15 - tá doidona?

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- Fica em paz Jade. - falou meu irmão. - Vamo' pensar nisso não gente sério mesmo, vamos curtir hoje, ficamos uma semana toda sem nem se falar direito.

Encarei Tyler que estava dormindo. Não conseguia olhar pra ninguém, acabei me sentindo culpada. Tavin era o único que queria saber a reação, ele apenas entrou no carro, o clima ficou pesado e respirei fundo.

- Posso levar ele? - perguntei sorrindo na direção de Melissa que concordou beijando a testa do filho.

- É, então vamos né. - meu irmão falou. Jade também já tinha entrado no carro.

Entrei fechando a porta e deitando o pequeno em meus braços. Sou apaixonada em crianças no geral, passei o dedo no nariz dele que fez um careta engraçada. A loira ao meu lado riu baixo mas o silêncio no carro ainda era desconfortável.

Olhei pra Otávio, seu olhar estava na vista movimentada da janela, era impossível saber o que estava pensando.

O moleque é indecifrável e eu sou curiosa.

- Você bebe Lua? - Nicole perguntou.

- Ah, depende. - respondi e meu irmão olhou pra trás.

- Depende do que Luana? - perguntou. Acabei rindo.

- Se vocês deixarem sim, se não, não bebo. - dei de ombros. Ele nem respondeu nada.

Fechei os olhos enquanto viam dúvidas em minha mente. Talvez seria melhor se eu não tivesse aberto a boca quanto a isso. Algumas coisas seriam melhores se ficassem do jeito que são.

Na Alemanha mal saia de casa, poucas amizades e com o tempo descobri falsidades e traições. Nenhum relacionamento. Abri os olhos ouvindo a risada de Nicole e Krawk, sorri com a forma que se olhavam, qualquer um de fora sentia o amor deles.

- Às vezes queria que viver algo assim, sabe? - Jade perguntou baixou também olhando os dois. Ajeitei Tyler no colo.

- Você vai viver mana, quando você menos esperar. O amor acontece e muita das vezes nem conseguimos ver o que tá rolando, só sente... - respondi.

- Já viveu algo do tipo?

- Nunca, mas já li e escutei muitas histórias de amor. - sorri. Ela deitou a cabeça em meu ombro pensativa. Meu celular vibrou no bolso do meu short e o peguei imaginando ser Leozin, estamos conversamos bastante esses dias.

Mordi o lábio surpresa ao ver quem era.

Tavin

a gente pode bater um papo
na festa?

por mim beleza, c tá bravo
cmg né? desculpa por isso

tá doidona?
lógico que não, tu não tem culpa
Gabrielly é dessas.
só quero esclarecer uns bagulhos

ok, fico mais aliviada...💖

💖

Olhei em sua direção, pra minha surpresa - apesar do olhar ainda triste e cansado - ele sorria. Sorri de volta sentindo meu peito se aliviar.

- É aqui família. - Krawk estacionou o carro. Abri a porta e desci, guardei o celular segurando o pequeno que ainda dormia. Olhei a grande mansão tocando uma música alta que não consegui reconhecer.

- Que bad do caralho é essa que colocaram Leozin? - Thiago perguntou e rimos. Consegui entender a letra da música.

- Chega de falar de ice - comecei a cantar no ritmo - drogas, festas, minas, noites, carros, estúdios, tudo e jóias não me importam mais. - sorri soltando um braço que segurava Tyler levantando para cima e movendo no ritmo da música.

- Tu é mo' maluca das idéia né? - meu irmão gastou e mostrei língua. Nesse meio tempo dessa semana decorei as músicas de geral.

- Nem me despedi já tô com saudade demais. - Leozin cantou colocando a mão no coração.

- Ah pelo amor de Deus, não é possível que vocês vão chorar agora. - Jade falou rindo.

- Vamo' entrar logo antes que o Nog pare um filho. - disse Kant. Melissa veio até mim e pegou o filho.

- Vão se divertir, depois você fica mais com ele. - sorriu simpática e beijei a testa do pequeno apertando de leve sua bochecha.

- Conhece o Nog? - Leozin perguntou enquanto andávamos até a entrada da casa.

- Não, mas já ouvi umas músicas eu acho.

- Ele é dahora, cê' vai gostar dele. - sorriu.

- Se ele for legal igual vocês, tá tudo certo. - olhei pra ele.

- Ele é. - Tavin respondeu do meu lado. - A gente pode conversar agora?

- Claro pode ser, - olhei de relance e vi que Leozin se afastava nos deixando a sós já que eles estavam entrando na casa. - sou toda ouvidos. - encarei seus olhos colocando as mãos para trás nervosa.





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