Capítulo 46

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Oi bonitos, tudo bem com vocês?

Trago más e boas notícias. Mas vou deixar que aproveitem o último capitulo da nossa maratona e, no final dele, peço que leiam com atenção as informações que deixarei lá pra vocês, combinado.

Boa leitura!

~🚥~

RAFAEL

Volto pra casa. É quase noite. O sol quase já não aparece mais no horizonte. Eu entro na garagem e estaciono o carro, então desligo e fico sentado lá. Sim, tenho que voltar para dentro, não tenho?

Porra! Ela está em casa. Todos os carros estão aqui. Onde mais ela estaria? Será que ela deu um passeio? Pode ser que ela esteja lá em cima em seu quarto ou na sala de estar, assistindo TV. Eu posso entrar sorrateiramente, ir para o meu quarto, fechar a porta e ficar lá. Provavelmente posso não descer pro jantar, mas amanhã haverá o café da manhã, o almoço, outro jantar. Há uma merda de um verão inteiro de refeições e não posso pular todas elas. Não posso ficar no meu quarto dois meses e também não posso ficar fora de casa dois meses.

Basicamente, estou ferrado. Vou ver a Gabi de uma forma ou de outra, quer eu queira ou não e, por isso, estou completamente ferrado. Sim, bem, o que se pode fazer? Eu não tenho a mínima ideia. Me avise se você descobrir. 

Saio do carro e entro em casa. Meu pai está parado perto da porta. É o que ele sempre faz quando eu saio de casa como saí hoje. Ele tem algo a me dizer. Não quero jogar este jogo, mas acho que preciso. Eu nem tento evitá-lo.

— Oi pai. - eu digo. 

— Oi pai? Sò isso? - ele pergunta. - Eu tentei ligar para o seu celular várias vezes.

Pego meu bolso para verificar e...

— Merda, esqueci lá em cima. Desculpe.

— Uau! - diz ele, sorrindo. - Você esqueceu seu telefone? Eu não pensei que alguém pudesse viver sem seus telefones hoje em dia.

Eu sorrio também, porque é meio que verdade.

— Sim. Eu estava com a cabeça cheia. Acho que não percebi.

— Sinto muito por mais cedo. - diz meu pai. - Já se passaram alguns anos, mas sei que você ainda está se acostumando com tudo isso. Pra mim também não é fácil.

— Pois é! - eu digo.

— Eu estava pensando... - diz ele. - se você quiser, podemos ir acampar. Não posso esta semana, mas que tal semana que vem? Podemos sair por uma ou duas semanas. Três talvez. Como fazíamos antes. O que me diz?

— Não tenho certeza se a Gabriella e sua mãe curtem muito essa vibe de acampamento. - digo. - Mas é uma ideia legal.

— Seria legal ter ela lá também mas eu quis dizer apenas nós. - diz meu pai, sorrindo. - Você e eu. Elas podem ficar juntas aqui e nós teríamos nosso momento sozinhos como verdadeiros desbravadores.

— Não está pensando em levar apenas seu laptop e um colchão inflável, não é? - eu pergunto, rindo. - Não tenho certeza se isso conta como desbravadores, pai.

— Não! - diz ele. - Podemos fazer do jeito real. Só nós dois na floresta ou subindo uma montanha. O que você quiser. Não precisamos nem mesmo ficar em um acampamento normal. Podemos fazer uma viagem pela floresta e ver como é.

Parece divertido. Parece algo que teríamos feito anos atrás. Anos e anos atrás, antes de se dedicar totalmente ao trabalho.

Eu sei por que ele fez isso, mas ainda é difícil perdoá-lo às vezes. Também não tenho certeza se é algo que quero fazer agora. Por algum motivo de merda, acho que seria divertido trazer Gabi e sua mãe para acampar conosco. Eu sei e entendo que isso é estúpido pra caralho, especialmente considerando as circunstâncias atuais, mas tanto faz. Eu não me importo.

My Stepbrother - livro 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora