Ontem tive um pequeno problem pra postar o cap. Tentei publicar ele aqui no app às 09:00, às 13:00 e depois às 16:00. Juro que quase desisti, pois toda hora dava erro.
Por isso, pra garantir...agora são exatamente 01:51 da madruga do dia 15/01/2021 e estou liberando o cap de hoje agora pra evitar possíveis congestionamentos kkkk
Boa leitura!
~🚥~
GABRIELLA
Minha mãe e eu vamos ao shopping. Gosto de fazer compras, principalmente com ela, mas é difícil. Pra falar a verdade, não preciso de roupas. Não sou o tipo de garota que compra uma tonelada de roupas, quer precise ou não mas, neste momento, eu tento. Eu sei que hoje temos condições de esbanjar, mas nem sempre fomos capazes.
— Você já se sentiu estranha? - Eu pergunto a ela.
— Em relação ao quê? - ela pergunta.
— Eu não sei. Quer dizer... você já se sentiu estranha com tudo isso? Com o Rafael e o pai dele?
Seguro um vestido leve de verão que custa mais do que eu poderia imaginar gastar em roupas há quatro anos atrás. Depois que minha mãe se casou com o pai do Rafa, tudo mudou. Costumávamos sobreviver e não éramos pobres nem nada, mas eles são ricos, então acho que agora somos ricas também.
Mas eu simplesmente não me sinto rica. Eu me sinto como sempre, mas agora posso comprar vestidos de cem dólares sem me preocupar com o preço. Ainda estremeço sempre que olho para as etiquetas e reluto em gastar tanto, mas... ainda faço isso também.
Meu padastro ganha mais do que o suficiente para que ele provavelmente não se importe se eu usar roupas novas todos os dias do ano por duas décadas. Eu não faria isso lógico. Me sento mal com essa situação, não sei o por quê.
— Querida, precisamos nos acostumar a compartilhar nossas vidas com eles, assim como eles compartilham suas vidas conosco. Eu sei que você e Rafael nunca se deram bem, mas você deveria tentar, não acha?
— Mãe, tenho certeza que ele me odeia desde a segunda série. - digo. - É uma situação que ainda não me acostumei.
— Muita coisa aconteceu naquela época. - diz minha mãe. - Não tenho certeza se é totalmente culpa dele. Nunca pareceu que ele odiava você também.
Eu sei. Eu sei o que aconteceu naquela época. Eu não sabia na época, mas descobri depois. Foi quando a mãe dele morreu. Ele ficou fora da escola por um tempo, mas quando voltou era uma pessoa totalmente diferente. Na época tinhamos sete ou oito anos. Mas parece que foi há muito mais tempo agora.
Nunca falei sobre isso com ele. Não diretamente pelo menos. Gostaria de poder dizer a ele que eu sabia pelo que ele passou. Gostaria de saber como ele se sente. Mas não o fiz e nunca vou saber realmente.
Meu pai deixou minha mãe quando eu era muito jovem para lembrar. Ele morreu mais tarde também, mas eu nunca o conheci de verdade. Era como ouvir que você deveria estar triste com alguma coisa, mas você não consegue entender como ou por quê. É complicado. O pai do Rafa foi o único homem que conheci como pai e, ainda assim, ele só é meu padrasto há alguns anos. Não é exatamente o mesmo.
— Ele alguma vez disse alguma coisa sobre mim? - Eu pergunto.
— Quem? - minha mãe pergunta.
— O Rafael, mãe.
— Ah sim. De vez em quando ele pergunta? - Não sei o que isso significa. O que isso significa?
— E o que ele diz? - eu pergunto.
— Você sabe! Ele pergunta ao pai, que então me pergunta, mas é principalmente sobre notas. Se você está indo bem. Coisas assim. Eles não se falam muito, mas eu sei que ele perguntou sobre você algumas vezes.
Não tenho certeza se ela está me dizendo a verdade. Não parece certo por algum motivo, como se ela estivesse encobrindo algo ou tentando me enganar. Parece o tipo de coisa que alguém diz quando quer que você pense que alguém se preocupa com seu bem-estar, quando na verdade, a outra pessoa não está nem aí.
É como quando eu perguntava à minha mãe sobre meu pai. Meu verdadeiro pai. E ela diria que ele me ama muito e que eu nunca duvidasse disso, mas ele simplesmente não conseguia lidar com algumas coisas.
Como ela poderia saber que ele me ama, então? É apenas algo que alguém diz. Na realidade ele poderia tanto me amar como odiar também. Não sei ao certo e acho que isso também não importa. É apenas algo que eu quero saber às vezes.
O que Rafael sente por mim? Ele gosta de mim ou me odeia? Ele... me ama? Não, provavelmente não. Eu sei disso e sei que muitas garotas gostariam que ele se apaixonasse por elas, mas isso nunca aconteceu e eu não sei se isso vai acontecer. Esse é exatamente o tipo de pessoa que Rafael é e eu não posso mudá-lo.
~~~
Experimento alguns vestidos por insistência da minha mãe. Eles são fofos. Fazemos uma pilha de roupas que vamos comprar. Ela menciona Felipe e me pergunta se estou bem. Eu já tinha me esquecido dele a muito tempo.
— Acho que estou bem sim. - digo. - Mas não quero falar sobre ele.
— Tudo bem, querida. - diz minha mãe. - Se você quiser conversar, estou aqui para ajudá-la. Você sabe disso, certo?
— Sim, eu sei. - eu digo. E então, resmungando, acrescento: - Hum... já que estamos comprando roupas novas, você acha que eu poderia comprar umas langeries também?
— Ooh sim! - ela diz. - Essa é a melhor maneira de superar um rompimento também. Compre algo extra sexy para o próximo garoto. Isso é o que eu sempre costumava fazer.
— Mamãe! - Digo eu, rindo. Ela sorri para mim.
— Gabi, já era hora de você aprender tudo o que há para saber sobre os homens. Eles são muito simples. Um par de calcinhas sexy vai pegá-los sempre. É um fato.
— Eu não vou sair por aí mostrando a minha calcinha para os caras! - eu digo. - Eu tenho um pouco de respeito próprio, sabe?
— Eu sei! - diz ela. - Você é uma menina maravilhosa, filha e eu te amo. Mas quando se trata disso, quando você está pronta para começar um relacionamento com alguém, um par de calcinhas sensuais sempre ajudam.
Eu rolo meus olhos para ela.
— Talvez. - eu digo.
Me pergunto se Rafael gosta de calcinhas? Bem, obviamente ele iria gostar, certo? Não é como se eu fosse apenas mostrar as minhas a ele aleatoriamente, mas se ele acidentalmente as vir...
Não! Acabou, Gabriella. Eu tenho que me lembrar disso. Nós nos divertimos muito juntos. Foram dias muito bons sem sombra de dúvidas. Mas agora acabou. É o fim. Para sempre. Não há nada que qualquer um de nós possa fazer a respeito. É assim que a vida é!
Vida... às vezes é uma merda!
~🚥~
E amanhã é nossa última postagem da maratona.
Obrigada por estarem comigo em mais um dia de nossa maratona. Não se esqueça de votar e comentar também.
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My Stepbrother - livro 1 (CONCLUÍDO)
RomansGabriella Simões é o exemplo de boa garota. Boas notas, bom comportamento, dedicada aos estudos e a mãe, sua melhor amiga. Passou a adolescência desacreditando de si mesma e priorizava sempre agradar aos outros. Rafael Bittencourt é o típico bad bo...