Pai

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Quando Eren teve realmente tempo de raciocinar sobre as coisas a sua volta questionou sobre o que Levi havia recebido dos pais, foi aí que leu aquelas páginas e imediatamente sentiu as bochechas queimarem e os olhos se arregalarem pela sogra escrevendo aquela história. Não era o maior adepto a leitura, mas aquele livro faria um esforço para que concluísse. Kushel merecia o esforço após todo carinho e trabalho de escrever aquelas diversas folhas. Estava curioso como seria a reação do público quando chegasse às livrarias, e também em como Armin reagiria, pois era um dos maiores fãs daquela autora que nem suspeitava que era a mãe do antigo professor.

Levi estava certo quanto as risadas e comentários de Isabel e Farlan presencialmente perante a publicação de Eren, porém não deu a mínima e os ignorou, pois lhe era indiferente o que achavam ou deixavam de achar sobre ele e o noivo. Pouco o importava se alguns achavam impossível que conseguisse sorrir ou que alguém tivesse sentimentos tão bons pelo policial a ponto de escrever aquelas palavras bonitas expondo seus sentimentos. A única coisa que o importava era Eren por perto e feliz, coisa que até então estavam conseguindo com sucesso.

"Oficialmente foi promovido à titio. Bea nos chamou de pai ontem." — Foi essa a mensagem que Eren mandou à Zeke no dia seguinte julgando que ele iria gostar de saber da novidade. E estava certo, pois em questão de segundos recebeu algumas extremamente animado para conhecê-la.

Naquela tarde queria visitá-la com Levi, assim como as diversas outras vezes, mas não perderia a oportunidade de ter um tempo com Beatriz após Sarah o dar um dia de folga. O policial claramente ficou chateado por não poder os acompanhar, mas estava satisfeito por Eren e também pela menina.

Desde o instante que a pegou no orfanato seu objetivo principal era a tirar diversas risadas e estava conseguindo aquilo com maestria, pois via a felicidade clara naquele rosto. A levou em um parque da cidade, afinal se ele gostava da natureza tinha que fazer sua filha gostar também.

Após um tempo levou-a até uma sorveteria próxima, sabia que ela iria gostar, principalmente pelo calor que estavam sentindo após tanta caminhada e brincadeiras.

Era ótima a sensação de ter uma mão pequena contra a sua enquanto caminhava e às vezes a pegar nos braços para que não se cansasse, lavá-la nos ombros, conversar com ela. Facilmente se acostumaria com aquilo e nem disfarçava em quão feliz estava por passar aquele tempo com Beatriz.

- Qual sabor o rapaz e a garotinha bonita irão querer? — Um homem quase de sua idade os disse com um sorriso intercalando o olhar entre os dois a sua frente.

- Menta e chocolate. — Disseram ao mesmo tempo sem nem se dar conta e quando perceberam o que havia acontecido se olharam e sorriram pela coincidência de paladar.

Entregou o sorvete para a menina primeiro e em seguida sorriu para Eren preparando o dele.

- É sua filha? — Perguntou enquanto continuava a colocar o conteúdo gelado do sabor escolhido.

Eren abaixou o rosto para visualizar Beatriz e em seguida voltou-se para o atendente para confirmar com um sorriso orgulhoso que crescia toda vez que visualizava aquele colar cinzento no pescoço dela.

- Sim, minha filha.

Ainda não estava acostumado em se nomear como pai, mas toda vez que acabava por ouvir aquela palavra saindo naturalmente da boca de Beatriz parava tudo e nada a sua volta existia, apenas ela que quase o encarava com deboche como se estivesse pensando: "És meu pai, pare de agir igual bobão toda vez que falo isso a ti".

- És jovem. — Pontuou analisando Eren a sua frente com certo cuidado, olhar fixo demais na opinião do moreno, mas somente queria o sorvete e aproveitar ainda mais de Beatriz para então retornar ao orfanato e como consequência o apartamento que partilhava com o noivo.

Mistérios (Riren/Ereri)Onde histórias criam vida. Descubra agora