Capítulo 37

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Alex...

Sai e fui em direção a casa do meu índio fofo, no caminho eu fiquei imaginando um monte de coisas, como seria o encontro, se ele iria gostar do que eu tinha planejado, se ele realmente estava certo disso e na ultima hora não tinha desistido, foram mil e uma paranoias, acho que o nervosismo com o encontro e a ansiedade se misturam e criaram essa grande bola de neve que está me deixando louco.

Aperto a campainha da sua casa e quem atendeu foi seu pai, o sorriso que estava estampado em meu rosto sumiu na hora.

- Ora, ora, a que devo a honra do grande Alex Morningstar na minha humilde residência. - Caleb falou com aquele sorriso sádico dele.

- Caleb Calvington, já eu devo dizer que para mim é um desprazer te ver. - falo de um jeito irônico. - Seu filho está? - pergunto empurrando ele e entrando na casa.

- Está lá em cima, mas porque você quer saber? - ele pergunta confuso.

- Não que seja da sua conta, mas temos um encontro. - quando falei isso ele fechou a cara na hora.

- Meu filho não é gay. - falou de um jeito sombrio.

- Não que seja da sua conta, mas eu sou sim. - Willie falou descendo a escada. - agora com licença mas tenho um encontro com o loiro mais gato que já vi. - ele pegou minha mão entrelaçando e beijou meu rosto, e ao fundo pude ouvir um resmungo do Caleb, o que me fez sorrir ainda mais.

- Você não vai sair dessa casa. - Caleb rosnou.

- Eu vou, e não é você que vai me impedi, e há não me espere acordado, pois não irei dormi aqui. - Willie falou e apontou para sua mochila.

- Oque? Aonde você vai dormir? - Caleb perguntou seguindo nos seguindo quando passávamos pela porta - Willian Philipe Calvington  volta aqui porque eu não permitir que você sai-se  de casa.

- Olha aqui, você não tem moral para mandar em mim. - Willie falou se virando para ele. - Você de todas as pessoas na minha vida é a única pessoa que não tem o direito nenhum de falar o que eu devo e não devo fazer, é sabe porque? - ele perguntou e olhou no fundo dos olho do pai. - Porque quando eu mais precisei de você quando Beatrice ficou doente, quando a mamãe se matava de trabalhar para bancar o tratamento da minha irmã,  você estava mais preocupado bebendo e cuidando dessas boy bands de merda do que da SUA FILHA QUE ESTAVA NA CAMA DE UM HOSPITAL. - ele respirou fundo e depois continuou. - Nem no enterro dela você foi, simplesmente apareceu bêbado em casa querendo dar lição de moral, tentou agarrar a mamãe a força sem ao menos se importar se ela estava mau pela morte da filha ou não, então não me venha querendo ser pai 6 anos depois da mamãe ter te mandado embora e pedido divorcio, Porque você pode ter conseguido minha guarda mas não conseguiu meu amor.

Willie entrou no carro sem esperar resposta do pai e quando eu olhei para o Caleb eu vi uma expressão em seu rosto que nunca vi na vida, era tristeza, arrependimento e principalmente dor, pude ver as lagrimas escorrerem de seus olhos, e uma fração de segundos eu senti pena dele, mas logo se foi.

Entrei no carro e partimos rumo ao destino, o silencio estava mortal, mesmo entendendo que ele precisava de um tempo para pensar, mas eu estava muito preocupado, então resolvi trocar o destino e o levar para meu lugar especial. Quando chegamos eu parei o carro e desci, com o Willie ao meu encalço.

- Onde estamos? - ele perguntou.

- No meu lugar especial, mas ainda não chegamos precisamos andar um pouco. - eu falei pegando uma trilha, e o Willie veio logo atrás.

Andamos mais alguns quilômetros até parar em uma campina com um pequeno píer onde se poderia ver a placa de Hollywood, próximo poderia se escutar uma pequena queda d'água. Andamos um pouco pela campina com o Willie analisando todo o local, fiquei vendo ele olhar a campina maravilhado, com um pequeno sorriso no rosto.

- E ai gostou? - coloquei as mãos no bolso da calça que estava usando em sinal de nervosismo.

- É... é maravilhoso. - ele falou olhando em volta de depois virou para mim. - Como encontrou esse lugar?

- Faz mais ou menos uns sete meses, foi em uma das milhares de brigas que tivemos com seu pai, peguei o carro e sai andando por ai. - ele me olhou interrogativo. - Eu sei, eu sei, não foi a coisa mais sensata que eu fiz, mas na hora não estava pensando direito, então teve uma hora que quase bati em um animal no meio do caminho e parei aqui. - falei esticando os braços mostrando o lugar.

- É realmente fantástico. - ele falou estupefato.

- Você precisa ver o por do sol e o nascer, é realmente fantástico. - falei sorrido. - e logo a direita tem uma pequena trilha onde tem um pequeno lago com uma queda d'água onde podemos mergulhar se quisermos.

- Então... - ele falou chegando perto de mim.

- Então? - perguntei pegando na gola da sua blusa.

- Quem chegar lá por ultimo terá que pagar um rodizio de carne para o outro. - Ele se soltou de mim e saiu correndo em direção ao lago.

Eu fiquei paralisado por alguns segundos e logo o seguir, e como conhecia o caminho peguei um atalho chegando primeiro no lago. Quando ele me viu me olhou confuso e logo se tocou, eu ri da sua cara de indignado.

- Ta rindo de que? Você trapaceou. - ele cruzou os braços fazendo um bico fofo.

- Não fica zangado, eu só estava brincando com você. - desmanchei seu bico com um pequeno selinho.

- Hurg, não da para ficar com raiva de você por muito tempo, isso que da ser fofo. - ele falou pegando na minha cintura.

- Eu não sou fofo, sou gato é diferente. - falei piscando para ele.

- Um gato fofo. - agora foi minha vez de fazer um bico que foi desmanchado quando ele me deu um beijo.

O beijo foi ardente, cheio de paixão e urgente, Willie pegou na minha cintura me puxou para mais perto, eu coloquei minhas mãos em seus cabelos sedosos o puxando pela nuca para ficar mais perto, eu abri minha boca quando ele passou a língua sobre meus lábios e automaticamente sentir ela invadir minha boca fazendo nossas línguas travarem uma batalha intensa por espaço. Infelizmente nos tivemos que parar o beijo por falta de ar mas uma pequena saliva nos ligou de uma forma magica.

- Uau, foi... - falei tentando recuperar o ar.

- Intenso. - ele completou minha falar sorrindo ainda sem ar.

- Sim. - sorri e me sentei próximo ao lago e ele sentou ao meu lado.

- Obrigado por me trazer aqui. - ele falou entrelaçando nossas mãos.

- De nada, gostei de te trazer aqui, mesmo que não seja isso que tinha programado para hoje, mas foi muito melhor. - eu disse sorrindo.

- Você tinha programado nosso encontro? - ele perguntou sorrindo.

- Sim, e também tinha programado te dar isso no final dele, mas já que não estamos mais segundo o cronograma, então... - falei pegando uma pequena caixa de veludo verde musgo e entreguei para ele.

- O que é? - ele perguntou sorrindo.

- Por que não abre e vê? - falei.

Quando ele abriu a caixa, eu vi um sorriso se iluminar em seu rosto, nela tinha duas puseras de couro com o símbolo do infinito de prata no meio, uma era com tiras branca e a outra marrom, ele pegou uma das puseras na mão e abriu um sorriso maior ainda.

- E... e lindo, muito obrigado. - ele disse e depois pegou a outra na mão e examinou confuso. - Desculpa perguntar, mas porque duas?

- Simples uma é para você e a outra é para o seu namorado. - falei sorrindo.

- Namorado? - ele perguntou confuso.

- Sim. - falei chegando mais perto dele.

- Eu não tenho namorado. - ele falou confuso.

- Bom terá se você aceitar namorar comigo. - quando falei isso ele arregalou os olhos.

Minha Luz (Juke)Onde histórias criam vida. Descubra agora