17 - rosas

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- Você cheira a rosas... - falei baixo. Ela riu novamente e logo ficou em silêncio, parecia não querer me largar.

- Às vezes acho que não sou merecedora do amor da minha família. - Lua falou sincera, meus olhos permaneceram fechados, o sol não estava tão forte pela nuvem o tampando, tomei coragem a puxando para mais perto de mim ainda naquele abraço. - Fazem de tudo por mim e tudo que consigo ser é uma garota traumatizada.

- Você é muito cruel consigo mesma mano, sem condições. - neguei com a cabeça a olhando nos olhos, marejados e tristes. - Não importa o quão machucada você esteja ou não maluca, você merece amor porra, todo mundo merece. - prossegui calmo. Seus olhos encararam os meus.

- Você está triste e cansado, observei no carro. - falou desviando do assunto. Se ela sente melhor assim, pode crê.

- Confusão minha e da minha mente, não cai na minha pilha, sou estranhão!

Sua mão fez um carinho no meu rosto e segurei demais pra não beijar ela. Estávamos próximos demais. Colados demais e a gente - aparentemente - não se importava quando o abraço ia acabar.

- Se tu tiver alguém de conversar, eu tô aqui. - sorriu. Enxuguei seu rosto molhado por suas lágrimas com cuidado com a minha mão.

- Não tô muito afim não, fica tranquila, eu dou um jeito em mim.

- Eu sei que sim, só acho que deveria deixar as pessoas cuidarem de você... - jogou indireta.

- É o tal do cospe pra cima e vai na testa né Lua. - ri. Ela riu junto comigo e fez um carinho no meu pescoço. Quem via de longe pensava que a gente namorava.

- Agora sim, devemos entrar. - falou, concordei com a cabeça mas mesmo assim, não nos soltamos.

- Faz meia hora que vocês tão assim mano, que carência é essa? - escutei a voz do Thiago e risadas. Nos afastamos e como sempre: ficou vermelha.

Olhei para cima. Estavam na porra da laje.

- Chatão vocês ein. - falei alto pra eles ouvirem.

Krawk me mostrou o dedo do meio de cara fechada, mandei beijo.

- Vocês estavam tão fofos. - Nicole gritou sorrindo. Neguei com a cabeça.

- Cê' vem? - chamei Lua.

- Vamos. - riu dos palhaços que chamamos de amigos. Abri a porta estranhando a casa completamente vazia. - Tão tudo lá em cima? Ah véi que vergonha de chegar assim.

- Relaxa, vem comigo. - segurei sua mão. Esperei ela se esquivar mas pra minha surpresa mais uma vez Lua apenas apertou fazendo um leve carinho, olhei pra trás e sorri a puxando.

A gente tava numa vibe muito casalzinho e iam gastar muito. Liguei meu foda-se. Ela é minha amiga, somente.

Subi as escadas pra onde dava pra ir até o pessoal. Geral olhou pra gente e a maluca se encolheu atrás de mim, apenas ri a puxando novamente comigo indo cumprimentar.

- Esse é o Knust, salve mano. - sem soltar a mão da mina o abracei.

- Luana. - acenou com a cabeça.

- Satisfação irmã, - respondeu sorrindo. - tô aqui nessas Tavin. - riu bebendo sua cerveja.

Cumprimentei mais uma galera que não conhecia muito bem junto com ela, e por fim fomos até o dono da festa que consequentemente tava com a nossa família.

- Eae Nog. - soltei a mão de Lua. Fizemos uma dancinha estranha com ele e um toque. - Faz tempo ein! - ele riu.

- Pois é manin' e você famosa irmã do meu irmão Krawk? - sorriu em direção a Walker. Tinha até me desligado que era ela toda tímida.

Conexão || Tavin McOnde histórias criam vida. Descubra agora