Oi bonitos, como vocês estão?
Perdão por não postar ontem, meu dia foi muito corrido.
Mas pra compensar, vou postar dois capítulos hoje 🤗Boa leitura!
~🚥~RAFAEL
Esta não é a primeira vez que a beijo, mas pensei que a última vez seria realmente a última. Éramos mais novos e irresponsáveis ou algo parecido. Eu nem pensei que ela se lembraria disso. Eu me lembro disso porque... quando você beija alguém como Gabriella Simões, é muito difícil de esquecer.
Aconteceu cerca de seis meses depois que nossos pais se casaram. Ela e sua mãe se mudaram para nossa casa. Eu realmente não esperava por isso. Eu estava acostumado a ficar sozinho. Papai estava sempre trabalhando, então acabei sendo o rei do lugar. Ele tinha contratado uma babá para mim que eu meio que ignorei na maioria das vezes. Mas não fazia muita diferença, pois ela ia embora assim que papai chegava em casa.
Num final de semana, nossos pais precisaram viajar a trabalho. Eu convenci meu pai de que tínhamos idade suficiente para ficarmos em casa sozinhos. Porra, tínhamos quinze, quase dezesseis, o que já era alguma coisa, certo? Sim, teria sido, exceto pelo fato de que eu tinha segundas intenções com essa minha proposta.
Festa! Ah, sim! Acredito que não ficariam espantados se eu dissesse que a Pequena Senhorita Perfeita Princesa Gabriella quase infartou. Achei que ela fosse ligar para a mãe e contar tudo também, mas por alguma razão ela não o fez. Quem sabe por quê? Talvez ela tivesse potencial.
Convidei um grupo de crianças da escola, pedi um milhão de caixas de pizza. Tive que comprar de um vários lugares diferentes pois, por alguma razão, eles pensaram que eu estava brincando quando disse que queria vinte pizzas. Eles ao menos sabem quem eu sou? Meu pai é um bilionário. Posso pagar por muito mais do que vinte pizzas. Mas que se dane, eles que saíram perdendo.
Enfim, tudo estava indo bem. Tínhamos refrigerante, pizza, mais doces do que Willy Wonka e, claro, a porra de uma mansão inteira só para nós. O que provavelmente é uma coisa muito ruim para dar a um grupo imprudente de alunos do ensino médio, mas tanto faz.
Esse era o ponto principal. A merda aconteceu! O que era pra ser só uma festinha, acabou evoluindo para um jogos de Verdade ou Desafio que, para mim, parecia mais uma desculpa para as pessoas se atreverem a se beijar dentro de um armário. O que eu devo ter feito pelo menos uma vez. Gabriella estava lá, é claro. Parada ao lado. Não achei que a senhorita Princesa Perfeita participaria disso, é claro. Mas ela aceitou bem a coisa toda, bem até demais. Era um fim de semana, mas todos voltaram para casa cedo, por volta das nove. Eu e ela começamos a limpar um pouco, mas ela estava irritada e cheia de frescura, agindo como uma maldita princesa novamente.
— Qual é o seu problema? – Lembro-me de perguntar a ela.
—Nada! – ela gritou.
— Isso é tipo aquela merda de TPM, não é? – Eu perguntei.
— Você é um idiota, Rafael Bittencourt!
— Achei que chocolate ajudasse nisso. Temos muito na despensa. Vai comer um pouco que melhora.
— Idiota! – Lembrar do jeito que ela disse isso me faz rir, até hoje.
— Olha, o que há de errado? – Eu perguntei. – Não se divertiu esta noite?
Havia algo mais. Tenho certeza disso, só não sei dizer o quê. É difícil quando se trata dela, pois a Gabriella é confusa pra caralho. Merda. Eu não sei.
— Não. – disse ela. – Eu não me diverti.
— Que porra é essa, por que não? – Ignorem minha boca suja, ok. Isso é algo que preciso melhorar. Mas estou bastante indignado agora, então me dê um desconto.
— Por quê?! Eu queria participar do jogo. – disse ela. – Queria ter beijado alguém.
— Não devia ficar brava por isso. Ninguém teria beijado você de qualquer maneira. – Ela quase chorou. Eu não quis dizer isso de uma maneira ruim, mas era verdade.
Ninguém teria beijado ela mesmo. Não comigo aqui. Ela era apenas minha meia irmã, mas era praticamente a mesma coisa que ser minha irmã, certo? Ninguém ia querer ganhar uns socos na cara e acho que eu faria isso com muito gosto. Gabi era legal não era esse tipo de garota que sai por aí participando de brincadeiras de Verdade ou Desafio. Ela é do tipo de garota que ia longe na vida, aquelas certinhas que tem tudo planejado e segue seus planos a risca.
Não é como eu. Eu era um pirralho mimado, que nunca se preocupou com nada, confiando no fato de que seu pai tinha muito dinheiro para mantê-lo estabelecido para o resto da vida. O que era verdade, não tem vergonha de admitir. De qualquer forma, ela estava chorando agora, e eu precisava amenizar a situação. Não sei o que diabos eu estava pensando mas acabei perguntando...
— Verdade ou Desafio?
— Todo mundo já saiu – disse ela, fungando. – Não é a mesma coisa.
— Olha, é você quem está chorando por isso, então me responda: verdade ou desafio, Gabriella? – Ela me lançou o olhar mais severo, obstinado, teimoso e determinado que já vi em alguém.
— Eu desafio alguém a me beijar! – ela disse por fim. – Pronto! Está feliz? – Porra, não, eu não estava feliz. Que diversão haveria num desafio se não houvesse ninguém para cumpri-lo.
Então eu o fiz. Foi meio estranho no começo. Ela parecia completamente chocada quando meus lábios tocaram os dela, mas eu continuei. E a língua. Sim, sou bom nessa merda, não se esqueça. Mesmo aos quinze anos, eu também era forte.
Eu coloquei minhas mãos em seus quadris, puxei ela pra mais perto e beijei-a como qualquer pessoa deveria ficar feliz em beijá-la. Ela ainda usava óculos, e eu nunca tinha beijado uma garota com óculos antes, então nossos narizes meio que se chocaram e inclinaram sua armação para o lado. Ela tirou os óculos e colocou na mesa da sala de jantar próxima, então segurou minhas bochechas em suas mãos e me beijou novamente. Merda, isso foi bom. Muito bom. Ótimas lembranças.
Acho que poderíamos ter ido mais longe se tivéssemos a chance. Talvez muito mais longe. Eu conhecia essa garota a maior parte da minha vida, e agora ela estava morando sob o mesmo teto que eu. Quão fodido seria isso? Ainda bem que nossos pais voltaram para casa.
Quer dizer, não foi tão bom. Eu fui de castigo por isso. Por muito tempo. Eles nem deveriam ter chego em casa naquele dia, pelo que papai havia dito, ficaríamos mais um dia sozinhos. Provavelmente, foi bom eles terem chego antes. Eu poderia ter beijado Gabriella Simões por horas. Merda, ela era boa. Infelizmente, não era para ser.
Eu só me lembro do meu pai gritando da porta da frente, provavelmente depois de ver o lixo que deixamos espalhado por toda parte:
— Rafael Richard Bittencourt!
Nós congelamos. Os dois. A última coisa que aconteceu foi Gabi olhando nos meus olhos, eu acho. A garota estava cega como um morcego sem os óculos, então quem sabe o que ela estava olhando?
— Richard?! – ela perguntou com cara de deboche. Revirei meus olhos para ela e a afastei.
— Vá pro seu quarto e finja que está dormindo. Vou assumir a culpa por tudo.
~🚥~
Ah...esses dois!
E essa dupla de pais, que só chegam na hora errada?!Votem e comentem, ok?
Postagens toda terça e quinta.
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My Stepbrother - livro 1 (CONCLUÍDO)
RomanceGabriella Simões é o exemplo de boa garota. Boas notas, bom comportamento, dedicada aos estudos e a mãe, sua melhor amiga. Passou a adolescência desacreditando de si mesma e priorizava sempre agradar aos outros. Rafael Bittencourt é o típico bad bo...