Conexão || Tavin Mc

33 - xinga a sogra?

Sabe qual é o problema
de reprimir um sentimento?
É porque é nisso que ele cresce dentro da gente sem nem pedir nossa permissão. Na verdade ele
nunca pediu...

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- Onde estamos indo seu doido? - perguntei rindo. Virei o rosto sentindo os faróis dos carros arderem meus olhos. Atravessamos correndo a faixa de pedestre. Fazia alguns minutos que saímos do parque. Otávio falou com a galera e entregou Constâncio para Jade me puxando alegando que não queria perder o ursinho. Sorri quando ele fez a loira prometer que cuidaria bem do pelúcia.

O tempo estava fresco, e ventava na grande cidade.

- Eu gosto dessa praça aqui, ela é mais tranquila sabe?! - Tavin explicou quando nos aproximamos do local.

- Mas é perto do trânsito. - disse rindo.

- Ok, nem tão tranquila assim. - caminhou onde fica uma fonte grande se sentando no concreto que a rodeava.

Coloquei uma mecha de cabelo atrás da  orelha sentindo seu olhar sobre mim. Meu olhar foi para o céu, sorri.

- É lua cheia. - falei voltando a olhar para o garoto a minha frente.

- Pode crê, é uma pena que ela perde toda atenção quando você tá' por perto. - falou me encarando descontraído. Me puxou para mais perto colando nossos corpos. - Ce' tá toda vermelha de vergonha, de novo mano. - riu e escondi meu rosto com as mãos rindo.

- Para de me falar essas coisas, fico sem graça. - sorri voltando a olhar pra ele. Seu olhar foi para os meus lábios, a sensação estranha na minha barriga voltou e meu coração acelerou. - Você disse que queria conversar comigo. - beijei sua mão chamando sua atenção. Notei que ele tava' meio estranho.

- Meus pais meio que pediram o divórcio. - Tavin disse encostando seu rosto no meu peito. Por alguns segundos fiquei com medo dele perceber como meu coração bate tão forte quando está por perto mas logo afastei isso voltando a atenção no que importa. Fiquei surpresa dele falar mais aberto a isso comigo.

- Eu sinto muito, acho que você já sabe que é o melhor pra eles... Quero que ce' saiba que você não tá sozinho não, eu tô com você. - fiz carinho no seu cabelo. Ficamos em silêncio por um tempo apenas se ouvia as conversas ao nosso redor, o barulho dos automóveis e a água da fonte.

- Valeu Lua, valeu demais. Fico mais tranquilo de saber que posso falar contigo dessas parada e o respeito que tem comigo, com a situação. - se afastou olhando pra mim com um sorriso triste.

Encarei seus olhos fazendo carinho na sua nuca conseguindo ver pela tristeza perceptível que tinha mais coisa o incomodando só pela forma que Tavin batia os dedos na própria perna.

- Tá rolando mais alguma coisa não é? Tipo, se você se sentir confortável em falar sobre comigo, eu tô disposta a ouvir o que tem pra falar. - falei baixo acariciando sua nuca.

Ele se arrepiou e suas mãos apertaram minha cintura colando mais nossos corpos. Como se fosse possível.

- Coisa do passado e não quero falar de passado não, quero focar na nossa amizade foda e na sua boca galua. - levou sua mão até minha nuca colando nossas testas. Fechei os olhos vacilando com seu toque.

- Tem certeza? Você parece triste e não é só pelos seus pais. E também... - não consegui terminar minha fala quando senti ele começar uma trilha de beijos do meu queixo até meu pescoço. Prendi a respiração.