Capítulo 51

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Alex...

Não acredito, EU NÃO ACREDITO, porque minha mãe está aqui? Porque ela está aqui?

Sai de seu abraço e olhei para seu rosto, foi quando eu percebi o quanto ela estava acabada, desde a ultima vez que eu vi, em baixo de seus olhos tinha olheiras roxas, seus cabelos loiros antes sedosos e brilhantes, agora estavam parecendo palha, ela tinha emagrecido uns 5 quilos, esta não é Abigail Morningstar, que eu deixei a quase três anos atrás. Fiquei mudo, e olhei para os meus amigos pedindo socorro, e então Tia Sara chegou perto da gente e me afastou com cuidado dos braços de minha mãe.

- Oi, desculpa interromper, mas meu nome é Sara Cooper, prazer. - Tia Sara falou me abraçando de lado, e minha mãe olhou a cena angustiada.

- Abigail Morningstar, mãe do Alex. - ela deu ênfase na palavra mãe como se marcasse território, mas como a tia Sara é uma patroa de primeira, ela foi bem sutil na sua patada.

- Uau, querido você nuca falou da sua mãe, me sinto magoada. 

- Desculpa tia, é que não gosto de falar muito da minha família. - eu disse ainda atordoado. 

- Tudo bem, está perdoado, mas... Abigail, né? - ela perguntou e minha mãe assentiu calada. - Oque você está fazendo aqui?

- Eu... eu vim levar meu filho de volta para casa. - quando ela falou isso meu namorado se pôs na frente dela.

- Como você ousa, vim aqui três anos depois de ter expulsado ele de casa como se nada tivesse acontecido e chamar ele para ir para casa e voltar a ser a família feliz de novo? - Willie a atacou zangado.

- Olha moleque, eu nem te conheço, e você nem me conhece, que direito tem de falar essas coisas para mim? - Abigail rosnou zangada.

- Não, não te conheço, mas pelas coisas que o Alex me falou, eu sei o tipo de pessoa que você é. - meu namorado falou zangado. -  E não que seja da sua conta, meu nome é Willian e eu sou o namorado do Alex.

Quando minha mãe escutou a ultima frase eu vi ela engoli em seco, e um brilho que eu conhecia muito bem em seu olhar, decepção, foi esse mesmo olhar que eu vi em seus olhos quando eu me assumi para ela. 

- Namorado? - ela falou indiferente, mas eu senti uma pontada de escarnio em sua voz.

- Sim, ele é meu namorado, algum problema. - eu me impus, depois de me recuperar. 

- Tudo bem, tudo bem, eu não vim aqui brigar, só quero conversar. - Ela levantou as mãos em sinal de rendição.

- Conversar. - eu falei puto. - Conversar depois de tudo o que você me disse há a quase três anos atrás, nunca mais.

- Filho... - ela começou a se justificar, com lagrimas nos olhos, mas eu a interrompi.

- FILHO NADA. - gritei zangado. - Não quero ouvir mais nada vindo de você, e também não tem o direito de me chamar de filho, porque eu posso ter vindo do seu ventre, mas eu deixei de ser seu filho no momento que você e o papai me expulsaram de casa por causa da sua sexualidade. 

Respirei zangado e fui abraçado por trás pela Julie, quando olhei para a mulher que um dia chamei de mãe, há vi com as mãos na boca tentando conter os soluços e lagrimas nos olhos.

- Alex, por favor. - ela falou com a voz tremula. - E... eu sinto tanto, eu me arrependo desde o dia que você passou pela aquela porta. 

- Então porque, não foi atrás de mim? - sussurrei com lagrimas nos olhos. 

- Eu tive medo, e... e.... - ela começou a chorar.

- E oque? Resolveu depois de quase três anos, o que você deveria ter feito naquele momento? - falei passando a mão no rosto, zangado. 

- EU TO MORRENDO. - quando ela disse isso eu travei, e comecei a suar frio. 

- O... oque? - perguntei em um fio de voz.

- Eu estou com câncer, tenho só mais três meses de vida, e eu não queria partir sem me retratar com o meu único filho. - ela falou chorando.

Não queria escutar mais nada, eu precisava sair daquele lugar o mais rápido possível, e foi isso que eu fiz, sai de lá correndo, e fui em direção ao quarto que eu dividia com os meninos, quando entrei no quarto desabei no chão sentindo falta de ar, estava tendo uma crise de ansiedade.

- Alex. - escutei a voz do Willie, mas eu não conseguia ver nada a minha volta. - Alex, olha para mim, por favor meu amor. 

- Alex se acalma. - Julie falou próximo a mim, mas não sabia onde ela estava.

- Ei Alex, respira, inspira. - Luke falou calmo, tocando no meu ombro.

- Estamos aqui, todos nós estamos aqui para você. - Flynn falou de algum lugar.

- E... ela es... está mo... morrendo. - falei entre lufadas de ar.

- Eu sei, eu sei. - Willie falou beijando minha testa. 

- E... eu não sei o que fazer, o que eu faço? - perguntei mais calmo.

- Fica com ela, o maior tempo que de. - Luke falou sentando ao meu lado. 

- Ela me expulsou, não ficou do meu lado quando eu mais precisei. - falei limpando minhas lagrimas.

- Eu sei, mas você não faz nem ideia, do quanto eu queria ter tido a oportunidade de dizer pelo menos um ultimo eu te amo para os meus pais, e você tem, então eu acho que é a hora de deixar tudo de lado e aproveitar esses últimos três meses com sua mãe. - Luke falou serio. 

- Ele está certo, eu daria tudo para poder ver minha mãe de novo, é uma merda, é, mas você está tendo uma ultima chance de se despedir, e tem que aproveitar, se não você irá se arrepender pelo resto da sua vida. - Julie disse pegando minha mão e fez carinho na mesma.

- Ok, eu vou pensar. - suspirei vencido. 

Eles não falaram mais nada, ficaram comigo em silencio, só me acompanhando, eu fiquei muito agradecido. Logo depois eu vi o pequeno Carlos abrindo a porta hesitante, e sorri com o ato, não falei nada, só abri os braços e ele veio em minha direção enterrando a cabeça no meu peito.

- Te amo Alex. - Carlos só precisou dizer essas três palavras para que eu soubesse que estava no lugar certo.

- Também te amo carinha. - falei beijando sua cabeça.  

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Bom dia gente, gostaria de dizer que o primeiro capitulo do livro do Carlos está na minha plataforma, vou tentar postar o segundo livro hoje. 

Beijinhos, da Potatooh.

Beijinhos, da Potatooh

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Minha Luz (Juke)Onde histórias criam vida. Descubra agora