Capítulo 37

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GABRIELLA

Nós corremos e claro... Rafael vence!

Eu sabia que ele iria ganhar, mas foi divertido correr contra ele, ainda assim. Gostei e gostei da forma como ele não me favoreceu, como se fosse uma competição séria e importante. É simplesmente bobo, eu sei. Mas eu gosto de como ele é bobo também.

Acho que há algo errado comigo. Acho que estou fazendo algo errado. Isso deveria ser... hum... uma relação com benefícios, certo? Apenas por uma semana, mas...

Não, pare com isso, Gabi!

Ainda podemos ser amigos depois. Ainda podemos nadar, apostar corrida e fazer apostas sobre o almoço, certo? Acredito que sim. Mas, poderemos nadar nus? Não estamos fazendo sexo, então talvez esteja tudo bem? Não tenho certeza. Eu duvido.

Jogamos mais alguns jogos e depois apenas nadamos ao redor da piscina. Eu o desafio para uma competição de quem consegue ficar mais tempo embaixo d'água, que ele também vence, mas por pouco. Pelo menos acho que foi. Talvez ele apenas tenha feito parecer que estava perto, vindo logo depois de mim, mas eu não me importo.  Ainda assim foi divertido.

Quando jogamos Marco Polo, é meio estranho, mas interessante. Obviamente, somos os únicos na piscina, então estamos apenas perseguindo um ao outro, mas também estamos nus, então agarrar para marcar a outra pessoa é... hum... bem, vamos apenas dizer que Rafael terminou com mais do que alguns punhados de meus seios e, uma vez quando o marquei, acidentalmente o agarrei pelo pênis.

Eu não sei como isso aconteceu.  Eu acho que ele fez isso de propósito, porque quando eu abri meus olhos para me gabar, ele apenas ficou lá, sorrindo para mim até que eu percebi que tinha meus dedos em volta de seu pau. Quando corei, ele riu ainda mais.

Nós chapinhamos e nos divertimos e ficamos nus, mas quem se importa? Ninguém pode nos ver. A piscina é cercada por um muro alto e, somos só nós aqui agora.

Quando saímos da piscina, deitamos em nossas cadeiras em cima de toalhas, deixando o sol nos secar. Eu fecho meus olhos e me deleito com o calor. Meus dedos formigam e eu alcanço onde Rafael está, tocando o braço de sua poltrona. Ele percebe e bate com seus dedos nas costas da minha mão, então levanta minha mão e a coloca na dele. Ficamos de mãos dadas assim, de olhos fechados e nos secando ao sol. Nossas mãos balançam para frente e para trás entre nós no ar, casual e doce. 

Eu não sabia que ele poderia ser tão doce antes de tudo isso.  Me pergunto se ele sempre foi assim, ou se... Não, pare com isso. Pare com isso. Ele não está mudando. Ele ainda é o mesmo, você está apenas vendo um lado dele diferente do queconhecia antes. É o que digo a mim mesma, mas não sei se é verdade. 

— Ei, - Rafa diz, apertando meus dedos nos dele. - Está com fome?

— Sim. - eu digo e, como se fosse uma deixa, meu estômago ronca. 

— Eu sei que ganhei, mas tenho uma proposta para você.

— O que você disse? - Eu pisco ao abrir um olho e o observo com suspeita. Uma proposta? - O que é isso?

— Eu faço os sanduiches de peru para nós se você nos fizer smoothies de frutas. Combinado?

— Oooh, para o almoço? - pergunto. Eu não tinha pensado nisso, mas eles ficariam bem juntos.

— Sim. - diz ele. - Parece bom?

— Tudo bem! - eu digo.  

Rafa se levanta e leva sua toalha com ele. Eu sigo logo atrás dele. 

— Toalha. - ele me lembra, apontando para a minha cadeira. 

— Oh, opa!

— Pode ser que você queira usar. -  ele diz. - Está mais fresco lá dentro. Vamos colocar alguma roupa antes do almoço?

My Stepbrother - livro 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora