62 - obra artística

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O meu amor deseja você.
— Izaias Almeida.
           

° T A V I N °

          Estava sentado ao lado de Leozin no sofá da sala do Lucas, meu sogro me chamou aqui em baixo tem uns minutos mas aparentemente aconteceu algo e ele teve que ir no escritório da casa.

- É estranho pra caralho essa situação toda.

- O quê? - perguntei ao Leozin, percebendo que minha mente estava longe demais pois sabia bem o que o pai de Luana queria falar comigo.

- Sei lá mano, tava tudo indo tão bem tá ligado parece que tudo começou a dar errado naquela ida a Brasília. - disse com o olhar distante. Provavelmente pensando em Lívia da mesma forma que minha mente levava a Luana. Fico viajando pensando em como eu poderia ter evitado aquela merda se não tivesse fugido feito um merda de geral na época do meu aniversário, e ido para São Paulo.

- Eu sinto muita raiva namoral, queria a oportunidade de arrebentar os caras. - fui direto ao ponto passando a mão em minha cabeça desviando esses pensamentos.

- Eles deveriam estar mortos. - Leozin falou em um tom de voz frio, concordei com a cabeça.

- A gente trouxe suco e lanches garotos. - Andressa falou simpática andando ao lado de Krawk. Ela tinha os cabelos castanhos escuros e era alta, eu sabia que a madrasta da Luana era ocupada com a sua empresa e fiquei surpreso em vê-la aqui.

- Valeu. - respondi junto com Leozin.

- Luana tá melhor? - Krawk se sentou ao meu lado parecendo estressado e a mulher a nossa frente se retirou indo atender uma ligação. Leozin se inclinou pegando o suco e o sanduíche prestando atenção na nossa conversa.

- Bem melhor na verdade, as meninas tão tudo lá em cima com ela - respondi fechando os olhos lembrando da conversa que tive com meus pais de manhã. Se não fosse eu e a Luana, diria que está tudo uma droga. - cê já sabe o que o pai da Luana vai falar, né?

- Sobre os caras, você pediu pra ficar por dentro das paradas... Por quê? - perguntou curioso ajeitando o boné. Vi Leonardo indo para o segundo sanduíche, meu estômago não aceitou nada direito o dia inteiro tudo que eu queria era ver Luana melhor da crise em que estava. Odiei vê-la daquela forma.

- Porque sim mano, apesar dela não querer saber dessas coisas eu prefiro saber. Sinto que tô sendo mais útil e ajudando ela. - falei sincero. - E faz a minha raiva diminuir em relação a essas merda, meu estômago embrulha em saber que esses caras podem se safar, que o Pietro pode se safar...

      Ao terminar de dizer, ficou um silêncio tenso na sala até Leozin abrir a boca:

- Cadeia é pouco, papo reto. - se levantou avisando que iria no banheiro.

- Tá ligado que a Luana é apaixonada em você né?! - Krawk falou meio nervoso, o encarei não acreditando que iríamos ter essa conversa. Quis rir pra caralho, mas me contive.

- E eu sou maluco nela, cê sabe que sim Krawk. - falei direto, ele suspirou parecendo procurar palavras.

- Se você diz... É só que mano, me promete que cê não vai machucar ela?! Porra Tavin ela é minha irmãzinha, uma das mulheres mais importantes da minha vida. Eu não te perdoaria se tu fudesse a cabeça dela, tá ligado? - falou no mesmo tom que o meu.

- Eu não preciso prometer isso cara, vou fazer de tudo pra não vacilar... Olha - passei a mão no rosto procurando palavras. - eu amo sua irmã, ela sabe disso. Cara a gente precisa que você confie nessa parada, estamos indo juntos nessa. - terminei de falando o vendo olhar pra mim, sem saber o que dizer.

Conexão || Tavin McOnde histórias criam vida. Descubra agora