61 - tô te admirando

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            É mais fácil ser a gente mesmo com um amigo.
— Conto de Verão (1996).

           Tavin mordeu meu lábio inferior devagar e suas mãos apertaram minha cintura, senti minha bunda contra a pia e minha mão passou pela nuca do mesmo, seus pelos se arrepiaram. Impulsionei meu corpo sentando na pia, as mãos de Otávio mão mantinham carinho ao apertarem forte minhas coxas, sorri entre o beijo e ele se afastou.

- Por que você parou? - perguntei, manhosa, abrindo meu olhos. Ele tinha o olhar fixo no meu rosto mas foi descendo, olhando meu corpo com tamanha malícia que apertei minhas pernas no seu tronco sentindo seu membro roçar na minha perna. Sentia meu corpo quente.

- Tô te admirando. - falou baixo, neguei com a cabeça.

- Tá é me vendo sem roupa. - impliquei, brincando. Otávio riu passando sua mão lentamente pela minha coxa e subindo parando no meu seio direito, apertando, pressionei minha mão na mármore jogando a cabeça pra trás.

- Tô com a impressão que não vou ficar só imaginando mais, sabe... - provocou com um risinho, aos meus olhos se fecharem com o aperto de sua mão. Otávio gosta de provocar e parece aprecisar ver o ele consegue provocar em meu corpo.

      Desci minha mão de sua nuca passando pelo seu peitoral, subi novamente passando o dedo da sua corrente tendo a visão em minha mente dela batendo no meu rosto. Mordi o lábio inferior não me reconhecendo.

- Ae família foi mal interromper mas - escutei a voz da Nicole e abri os olhos percebendo que estava ofegante. Tavin xingou se afastando, suspirei longe do seu toque. - Tavin seu sogro tá te chamando. - avisou batendo na porta do banheiro.

- Toda vez somos interrompidos papo reto vai se fuder. - ele falou puto, ri descendo da pia dando um selinho em sua boca, um pouco inchada pelos beijos.

- Fica tranquilo amor, - beijei seu queixo descendo pelo seu pescoço. - de hoje não passa. - sussurrei no seu ouvido. Senti sua mão bater firme na minha bunda e meu corpo se arrepiar, encarei seus olhos sorrindo maliciosa. - Você gosta de bater né? - brinquei, o fazendo rir novamente.

- Cê gosta de apanhar. - disse em tom de brincadeira.

- Gente... eu tô aqui, escutando tudo. - a ruiva falou com o tom incrédulo. Ri abrindo a porta do banheiro vendo ele sair e Nicole junto com Lívia, entrar.

          Estranhei minha outra amiga não fazer nenhuma piada sobre o que acabou de acontecer. Parecia até distante.

- Ué amiga ficou toda calada, nem sabia que você tava junto. - falei sem entender para a cacheada.

           Olhei as duas, Nicole ainda tinha algumas marcas no rosto mas estava melhor, apesar de não querer conversar com ninguém sobre o que aconteceu, indiquei minha psicóloga para ela tentando ajudar de alguma forma. Meu coração se partia em saber que a minha amiga definitivamente não estava bem. Lívia tinha um sorriso no rosto como ela escondendo algo atrás de si.

        Eu me sentia melhor do que mais cedo. O que fazia eu me sentir tensa com medo de ter mais crises.

- O que diabos vocês estão aprontando?! - ergui as sobrancelhas.

- Isso. - Lívia riu tirando os braços de trás de si e mostrando a tela do seu celular.

      Meus olhos se encheram de lágrimas, era a Jade do outro lado da tela. Seu rosto estava bem próximo da tela, solucei quando vi as marcas em seu rosto, estavam bem piores do que as de Nicole no primeiro dia e mesmo assim a loira sorria da forma que conseguia pra mim. O filho da puta que fez isso com ela estava preso, mas como conversei com a minha mãe ontem, sabíamos que não iria ficar por muito tempo.

Conexão || Tavin McOnde histórias criam vida. Descubra agora