Capitulo 3

3.8K 330 447
                                    

Luke...

Olhei para a pessoa que bateu em mim e ela estava no chão com a cabeça baixa, mas deu para perceber que era uma garota linda, cabelos cacheados e um corpo, curvilineio, pele morena, como se tivesse passado a temporada na praia, ela era latina, de primeira eu já pude perceber, e sem olhar em seus olho eu já sabia que estava perdido em tanta beleza.

- Você está bem? - Perguntei quando sai do meu transe, e ela me olhou com aqueles olhos chocolates cheio de lagrimas, o que me fez estranhamente ficar preocupado, o que tinha feito uma menina tão linda chorar.

- Eu... eu estou bem. - falou ela ainda chorando.

- Pois não parece. - eu disse me abaixando para ficar de frente para ela.

- E... só, eu... só. - ela não conseguiu dizer, pois os soluços vieram, e eu fiquei desesperado, pois não sou muito bom vendo uma garota chorar.

- Ei, ei, calma, tudo bem, não precisa dizer nada. - eu disse tentando acalmá-la, foi quando eu olhei para sua perna, ela tinha se machucado na queda. - Você está machucada, temos que cuidar disso, consegue se levantar? - perguntei me levantando.

- A... Acho que sim, - conseguiu dizer entre soluços, mas quando tentou caiu gemendo de dor. - Ai.

- Você está bem? - e obvio que ela não está seu imbecil, que pergunta idiota.

- Eu... eu acho que torci meu tornozelo. - falou tocando onde provavelmente estava doendo.

- Tudo bem então eu te levo. - disse já pegando ela no colo sem esperar resposta, e automaticamente fui atingindo pelo seu cheiro, como se tivesse levado uma enxurrada de tiros em meio ao um tiroteio, foi algo avassalador, nunca senti isso por nenhuma pessoa.

- Eu nem te conheço, como posso saber que você não possa ser um assassino ou estuprado? - perguntou receosa, mas não tentou sair do meu colo, o que é um bom sinal.

- Você não sabe quem eu sou? - perguntei confuso, como uma pessoa em Los Angeles não sabe quem é a Sunset Curve.

- E deveria? - ela perguntou com o senho franzindo.

- Não sei. - falei sem jeito. - Mas mudando de assunto, não sei seu nome, meu nome e Luke, Luke Patterson, prazer. - eu falei ainda carregando ela pra o Orpheum.

- Sou Julie, Julie Molina. - ela deu um pequeno sorriso sem graça.

- Belo nome, Julie, daria um belo nome para uma banda. - eu falei brincando.

- E... - ela concordou triste.

- Então, já não somos tão desconhecidos assim, já sabemos o nome um do outro. - brinquei para tirar o clima pesado.

- Pode-se dizer que sim. - ela deu uma risadinha que me fez sorrir todo bobo. - Quantos anos você tem?

- 17 mês que vem faço 18, e você? - pergunto sorrindo.

- 16, quase 17. - responde.

Ficamos em silencio o resto do caminho ate o Orpheum, mas não foi aquele silencio constrangedor, foi um silencio confortável, cada um perdido em seus pensamentos, mas esse silencio foi quebrado por ela, assim que entramos pela lateral do prédio, sem que as pessoas que estavam aguardando na frente, para ver o show nos visse.

- Porque me trouxe ao Orpheum? - perguntou confusa.

- Eu e minha banda vamos tocar aqui. - falei como se fosse pouca coisa.

- Haa, por isso você perguntou se eu não sabia quem era. - falou em um meio sorriso.

- Tudo bem, não tem problema, nem somos tão famosos assim. - tentei deixar ela mais confortável possível.

Quando entrei no prédio logo vi meus amigos vindo ao nosso encontro eufóricos, dava para ver que eles iria vir para cima de mim, mas parara quando viram Julie em meus braços.

- Onde você estava? - Alex foi o primeiro a perguntar eufórico.

- Estávamos preocupados, Alex estava transformando o camarim em passarela de tanto que andava de um lado para o outro. - Comentou Reggie.

- Tudo bem pessoal, eu só estava dando uma volta para tomar um ar, agora se me derem licença tenho que tratar dos ferimentos dela antes que infeccionem. - comentei indo para o camarim e colocando Julie no sofá que tinha la.

- Tudo bem, mas quem e ela? - Alex perguntou pegando uma caixa de primeiros socorros e me entregando.

- Sou Julie, ai. - Julie respondeu, e gritou quando eu passei o anticéptico em suas mãos que eu vi que estavam ralada.

- Quando estava andando, nos trombamos e ela acabou caindo e se machucando, além de te torcido o tornozelo. - - Falei ainda tratando suas feridas, e lhes escondendo a parte que eu estava prestes a pula na frente de um carro. - Reggie, você pode pegar uma bolsa com gelo pra mim, por favor. - pedi para o meu amigo, que prontamente foi buscar.

- Acho que torci o pulso também. - ela falou olhando seu pulso esquerdo que dava para ver que estava um pouco inchado.

- Deixa eu ver. - Alex sentou-se perto dela e começou a analisar.

- Você é medico? Ai. - ela perguntou para logo em seguida gemer de dor quando meu amigo pegou seu pulso.

- Meus pais são, então eu aprendi algumas coisinhas com eles. - Alex falou sorrindo. - E aproposito eu sou Alex, já que esse sem educação nem pra apresentar os amigos serve.

- E eu sou Reggie, prazer, juntos nos somos a Sunset Curve, indica para os amigos. - Reggie falou chegando com a bolsa de gelo em suas mãos.

- Prazer. - Julie deu um sorrisinho, que foi a coisa mais linda do mundo. O que esta acontecendo comigo, eu nunca fui assim.

- Bom, parece que você deu uma pequena luxação, vou enfaixar, e aconselho a por gelo, que logo logo estará bom. - Alex falou pegando uma faixa na caixinha de primeiro socorros e começou a enfaixar o pulso da julie.

- Obrigada. - ela falou sem graça. - Sunset Curf, eu nunca ouvi falar dessa banda.

- Curve, e não somos tão famosos, começamos a ficar mais conhecidos a um ano. - a corrijo, logo explicando.

- Sim, hoje completamos um ano de sucesso. - Reggie complementa.

- Hoje? - ela perguntou logo dando um olha triste como se essa data fosse uma data trite para ela.

- Sim, foi exatamente aqui no Orpheum que decolamos. - Alex respondeu ela percebendo que era um assunto delicado.

- Acho que é por isso que não conheço sua banda, é que foi exatamente nessa data que minha mãe foi assassinada, depois disso eu fiquei totalmente inerte a qualquer coisa musical. - ela comenta limpando uma lagrima.

- Desculpa perguntar, mas porque você não escuta mais musica? - perguntei receoso.

- Tudo bem, não é que eu não escuto mais musica, eu não canto mais também. - explicou ela. - é que minha mãe amava musica, isso me conectava a ela, mas desde sua morte eu nem cantarolo mais. - disse olhando para as mãos que estavam brincando com a faixa que tinha acabado de ser colocada.

Não conseguimos dizer nada, na verdade, logo ficou um clima estranho, e quando eu iria tentar dizer alguma coisa escutamos a voz da pessoa que é a causadora de todos nossos problemas.

- Ainda bem que você chegou Luke, não deixarei barato na próxima vez que falar comigo daquele jeito de novo. - Caleb falou andando ate nós. - Faltam só 30 minutos para vocês entrarem, o que estão fazendo parados aqui, vão se arrumar. - falou rápido, e quando viu a Julie no meio de nos três a olhou do pé a cabeça de um jeito que me deu repulsa, e falou. - Quem é essa? O que está fazendo aqui?  




Minha Luz (Juke)Onde histórias criam vida. Descubra agora