar até quando?

- Nós temos que se afastar, isso sim.

Me levanto de minha cama e entro no closet, Tamires me segue.

- Vai achar algo para vestir? Vai sair comigo?

- Me desculpe, Tamires.— Lhe olho com a melhor cara de cachorro sem dono que consigo.- Mas estou muito cansada, passei o dia brincando com os gêmeos, tente chamar a Manu, pois eu não irei.

- Tudo bem.— Tamires me abraça.- Feliz ano novo, e boa maratona de filmes.

Lhe abraço forte e desejo o mesmo para ela, quase o mesmo.

Visto meu pijama, um shorts de ceda roxo e uma blusinha de alcinhas roxo de ceda. Calço minhas pantufas e desço para sala. Encontro Manu pronta arruma.

- Vai sair com a Tamires?— Pergunto, me sentando no sofá.

- Vou. Só não sei se posso beber.— Lhe encaro melhor, e desço até suas mãos que cariciam sua barriga.

- Que? É o que to pensando?

- Não sei ainda.— Ela sorri boba.- Vou fazer o exame amanhã e se der positivo vou ter que falar com Mateus, e a segunda parte me assusta porque não imagino sua reação.— Seu olhar é triste.

- Independentemente da atitude dele, a gente vai amar esse bebezinho aí.— Me levanto e a abraço.

- Obrigada por tudo, Dora. Você é um anjo e o maior exemplo de mãe que eu já conheci.

Sorrio agradecida ao ouvir a voz de Tamires.

- Quero participar do abraço também.

Tamires entra no abraço, e ficamos por uns dois minutos em silêncio ali aproveitando o momento.

- Precisamos ir.— Manu sai do abraço, com Tamires a acompanhando.- Boa noite, Dora.

Me despeço das duas, tranco a porta e me sento no sofá, ligando a tevê.

Escuto a campanha tocar, me levanto.

- De novo esqueceu a chave, Manu...?— Pergunto ao mesmo tempo em que abro a porta.- O que faz aqui?— Pergunto ao ver o Marcos ao lado de fora de casa.- As crianças estão dorm...— Sou parada por sua voz grave.

Eu não vejo Marcos desde o natal, quando acabamos se encontrando na balada, e acabamos o restante da madrugada juntos. Quando acordei no outro dia na casa dele, na casa que morei por pouquíssimos dias, na casa que vivi bons e ruins momentos, eu me amaldiçoei mil vezes, pois eu fui fraca, e mais uma vez burra de ir para cama com o pai dos meus filhos, ao me vestir e sai sem acorda-lo, eu encarei cada detalhe do lugar, e me veio a mente todos os momentos que passamos juntos ali, e eu tive a certeza que eu ainda o amava, mas logo após as lembranças boas, vieram as ruins, então sai correndo de sua casa, e procurei evita-lo a semana toda.

Maktub.- O Destino (1 Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora