Agnes estava andando ao lado de Carl, caminhando em direção à prisão, passando pelas pessoas de sua comunidade e das outras comunidades. Ela se sentia inútil por não conseguir manter o lugar que ela queria construir algo bom seguro.
- Tenho uma coisa pra te mostrar, mas não agora, nesse momento, eu só quero acabar com essa merda logo. - ela diz passando por Carl e caminhando ainda mais rápido para dentro da prisão.
Os dois homens da comunidade do lado de fora da cela, deram a direção que Agnes precisava para encontrar o homem que havia invadido a comunidade e deixado as crianças mantidas dentro de sua casa como prisioneiras.
- Abram! - ela exige - Abram a porta dessa cela agora.
Os homens encararam Carl logo atrás de Agnes e esperaram a resposta, já que Michel e Rick haviam dito para não deixarem ela entrar sozinha na prisão.
- Agnes, acho melhor...
- Eu sou a líder dessa porra! - ela grita pegando a chave das mãos de um dos guardas. - Esse desgraçado pegou minha filha e os filhos dos outros e os manteve presos. Quero ter uma conversinha com ele.
A grade da cela foi aberta e Agnes puxou o homem para fora da mesma, o levando até a sala de interrogatório ao lado da que Negan estava.
- Porque invadiu a minha comunidade? Porque pegou aquelas crianças? - ela responde logo depois de jogar o homem sobre a cadeira de madeira, que por sua vez caiu no chão com força- Responde.
Seu grito chamou a atenção não só de Carl e dos dois guardas, mas também de Negan, que se levantou da cama e encarou a porta através das grades da cela.
- Você matou minha mulher e meu filho. Você os matou sem pensar duas vezes. Você nem piscou a quando fez! Se lembra? Da mulher negra de cabelos em tranças e o garoto que devia ter 16 anos.
Agnes levantou a cabeça e pensou. Segundos depois a lembrança lhe veio na mente e ela sorriu de lado, não por ter gostado de matar mas por saber quem e o quão desgraçado a pessoa havia sido com ela, para ela ter que matar.
A mulher e o filho dela haviam armado para Agnes, haviam a feito cair em uma armadilha fingindo precisar de ajuda e depois a apagaram, roubando suas roupas, comida e armas, a deixando sangrando dependurada em uma árvore pronta para servir de comida de zumbi. Eles tinham feito a cicatriz no rosto dela
- Roubar, machucar e deixar pessoas para morrerem é o que vocês faziam, eles pagaram pelo erro deles. - ela diz - Agora você vai pagar pelo seu. O levem de volta pra cela. Os pais das outras crianças vão poder quebrar você inteiro.
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Agnes estava deitada na cama com Anne, lhe fazendo carinhos em seus cabelos e cantando uma canção de ninar, enquanto a pequena se agarrava aos braços da mãe. A mulher tinha os olhos fechados e inalava o cheiro que a filha tinha, um dos perfumes que ela não cansava de sentir.
Alguém bateu na porta de forma leve e Agnes levantou a cabeça, encarando a sombra projetada no chão e logo depois a pessoa. Carl.
- Oii! Eu não queria atrapalhar, mas podemos conversar no escritório? - ele questiona tirando o chapéu.
- Claro.
Ela se levantou e ajeitou a filha sobre a cama, colocando um dos ursos que Benjamin havia achado. O primeiro presente que ele havia dado para a filha que nem havia nascido.
Ambos desceram pelas escadas, encontrando com Ezekiel e Henry subindo a mesma. Eles sorriram e manearam a cabeça. Carl foi o primeiro a entrar no escritório/biblioteca, ficando parado em frente mesa que era usava por Agnes.
- O que queria conversar? - ela questiona parando atrás da cadeira que ela sempre usava.
- Eu vi.
- Viu o que?
- O Negan preso na sua prisão.
Os olhos de Agnes se arregalaram e ela caminhou para perto de Carl, olhando para fora da sala onde eles estavam para se certificar que ninguém havia ouvido.
- Por favor, não conta pra ninguém. As pessoas ainda não podem saber que ele está aqui e se souberem, principalmente os seus, eles vão querer matar ele. - ela pede juntando as mãos e com o olhar assustado.
- E porque ele merece viver? Quando você achou ele, não pensou no meu que ele te causou?
- Ao contrário, quando eu o encontrei na floresta eu só queria o matar depois de obter as respostas. - ela conta se virando de costas para Carl e cruzando os braços - Eu as tive e...
- Porque não matou?
- Não foi ele que mandou me machucar. Não foi ele que mandou matar o Ben. Não foi ele que acabou com a minha vida em segundos. - ela secou as lágrimas - Não foi o Negan que matou o pai da minha filha, ele não tem sangue do Ben nas mãos. Hoje quando eu saí, eu fui até o Santuário, eu matei salvadores pra obter as respostas que eu precisava.
- E você as teve?
Ela se vira pra Carl e concorda.
- Foi Simon e Dwight que fizeram tudo. As marcas que eles fizeram em mim com ferro quente são as mesmas das costas de Negan. Os homens do Santuário disseram quem era o líder, quem estava mandando matar e atacar as comunidades.
Carl a puxou para perto dele e a abraçou, beijando os cabelos cacheados da mulher em sua frente e deixando que ela chorasse o tanto que quisesse.
- Se você sabe que não foi Negan e tem certeza disso, eu estou com você. Eu quero e posso te ajudar a acabar com aqueles desgraçados e posso te fazer feliz ou tentar.
Agnes se afastou e encarou o olhar cristalino vindo de Carl, parecia ser verdadeiro, mas machucava do mesmo jeito.
- Eu demorei tempo demais pra ser consertada, não quero ser quebrada mais uma vez e não ter ninguém pra me ajudar a reconstruir.
- Eu não sou mais aquele idiota de 18 anos, Ag. Sou um homem que se arrepende de ter machucado e duvidado do amor de uma pessoa, da única pessoa, que o se sentir inteiro e sem chão anos atrás. Você disse que nosso beijo poderia ser um talvez...me deixa ter a chance de fazer esse talvez acontecer.
O carinho no rosto de Agnes lhe fez fechar os olhos por alguns segundos, antes dela os abrir e observar o rosto de Carl mais uma vez.
- Me deixa te mostrar que eu já não sou mais aquele idiota, manipulado e extremamente ciumento de 5 anos atrás. Me deixa te mostrar o que os anos e sua falta fizeram comigo, me deixa te mostrar minhas mudanças e me deixa te ajudar a se consertar.
Agnes engoliu seco e molhou os lábios.
Era óbvio e perceptível que Carl já não era mais o moleque de anos atrás que também não sabia nada do amor. Ele tinha aprendido da pior forma o que era sentir que amava e não ter mais a pessoa ao seu lado. Ele tinha virado um homem de verdade, um que sua mãe sentiria orgulho.
- Se quando essa guerra acabar e a gente ainda estiver vivos, e se eu estiver pronta, eu posso talvez te dar uma chance de se mostrar quem realmente se tornou. - ela responde. - Ainda não te perdoei por inteiro. Ainda dói e ainda faz meu coração sangrar.
- Eu vou te ajudar a curar esse coração machucado. Vou te mostrar que a versão melhorada de Carl Grimes não foi só por fora, foi por dentro também. Principalmente aqui - ele aponta para a cabeça e logo depois para o peito - e aqui.
Agnes sorriu de lado e colocou os cabelos para trás.
Será que esse casal vem?
Votem e comentem muitooo
Beijos e fuiii
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Starting Over • ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|ˢᵉᵍᵘⁿᵈᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃ
Roman pour AdolescentsCARL GRIMES FANFIC ˢᵉᵍᵘⁿᵈᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃ Uma pessoa consegue realmente esquecer aquele amor que fazia seu coração bater muito mais forte? Que fazia sua respiração ficar falha e suas pernas fraquejarem? Minha humilde opinião, não. Ninguém nunca supera, p...