36° - Um talvez!

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Agnes

Carl estava mais pesado do que eu poderia imaginar, fazendo com que meus passos fossem mais lentos que o normal e que a preocupação e medo tomassem conta de mim a cada passada errada que ele dava e tombava para o lado.

- Aguenta firme por favor!  - peço segurando sua cintura com força e ouvindo ele reclamar. - Eu sei que está doendo, mas eu preciso segurar com força pra poder...

- Tudo bem Ag...tudo bem.

- Não, não está nada bem...merda Carl, você não pode morrer assim.

- Você se preocupa comigo? Tem medo de me perder? - ele exclama com um sorriso fraco de lado

- Você está começando a delirar, não está nem falando coisa com coisa. 

Estávamos nos esgueirando com cuidado por entre os carros e casas que pegavam fogo ou que  apenas estavam lá. Estávamos chegando na entrada do túnel e a quantidade de zumbis que estava aos arredores dali era grande, era como se eles soubessem que todos passaram por ali e estavam esperando o momento certo de poder passar.

- Não tem como passarmos por ali. - exclamo colocando Carl encostado na parede de madeira. - Droga, a comunidade está cercada pelos mortos.

- Me deixa aqui. - ele pede - Por favor Ag, me deixe aqui. Se salve. Eu não posso viver em um mundo que você não exista. Nunca iria me perdoar se você morresse tentando me salvar.

- Não vou te deixar para trás. - minhas mãos pararam em seu rosto e eu o encarei. A barba rala em seu rosto lhe fazia bem.  - Você me salvou Carl, esta me dando uma segunda chance pra viver com a minha filha,  quero fazer o mesmo por você, quero que você tenha a chance de viver com as pessoas que você ama.

- Eu amo você...isso me daria uma chance?

Sorrio abaixando a cabeça e engulo seco. Meus lábios se colaram nos de Carl em um beijo casto e rápido, que por sua vez me fez sentir todas as sensações boas de novo.

- Isso é um sim?

- É um talvez. Vamos!

O segurei com força e dei a volta na casa, vendo os mortos passarem e alguns nos acharem. Estavamos ficando cercados. Eles estavam sendo atraídos pelos cheiro de sangue que vinha de Carl.

Respirei fundo e observei cada canto da comunidade. Um carro no canto da comunidade, perto das árvores.

- Vamos dar mais alguns passos e eu preciso que você seja forte só mais um pouco.

Ele resmungou algumas coisas e segurou minha blusa, enquanto minha mão que agora estava livre segurava a arma com silenciador.

- Zumbi...

Paro no momento em que Carl me avisa sobre o morto que se aproximava de nós e atiro, acertando no meio da testa podre dele.  Mais dois apareceram em minha frente e alguns atrás, atrasando meu percurso por minutos que pareciam intermináveis e angustiantes.

- Entra. - o coloco no banco do passageiro e fecho a porta. - Filho da puta!

Mato alguns dos mortos que estavam cercando o carro e entro no mesmo, rezando para ele ligar e me ajudar a sair dali com Carl e encontrar as pessoas que eu amava.

- Onde eles iam depois de saírem dos túneis? - questiono atropelando alguns mortos. - Carl?

Ele não estava acordado.

Minha mão deixou o volante e foi para seu pescoço, onde eu consegui sentir uma pulsação fraca.

- Pra onde você iria se tivesse que sair de uma comunidade em chamas, Agnes?

_

A comunicação feita pelo rádio que havia encontrado me deu um rumo. Eles estavam seguindo pelas estradas até o Reino, o que eu disse que era uma péssima ideia. Contei sobre os caminhões que tínhamos nas  estradas que levavam para fora do estado e pedi para meus homens e mulheres que estavam vivos, levarem eles para a minha comunidade.

O Reino com toda certeza sofreria nas mãos dos Salvadores também.


- Preciso de cerca de 20 casas para serem feitas e alguns colchões enquanto elas não são feitas, busquem no depósito, acho que uns 150 colchões dá. Peguem tanto de casal, quanto de solteiro, de bebê eu posso pegar das mulheres que as crianças já estão grandes.  Câmbio desligo.

- Vamos providenciar.

O que vocês tem mais divida sobre mim? Não me deixem falando sozinha.
Votem e comentem muiiiitoooo
Beijos e fuiii

Starting Over  • ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|ˢᵉᵍᵘⁿᵈᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora