A convivência tinha se tornado bem mais leve após expor seu relacionamento, até mesmo quando o mesmo homem retornou após os dias de afastamento, Eren, não retornou a ouvir nenhuma palavra dele em sua direção. Sentia-se um pouco mal, mas quando ficava a pensar demais logo ouvia alguém falando consigo roubando sua atenção e enfim esquecia da existência dele.
A cada vez que saía do tribunal ou de alguma sala onde ocorriam as audiências sentia em seu peito o quão bom e animador era trabalhar com o que gostava. Não importava se passava uma, duas, três ou mais horas sentado com aquelas roupas sobre as suas sociais ouvindo atentamente os advogados e indivíduos falarem, pois no final apenas sentia que seu dever estava feito.
Voltava para casa, destinava um bom tempo para a filha, assim como para o marido para enfim quando estavam sozinhos antes de irem para cama receber um cafuné enquanto Levi ouvia atentamente o que aconteceu no dia do mais novo.
Os ferimentos se curaram perfeitamente após algumas poucas semanas, apesar do psicológico estar sendo trabalhado. Não tinha nenhum receio, mas sentia-se incomodado quando retornava a ver aquele homem, então sabia que precisava superar melhor aquela situação péssima.
Todas as manhãs e tardes que entrava para tomar seu chá conversava com os novos amigos e se via cada vez mais íntimo deles a ponto de ser questionado quando iriam conhecer finalmente Beatriz e também Levi. Então, após tanta insistência, mandou uma mensagem para Levi em seu dia de folga, cuidou com as palavras, afinal era policial e um pouco exagerado, não queria que viesse com sangue nos olhos repleto de raiva e armado, talvez não fosse passar uma boa impressão.
Não demorou nem quinze minutos para entrar seriamente na sala de café e interromper seus passos sentindo a mão pequena de Beatriz contra a sua, inclinar seu rosto confuso aguardando alguma explicação por estar recebendo tanta atenção de pessoas desconhecidas. A menina apenas se segurava querendo correr até Eren, mas iria aguardar uma brecha no aperto de sua mão e iria até ele.
- Eles queriam te conhecer.
- Me chamou aqui para isso? — Desacreditado arqueou uma sobrancelha criticamente para o moreno que sorriu confirmando que era exatamente isso que tinha acontecido. — Sério, Eren? Simplesmente mostrasse uma foto minha, daria na mesma e pouparia-me o esforço. — Massageou a lateral de sua testa com dois dedos de sua mão livre. — Estou no meu dia de folga, Pirralho....
- Credo, quanto mau humor. — Riu baixinho nada incomodado ou afetado perante aquelas palavras que todos julgaram como ríspidas, mas Eren não se atingia com aquilo, estava bem acostumado e sabia que era um pouco falso aquela atitude vindo do homem baixo. — Seja simpático.
Beatriz puxou a mão de Levi com força para que olhasse para ela, quando o fez recebeu uma expressão séria de poucos amigos, uma que era exatamente a que Carla o direcionava vez ou outra.
- Simpático, papai.
Negou com um sorriso pequeno vendo a miniatura que estava criando com tanto amor e carinho voltar-se contra ele.
- Tch...
- Eu sou a Bea. — Olhou para eles e sorriu ao se apresentar. — Papai Eren. — Acenou para o moreno com a mão livre e em seguida olhou para cima visualizando o policial a observando com aquele meio sorriso discreto nos lábios. — Esse é o papai Levi. — Em sequência movimentou a palma da mão para eles mantendo um sorriso. — Oi, pessoal.
Se ainda não tinha conquistado todos, naquele momento conseguiu com êxito, mas ao verem a garota entrar pela porta já tinham adquirido certo carinho e uma necessidade de apertar suas bochechas e frisar o quão fofa e bonitinha era.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mistérios (Riren/Ereri)
FanfictionUm caso aleatório em um bar que apenas deixou um bilhete após uma noite casual pode vir a se tornar algo a mais em sua vida, principalmente ao encontrá-lo logo no dia seguinte em uma sala de aula, justamente no local que nunca pensou que o reencontr...