Capítulo 11

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Julie...

No dia seguinte da visita dos meninos eu acordei cedo com as palavras da Flynn e do Luke, que veio me ver depois da aula.

Flashback on

Estava no meu quarto fazendo o dever de historia quando alguém bate na porta, quando eu autorizo da entrada vejo meu pai.

- Oi princesa. - ele diz ainda na porta.

- Oi papi, o senhor precisa de alguma coisa? - pergunto olhando para ele.

- Você tem visita. - ele disse sorrindo.

- Pode deixar entrar. - eu falei tirando os óculos que eu usava, ele saiu e logo depois Luke apareceu com um sorriso nervoso.

- Oi. - ele disse na porta envergonhado.

- Oi, pode entrar. - eu disse sorrindo e me sentando com ele na cama.

- Bom, eu vim com todo um discurso, mas agora não vem nada. - ele falou nervoso levantando e andando no quarto parecendo nervoso.

- Então porque você não me conta o motivo de ter vindo aqui para começar. - eu disse o incentivando.

- Bom eu fiquei preocupado desde que você saiu aquela hora do refeitório, queria ir atrás de você mas não deixaram. - ele falou se virando para mim com as mãos no bolso. 

- Fico feliz que tenha se preocupado, mas realmente eu precisava ficar só naquela hora. - eu falei olhando para baixo.

- Porque? O que incomoda tanto minha Lady a ponto de querer ficar sozinha? - ele perguntou se sentando do meu lado, pegando minhas mãos e fazendo carinho nelas.

- O que me incomoda e o fato de que a Flynn tem razão. - falei e senti ele limpar uma lagrima fujona que tinha escorrido. - Que eu não posso fugir para sempre, que uma hora ou outra tenho que enfrentar o que quer que seja que está me impedindo de fazer o que eu amo.

- Ei você não precisa enfrentar sozinha, nunca estará sozinha, você tem sua família, a Flynn, Willie, Reggie, Alex, e você tem principalmente a mim, agora que nos conhecemos Molina, mesmo que me mande embora eu sempre ficarei aqui, do seu lado para o que der e vier. - ele falou fazendo carinho em meu rosto.

- Obrigada, mas eu tenho medo, medo de não sentir mais o que sentia quando cantava com a minha mãe, toda vez que penso em cantar, minha garganta fecha, e eu começo a chorar, eu perdi a chama, e não sei como recuperá-la. - comecei a chorar e ele me abraçou me confortando ate que eu me acalma-se. 

- Se você perdeu, eu vou te ajudar a recuperá-la. - ele falou limpando meu rosto e sorrindo carinhosamente. 

- Como? - perguntei confusa. 

- Primeiro onde você consumava tocar com a sua mãe? - ele me perguntou se levantando.

- Na garagem, porque? - perguntei confusa.

- Você já foi lá depois que ela se foi? - ele perguntou receoso. 

- Não, eu não consigo entrar lá depois que ela se foi. - eu falo abaixando a cabeça.

- Então seu primeiro passo vai ser entrar lá, se você conseguir ficar ficar pelo menos 5 minutos, já será um grande passo. - ele explicou oferecendo sua mão e eu pego sorrindo. 

Fomos em direção a garagem e ele abriu a porta para que eu pudesse entrar, entrei relutante e automaticamente fui atingida por um montão de lembranças, olhei em volta e vi o piano que costumava tocar com a minha mãe coberto por um pano branco, tirei o pano e me sentei no banco em frente ao piano em cima dele vi uma partitura de uma musica "wake up"  com um recado no canto da folha "Eu te amo Julie você consegue querida" quando eu li isso, abracei a folha e comecei a chorar, Luke logo se sentou ao meu lado me abraçando e cantarolou uma musica para me acalmar.

Minha Luz (Juke)Onde histórias criam vida. Descubra agora