GABRIELLA
Eu não sei o que deu nele. Na verdade, não sei nem o que está acontecendo comigo! Por que estou pensando seriamente em fazer isso!
Nossos pais estão lá embaixo! Eles podiam nos ouvir. Eles podem vir nos procurar. Eles poderiam chegar na porta a qualquer momento e pedir para entrar, e aí? O que faríamos? Poderia dizer não. Ou ficar quieta também. Mas, não sei se quero ficar quieta! Talvez eles nem apareçam!
Hesito e logo Rafa me encara. Eu fico olhando para ele. Este é o meu quarto, não é? Sou eu que mando aqui, não ele e... Argh! Eu não sei! Isso é o mais longe que eu consigo com essa linha de pensamento. Mas no fundo, eu gosto dessa adrenalina.
— E se eu não quiser? - pergunto a ele, arrogante, sorrindo.
— Sério? Vai jogar esse jogo? - ele pergunta. - Você quer, princesa. Não negue.
Eu balanço minha cabeça e levanto meu queixo.
— Não quero, não!
— Você está me deixando as coisas mais dificeis pra mim aqui. - diz ele apontando para suas virilha. - Vou fazer você pagar por isso.
Ele dá um passo em minha direção, mas eu sou mais rápida. Acho que sou rápida, pelo menos. Pulo sobre minha cama, espalhando as sacolas de compras e mergulho para o outro lado para escapar dele. Mas não deu muito certo!
Ele me agarrou pelos tornozelos impedindo minha fuga, então me puxa ligeiramente para trás. Ele move as mãos pelas minhas pernas em direção às minhas coxas, em seguida, me vira de costas pra cama. Estou presa por seus braços fortes, enquanto ele paira sobre mim com um olhar intenso em seus olhos.
— Agora me explica, por que você tem que fazer isso? - ele pergunta, sorrindo. Cruzo os braços sobre o peito e finjo não olhar para ele, embora possa vê-lo com o canto do olho.
— Por causa do que você disse.
— Porque o que? - ele pergunta. - Por causa desta manhã?
— Sim e não. Você foi muito grosseiro, não acha? Eu estava realmente chateada com isso, Rafa.
Ele solta minhas pernas e desliza para a cama ao meu lado. Eu me viro para encará-lo e nós ficamos assim, de lado na cama, ambos olhando nos olhos do outro.
— Eu sei. - diz ele. - Olha, eu sinto muito por isso, Gabi. Você pode me perdoar?
— Por que você fez aquilo? - Pergunto-lhe. Estou curiosa para saber a resposta e ainda mais curiosa para ouvi-lo se desculpar e pedir perdão. Acho que nunca vi Rafael Bittencourt fazer algo assim sozinho antes.
— Eu estava com raiva! - diz ele e para por aí.
— Se você quer que eu o perdoe, você tem que falar comigo, certo? Precisa me contar tudo.
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My Stepbrother - livro 1 (CONCLUÍDO)
RomanceGabriella Simões é o exemplo de boa garota. Boas notas, bom comportamento, dedicada aos estudos e a mãe, sua melhor amiga. Passou a adolescência desacreditando de si mesma e priorizava sempre agradar aos outros. Rafael Bittencourt é o típico bad bo...