RAFAEL
Quando termino meu banho, me seco e me visto, em seguida, volto para o meu quarto. Sorrio convencido e arrogante, pronto para provocar a Gabi, mas...
Que porra é essa! Cadê? Pra onde ela foi? Suas roupas também sumiram. Não que ela as estivesse usando antes, mas eu vi as peças no chão quando me levantei esta manhã. Ao que parece, o celular dela também sumiu. Ela deve ter voltado para o quarto. Então, acho que vou fazer uma visita a ela. Não faria mal algum.
Saio no corredor e caminho em direção ao quarto dela. De longe vejo que a porta está fechada. Tento abri-la, mas também está trancado. Eu bato.
— Gabi, você está aí? - pergunto.
– Vá embora, Rafael! - diz ela.
– Ei, o que há com essa atitude? Vai, abre a porta.
— Eu disse vá embora! - ela grita.
— Puta merda, você está falando sério? O que diabos aconteceu? Eu fiz algo para te irritar ou o quê?
— Eu... - Ela vacila e engasga. - Por favor, Rafa. Não me sinto bem agora. Quero ficar sozinha. Por favor.
No final, ela parece estar implorando.
— Tudo bem, princesa. - eu digo. - Você está passando mal ou algo assim?
Ah Merda! Passando mal? De manhã? Enjoo matinal? Não, não. Eu não sou médico, mas tenho certeza que uma garota não pode engravidar tão rápido. Mas se for verdade, isso seria uma grande merda.
Bom, pelo que sei, ela toma seus anticoncepcionais regularmente, então acho que tudo vai ficar bem. Talvez eu seja potente pra caralho e tenha conseguido engravida-la. Impressionante se for esse o caso. E fodido também! Como eu explicaria isso aos nossos pais? Preciso parar de pensar nessa merda estúpida, especialmente porque sei que não pode ser verdade.
Aguardo, mas ela não diz nada. Posso ouvir algo, mas é difícil dizer o que é. Ela está chorando? Já ouvi garotas chorarem muitas vezes, e já as fiz chorar na vezes, mas acho que é esse o caso dessa vez. Talvez eu esteja me tornando mais idiota sem perceber? Ah, que merda Rafael!
— Eu vou descer e fazer o café da manhã. - digo. - Panquecas, certo? Do jeito que você gosta. Não vou incomodá-la mais. Vamos apenas sair e comer um pouco. Se você não estiver se sentindo bem, podemos ficar em casa hoje. Eu compro uma sopa e podemos assistir a filmes no Netflix. O que acha?
Ela não diz nada. Não tenho certeza do que dizer agora. Eu não sou bom nisso. Eu nunca tive que convencer uma garota a passar um tempo comigo antes. É estranho. Muito mais difícil do que parece também. Quem diria, não é mesmo?
Me sinto mal pelos caras que são menos afortunados do que eu. Não que eu faça algo de bom com meus superpoderes aqui. Sou basicamente um idiota.
Eu vou trazer isso para você. - eu digo. - Café da manhã na cama, certo? Ponha seu pijama, se aconchegue debaixo dos cobertores e eu trago panquecas pra você em alguns minutos. Não se preocupe. Eu cuido disso.
Eu a ouço fungando pela porta, mas ela não está chorando mais. Então ela se levanta. Ela vai abrir a porta? Penso que sim. Mas não, ela vai para o banheiro. Deve ter pego um lenço de papel, porque um segundo depois eu a ouço assoar o nariz.
Merda! Eu me sinto mal. Como ela ficou doente? Ela parecia bem antes de eu entrar no chuveiro. Talvez ela só precise dormir mais. Também fico mal quando não durmo o suficiente. São seis e meia agora, não são? Quem diabos acorda tão cedo?
Eu só acordava cedo assim para o futebol. Os treinos durante o verão começavam às sete no ensino médio, então eu acordava às cinco, tomava o café da manhã, ia para a escola e estava vestido e pronto no campo às sete. Era divertido. Eu amo futebol. Mas não sinto falta de acordar às cinco da manh.
De qualquer forma, não há tempo para se preocupar ou pensar sobre isso. Tenho que ir fazer panquecas para a minha princesa. Vou fazer as mais especiais que já fiz. Talvez com pedaços de chocolate? Sim, vai ficar bom.
Cara, eu sou muito bom nisso!
~🚥~
Ah menino Rafael! Sinto te decepcionar, mas você passou bem longe da realidade com suas deduções.
Mesmo assim, ele é muito atencioso, não acham?Vou liberar mais um capítulo hoje... Aguardem 😻
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My Stepbrother - livro 1 (CONCLUÍDO)
RomanceGabriella Simões é o exemplo de boa garota. Boas notas, bom comportamento, dedicada aos estudos e a mãe, sua melhor amiga. Passou a adolescência desacreditando de si mesma e priorizava sempre agradar aos outros. Rafael Bittencourt é o típico bad bo...