21°- Ataque a comunidade

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Agnes

O lápis batucava sem parar mais uma vez a madeira da mesa do meu escritório. Anne estava dormindo em meu colo segurando minha blusa - como sempre fazia - enquanto eu tentava escrever alguma coisa, alguma nova página da história da comunidade. Todos tinham o direito de colocaram sua versão da história que vivíamos constantemente, a biblioteca e o meu escritório eram áreas livres para eles. Tanto que todos sabiam da minha vida, sabiam das coisas que eu havia passado.

- Agnes! - a porta se abriu violentamente e bateu na estante de livros, acordando Anne. - Temos problemas sérios. ADC.

Aquela era a sigla que eu mais temia. ADC significava Ataque Descontrolado na Comunidade. Nunca tínhamos usado ela, nunca tinham do sentido o medo de um ataque. Agora ele estava acontecendo.

- Levem as crianças e os idosos para os porões de cada casa, para cada esconderijo, se eu apertar o controle, fujam pelo túnel que vai levar até o zoológico do Parque Nacional. Vocês sabem o que fazer.

Me abaixei em frente a Anne e beijei seus cabelos, olhando no fundo dos seus olhos..

- A mamãe precisa salvar a comunidade agora, vai com a Tia Thay pro esconderijo.

Anne corre para perto de Thay e se encolhe nos braços da mesma.

Vejo minha filha ser levada para longe e pego minha arma que estava sobre a mesa, correndo para fora do cômodo. A enorme casa parceria não ter fim, eram sempre daquele jeito, parecia que você nunca chegaria ao seu destino quando estava com medo, com pressa, e querendo matar aqueles que atacavam minha comunidade.

- Os vigias das árvores estão posicionados? - questiono a Michel enquanto pegava o pequeno tablet militar de suas mãos.

- Sim, todos estão esperando apenas o seu comando.

Encaro as pessoas correrem de um lado pro outro e caminho ainda mais rápido em direção ao muro principal. Eles estavam vindo de frente, o que significava que tiveram tempo de avaliar todas as saídas e perceberem que era ali que tudo acontecia.

Subo as escadas que dão acesso às áreas de vigias e encaro os carros e pessoas se aproximando. Eram os salvadores, os homens de Negan estavam ali.

- Se preparem para o meu sinal! - digo pelo walktalk - Engatilhar e...disparar.

Vejo os homens que estavam fora dos carros caírem no chão sem vida, enquanto os que estavam dentro dos mesmos procuravam de onde as balas estavam vindo.

- Arco e flecha, se preparem.

As mulheres e homens se posicionaram logo abaixo de onde eu estava, arrumando as flechas recheadas de pólvora e prontas para explodirem silenciosamente aqueles carros.

- Atirem!

Eu sabia que aquele barulho todo iria atrair zumbis, mais eles seriam bons, iriam acabar com as provas de que havia tido algum tipo de ataque ali, de que algum dia, havia existido um bando de assassinos chamados salvadores na área.

Uma mulher ao meu lado caiu sobre as tábuas, gemendo de dor enquanto sentia o sangue fluir pelo buraco do tiro em seu ombro. Michel me encara com o olhar de dor e a leva para seu pai, onde ela iria ser cuidada.

Mais outras três pessoas caíram dos muros, mortas enquanto podia ouvir as exclamações de alegria dos salvadores logo abaixo.

- Atirem sem do. Matem aqueles malditos. - peço pelo rádio, vendo os arqueiros atirarem sem pena e os corpos caírem pelos tiros silenciosos e vindos de onde os salvadores menos esperavam. Do chão.

Haviam túneis subterrâneos na frente da comunidade, onde muitos homens ficavam escondidos enquanto esperavam por inimigos para poderem atirar e matar quem aparece da forma mais silenciosa possível.

E aconteceu um ataque...
Tudo está pra mudar.
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Beijos e fuiii

Starting Over  • ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|ˢᵉᵍᵘⁿᵈᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora