44 - Sigilo e discrição

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Narrador

Agnes se deitou na cama da filha, vendo a mesma subir e se deitar ao lado da mãe. Suas pequenas mãos ajeitaram os cabelos cacheados de Agnes e ela se deitou com a cabeça contra o pescoço da mãe.

- Tio Michel não está sendo legal mamãe, eu não gosto mais dele! - Anne diz sem deixar seus carinhos pararem. - Ele te faz chorar.

- Oh meu amor! Olha pra mim, - elas se ajeitaram na cama - Tio Michel está tentando fazer uma coisa que a mamãe não quer, isso machuca, mas ele gosta muito de você. Você sabe disso, não é?

- Eu sei mamãe, mas não quero ele te machucando.

Agnes sorriu largo e puxou a filha para o abraço apertado que só ela sabia dar.

- Quer comer alguma coisa?

- Quero brincar de esconde esconde. - os olhos castanhos de Anne estavam encarando Agnes como se fossem duas bolas de gude. Um olhar terno e cheio de sentimentos verdadeiros. - Podemos brincar de esconde esconde?

- Podemos. Vamos chamar seus amigos?

Anne pulou do colo da mão e ficou de pé na cama, pedindo para que a mãe a leva - se de cavalinho para fora da casa. Agnes pegou a filha e saiu saltitando escada abaixo, chamando a atenção de Henry e Ellie que estavam na biblioteca lendo juntos.

- Vamos brincar titio! - Anne o chama alegre.

Ambos se levantaram e correram para perto das duas, desviando de Anne que era quem estava pegando.

Agnes colocou a filha no chão logo depois de descer as escadas que davam para sua porta de entrada, fazendo com que a menina  corresse livre para poder brincar com eles. Seus olhos alegres deixaram a mulher feliz e ela se sentiu melhor que minutos atrás.

- Está com você mamãe!  -  Anne diz pegando Agnes desprevenida. 

- Ah é?! - ela exclama correndo atrás de Henry e Ellie, "pegando"  os dois e fazendo com que todos os três corressem atrás da pequena.

As gargalhadas vieram altas e mais crianças e alguns adultos se juntaram à brincadeira, aumentando a quantidade de pessoas que    brincavam e riam. Era daquilo que Agnes gostava, era de momentos descontraídos como aquele que ela se importava em ter quando estava com a filha. Aquela pequena caixinha de surpresas de 4 anos precisava de memórias felizes para guardar em sua mente, não ruins ou tristes. Felizes.

O médico - Chris -  se aproximou, fazendo com que Agnes parasse o que estava fazendo e o esperasse.

- Está tudo bem? - ela questiona.

- Está sim, só vim dizer que dei uma olhada no homem que você trouxe, senhora. Ele está bastante machucado, pelo o que me parasse foi espancado e está sem comer à dias. Opa! - ele desvia de uma das crianças - Resumindo o quadro dele: ele está desnutrido, com machucados infeccionados, delirando e precisa ganhar peso urgentemente, senão vai morrer antes mesmo de conseguir me dizer alguma coisa.

Agnes engoliu seco e suspirou. Seus olhos passaram pelas crianças em sua frente e foram para a prisão onde Negan estava.

Sua razão e seus sentimentos estavam em conflito, ela não sabia o que fazer. Negan a tinha machucado demais pra deixar tudo para trás, mas antes de se tornar um homem ruim, ele havia lhe salvado, lhe dado um propósito para seguir em frente.

- Tudo bem. Cuide dele e dê os remédios necessários para o ajudar,  a comida eu mesma levo. - ela diz - E se puder não comentar sobre essa situação com ninguém, eu vou ficar agradecida...preciso de sigilo e muita descrição em relação à aquele homem.

- Minha boca é um túmulo. Pode confiar em mim, não irei contar pra ninguém sobre o que tem acontecido na prisão.

Ela agradeceu deixando um sorriso escapar e voltou a brincar com a filha, que por sua vez corria de outra criança.

Peço desculpas pela demora a postar. A falta de imaginação bateu aqui e eu não sei como desenrolar a história, tanto que tenho escrito coisas que podem acontecer daqui 15 capítulos pra ver se sai alguma coisa pros 2 próximos.
Espero que entendam e que tenham gostado!!!!
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Beijos e fuiii

Starting Over  • ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|ˢᵉᵍᵘⁿᵈᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora