N A R R A D O R
- O que está fazendo aqui? - Agnes exclama ao ver Carl aparecer ao seu lado - Por que não fic...
- Estou aqui porque eu te amo demais pra deixar você passar por isso aqui sozinha. Porque eu te amo o suficiente para te dar a minha vida só para que você fique bem. Por que por mais que as coisas dentro de você ainda estejam confusas e você ainda tenha raiva de mim, eu ainda te amo, eu ainda te quero! Porque não consigo ver minha vida sem você, por que eu amadureci o suficiente para perceber que tudo que eu quero no resto da minha vida nesse final de mundo dos infernos, é ter você do meu lado, é poder acordar ao lado e te ver sorrir e poder te beijar.
Agnes estava hipnotizada, ignorando a dor que estava em seu pé e a destruição que acontecia ao seu redor. A arma em suas mãos foi abaixada e seus ombros caíram.
- Sei que ainda não estou totalmente perdoado, sei que não importa mais o que eu faça, eu nunca vou conseguir te fazer me perdoar e me perdoar também. Sei que as cicatrizes e as marcas estão aí, mais porra Agnes Castiel, eu te amo tanto! Eu aprendi tanto sem você do meu lado e eu quero a chance, eu quero você como minha namorada, como minha mulher!
Agnes se levantou, ficando em pé com a ajuda de Carl, segurando sua mão. Ele estava ali por ela.
- Seu rosto esta todo sujo. - ele diz limpando com a bandana que tinha dentro de seu bolso. - Você está machucada, temos que...
- Carl, a gente tem que ajudar os outros. - ela diz abaixando o pano e olhando as coisas ao redor - Temos que salvar esse lugar.
- Nós vamos linda, nós vamos.
Carl havia chegado com mais um grupo de pessoas, pegando a situação no meio e agindo de forma rápida, muitos dos inimigos já e mortos ou feridos, mas também também pessoas conhecidas de Agnes que estavam mortas.
- Agnes...
- Carl, por favor, me ajude a salvar essas pessoas e depois conversamos ok? - ela diz passando por ele mancando enquanto ouvia o homem suspirar e engatilhar a arma. - Vamos!
Não é como se ela quisesse evitar falar sobre aquilo, ela só estava com a cabeça presa em um único lugar, em uma única imagem. As pessoas do seu grupo gritando, manchadas de sangue delas e dos mortos.
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Agnes arrancou seus sapatos e encarou a meia manchada de sangue. Ela respirou fundo e deixou o pé sobre a perna cruzada, vendo as pessoas de seu grupo que ainda estavam vivas correrem de um lado para outro depois de horas lutando contra os inimigos que agora estavam mortos.Seus olhos estavam pesados e mesmo assim ela se impedia de dormir. Haviam guardas em todos os cantos, os buracos dos muros estavam sendo fechados e as pessoas estavam voltando para suas casas que ainda estavam de pé, juntando a esperança e a força para poderem continuar.
Carl que estava até aquele momento no poço, pegou uma vasilha de água, pano e atadura novas, caminhando até Agnes e se sentando ao lado dela. Seus dedos tocaram o rosto da mulher e o pano que ele havia deixado dentro da vasilha tocou a pele de Agnes, a limpando.
- Não! - Carl exclama ao ver ela tentar se desvencilhar de seu toque. - Os outros estão recebendo cuidados, tenho que cuidar de você agora, cuidar para que Anne não se assuste com sua cara suja e com mais novos machucados.
Agnes riu.
O olhar de Carl ficou preso no dela. E ela o puxou para si, o beijando sem pensar duas vezes. Ela apenas queria. Apenas queria desfrutar do momento. Carl segurou seu rosto, acariciando a bochecha da mulher enquanto a beijava.
- Obrigada por cuidar de mim. - ela diz se afastando com um sorriso no rosto - Obrigada por me deixar segura e me fazer sentir segura.
Suas sobrancelhas estavam juntas e ela acariciava o rosto de Carl, tocando em sua barba. Ela estava se sentindo leve. Leve como sempre se sentia ao lado dele. Se esquecendo da dor que tomava seu corpo e do sono que tentava lhe prender.
- Eu te amo Carl Grimes! Mesmo com toda a merda que nós cerca, eu te amo!
Carl sorriu largo e a beijou mais uma vez, ouvindo algumas pessoas comemorarem enquanto passavam.
- Vou ser diferente de tudo aquilo que eu já te mostrei, vou ser o homem que você merece pra sua vida, não vou ser totalmente perfeito, mas eu prometo que irei tentar.
- Não vamos fazer promessas ok? Sem elas, sem...sem qualquer tipo de promessas.
Ele concordou com um aceno e acariciou o rosto da mulher, a vendo calçar os sapatos e se erguer logo em seguida, caminhando para longe dele. O coração de Carl estava mais calmo, batia de forma lenta e ele sabia quem era a razão daquela calmaria imensa dentro dele.
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Agnes estava em frente ao grupo, com uma arma grande em mãos e com os olhos fixos em todos os cantos daquela velha cidade. os homens de Agnes entravam dentro dos prédios e criavam vigias nas torres mais altas.
- Agnes! Amenadiel aqui! - ele diz, deixando sua voz ecoar ao redor das paredes geladas e manchadas de sangue velho - Chegamos a comunidade, acabamos de chegar e...o que diabos aconteceu aqui? Está tudo queimado e as pessoas estão destruindo as coisas que ainda estão em pé.
Agnes parou ao lado da entrada de um dos prédios cheios de roupas e segurou o rádio.
- Eles foram atacados. Já conseguimos acabar com o grupo de pessoas que nós atacou, precisamos apenas reconstruir o lugar e fazer com que tudo volte ao nosso normal. Quantas pessoas vieram com vocês?
- Trouxe cerca de 60 pessoas com vários utensílios e coisas para ajudar nas plantações. temos até um trator novo que achamos no armazém dos tratores em Ohio. Agnes as plantações que tanto discutimos depois de anos, vão enfim sair do papel.
O grupo ao lado de Agnes sorriu e ela encarou os primeiros mortos vindo em direção a eles. A alegria estava aumentando, afinal mais sementes e mais comida eram coisas importantes demais no meio daquele mundo, e agora, as pessoas daquela comunidade teriam comida por meses e poderiam pensar no futuro com aquilo.
- Isso vai ser maravilhoso e... - um grito deixou a garganta de Agnes quando um tiro acertou ao lado da sua cabeça.
Ela se abaixou, assim como o restante do grupo e deu passos a frente, parando próxima ao carro e ergueu a arma, pedindo para um dos homens avisarem ao trio que estava no prédio não sair.
- Não atira na minha mulher, seu desgraçado! - ouço Carl gritar e o vejo avançar por entre os carros.
As fagulhas dos tiros e o som dos cartuchos caindo no chão. Agnes se ergueu e gritou para que Carl parasse e se escondesse. Ela mirou onde o inimigo estava e então avançou, parando ao lado de Carl e o puxando de volta para trás.
-Não faz mais isso! - ela diz o escondendo atrás do carro no meio da rua.
Phill se colocou em posição e acertou o homem do outro lado da rua, com um tiro bem dado em meio a sua cabeça.
- Abatido!
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Starting Over • ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|ˢᵉᵍᵘⁿᵈᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃ
Novela JuvenilCARL GRIMES FANFIC ˢᵉᵍᵘⁿᵈᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃ Uma pessoa consegue realmente esquecer aquele amor que fazia seu coração bater muito mais forte? Que fazia sua respiração ficar falha e suas pernas fraquejarem? Minha humilde opinião, não. Ninguém nunca supera, p...