Rio de Janeiro.Isadora Salvatore.
O cheiro forte do álcool me faz despertar. Tive um sonho tão lindo, eu estava junto da minha família e tudo estava bem. Ao me deparar com Rebecca me olhando descaradamente, dando um de seus sorrisos maldosos, volto para realidade. Na minha frente, vejo o céu, está de noite, madrugada, não sei ao certo. Não sei por quanto tempo estou desacordada, a única coisa que me preocupa é minha filha.
- Trouxe comida, queridinha.— Rebecca estende um prato em minha direção. Nele contém um pão cheio de mofo, e do lado um copo de água que contém baratas mortas.
- Não vou comer isso.— Faço uma pose que ela não esperava. Estou sem comer desde que fui sequestrada, a última vez que despertei já faziam quatro dias.
- Você escolhe, ou come ou passa fome.— Rebecca deixou o prato ao meu lado, e se levantou.
A porta estava aberta, e eu podia ouvir Lucas falando com minha filha, se referindo a ela como se fosse sua filha.
Pelo menos Maria Cecilia está bem, mas não fora de perigo.
- A minha filha dormiu.— Lucas entrou no quarto com o maior sorriso que poderia dar.- Estou indo ao mercado, cuide bem da Isinha, e nem pense em fazer algum mal para minha filha.
As ordens de Lucas fizeram com que Rebecca apenas concordasse, tem muito mais coisas envolvida do que eu posso imaginar.
Lucas não demorou a sair, podíamos ouvir seus passos pelo lugar, a casa era de soalho. Me mantive calada até ouvir a porta de fora do quarto se fechando.
- Como que você pode fazer tudo isso?— Minha voz saiu tranquila, mas só Deus sabia a raiva que estava em meu peito da mulher a minha frente.
- Você ainda pergunta?— Sua voz carregava ironia.- Você roubou Marcos de mim!
- Não.— Lhe encarei.- Ele nunca foi seu.
Não demorou muito para eu sentir uma ardência nos dois lados do meu rosto.
- Sua covarde!— Mantive-me em silêncio, eu não podia gritar pois poderia acordar minha filha, e o que eu menos queria era a mão de Rebecca em minha filha.
Os tapas não foram tão ardido como o de Lucas, pois Lucas era mais forte, e eu não estava tão inconsciente igual estou.
- Só está me batendo porque estou presa.— Gargalhei.- Quando eu estava de igual para igual com você, você lembra o que eu fiz, não é?— Sorrio, mesmo sem querer, dou meu melhor sorriso.
Não demorou muito para ela abrir o cadeado dos meus pés, eu pude ver outra grave no chaveiro que estava a chave que ela usou para abrir o cadeado.
A porta foi aberta, e eu pude ouvir Lucas vindo em nossa direção. Me levantei livre das correntes em meus pés, caminhei para perto do vidro para tentar encenar alguma coisa, mas fui parada pelas mãos de Rebecca. Tentei me solta e cheguei mais perto do vidro, ao notar a altura, vi alguns carros. Polícia.
- Nos pegaram.— Lucas adentra o lugar correndo.
- Não, não pode ser!— Rebecca gritou transtornada.- Isso é tudo sua culpa. Quem mandou você sair? Ele te seguiram.
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Maktub.- O Destino (1 Livro)
RomanceMaktub é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer". Isadora Drumond desde muito nova teve que se esforça para caminhar pelo caminho cheio de espinhos da vida. Sem muitas opções teve que se mudar com sua mãe e s...