Capítulo 29

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Conseguem perdoar minha ausência ontem?
Foi muito corrido pra mim.

Sou professora e, no final do ano, é sempre uma correria pra nós.
Mas consegui vencer! 🤗

Pra compensar, vou liberar dois capítulos hoje e um amanhã, combinado?

Divirtam-se!

~🚥~

GABRIELLA

Isso! Estamos no drive-in! Faz tanto tempo que eu não venho aqui.

Me lembro da minha primeira vez aqui. Vim com a minha mãe, quando eu era mais nova. Estavam passando alguns filmes de animação, não me recordo quais, afinal, já faz muito tempo. Mas lembro que gostei muito de assistir. Eu devi ter uns dez anos. Compramos pipoca e antes do filme começar, fui andar pra conhecer o lugar.  Eles têm um parquinho infantil pro caso das crianças ficarem entediadas, o que é muito legal.

Eu estava voltando pro carro pra encontrar com minha mãe, quando eu vi... umas pessoas se beijando em seus carros, com as janelas embaçadas e... Ai credo! Que nojento.  Lembro-me que, quando cheguei no carro, contei pra mamãe o que vi e perguntei a ela por que eles estavam fazendo isso. E ela apenas riu de mim e disse que eu entenderia algum dia. E eu entendi!

Sempre esperei que alguém na escola me convidasse para ir ao drive-in e um encontro.  Porque é diferente do cinema, eles sempre passam filmes duplos. Sempre! Isso dá pelo menos três horas, às vezes quatro, de reprodução do filme. E, bem... muito tempo para namorar.

Eu ia ao drive-in às vezes, mas era com amigos. Comíamos pipoca e realmente assistíamos aos filmes e, às vezes pelo canto do olho via gente se beijando, mas tentava não notar, tentava não ficar com inveja. Eu tentava, mas acho que não tive êxito. Pelo menos no que diz respeito a querer que fosse eu algum dia.  

Rafael ri do meu entusiasmo depois que pagamos nosso ingresso e paramos o carro em uma vaga. Tem poucos automóveis por aqui, mas ainda falta um tempo antes do pôr do sol, então tenho certeza que vai encher mais. 

— Eles têm algodão doce. - digo. 

— Você quer um? - ele pergunta. 

— Eu não disse isso! - respondo em protesto. - Só estou dizendo que eles têm algodão doce.

— Vamos comprar um. -  diz ele. 

— Tudo bem! - eu digo, talvez um pouco animada demais. 

Eu queria algodão doce, mas não queria dizer isso a ele que ri de mim novamente, então abre a porta e pula para fora do carro. Eu saio sozinha desta vez, não esperando que ele chegue e me ajude.  Ele realmente não se move para fazer isso, mas aposto que se eu apenas sentasse no carro e esperasse, ele o faria.

Sabe, acho que o Rafa é meio estranho! Ele é bom e um idiota ao mesmo tempo. Um bom idiota? Não faz sentido, né? É confuso.

Andamos um ao lado do outro pelo caminho de terra até as barracas de comida. Tenho uma necessidade repentina e estranha de estender a minha mão e agarrar a dele e... Espere, talvez... Eu possa. 

Pego sua mão e a seguro na minha, mas eu balanço para frente e para trás em um amplo e amplo arco, então não é como se estivéssemos de mãos dadas, não de verdade, somos apenas nós sendo tolos e estranhos. Acho que algo assim não tem problema, certo? Estamos apenas agindo como meio-irmão e meia-irmã.

O Rafa não diz nada sobre isso, pelo menos. Ele me deixa fazer isso e ainda segura minha mão com mais força. Ninguém mais pode ver isso, mas eu posso sentir. Eu balanço nossos braços assim uma, duas, três vezes, para frente e para trás, então eu o solto, escorregando para longe dele. É isso aí. Foi divertido e, se alguém nos visse, não pensaria muito nisso.  Estamos apenas brincando. Estamos apenas...

Chegamos na barraca e o Rafa compra dois, um para mim e outro para ele. Puxo um bocado do meu e ofereço a ele que abre a boca para aceitar e eu coloco em sua língua.  Ele fecha a boca e gira a língua, derretendo o algodão açucarado e então, o momento se perde. Já foi. Mas, vou me lembrar disso pra sempre. 

— Você é realmente fofa demais sabia? Tenta romantizar até as pequenas coisas! - ele diz.

— O que quer dizer com isso? - eu pergunto. - Por acaso, você está zombando de mim?

— Não.  - ele responde. - Estou apenas apontando o óbvio.

— Nem sempre sou assim. - digo. 

— Nah, provavelmente não. - diz ele.

E, não, eu não sou, eu percebo. Nunca fui assim com ninguém antes. Talvez fosse um pouco mais carinhosa com a minha mãe. Mas acho que não é esse o caso, pois são coisas totalmente diferentes. Eu só... não sei. Acho que me sinto confortável. Eu me sinto segura perto do Rafa, embora se você me perguntasse por quê, eu não saberia explicar.

— Isso é bom! - diz ele. - Nunca mude, princesa!

Depois disso, voltamos para o carro em silêncio. Eu começo a abrir a porta do carona, mas Rafa me impede.

— Que tal ficarmos no banco de trás? - ele pergunta.

— Claro! - eu digo, sorrindo.

Entramos na parte de trás com nosso algodão doce e nos sentamos. Me sento próximo à porta da direita e o Rafa no lado esquerdo. Estamos longe um do outro. Me arrasto pra chegar um pouco mais perto dele, depois, mais um pouco e mais uma vez, até que estamos bem perto, lado a lado, minha perna tocando a dele. 

— Tem certeza que quer fazer isso? - ele pergunta, sorrindo para mim. 

— Eu não tenho certeza de nada. - respondo.

Ele segura o algodão doce com a mão esquerda, mas estende a mão para agarrar minha coxa.  Seus dedos envolvem minha perna, apertados e exigentes. Não é exatamente um ato sexual ou luxurioso, mas as reações que meu corpo demonstram com o ato, definitivamente são. 

Este é um tipo de toque seguro eu acho. É o que podemos fazer em um ambiente público, já que ninguém pode nos ver, a menos que olhem diretamente para a janela. 

— Rafa? - eu digo chamando sua atenção.

— O que foi, princesa?

— Obrigada!

— Pelo quê?

Eu não digo a ele. Não há nada para dizer a ele. Eu só quero que ele saiba que estou agradecida!

~🚥~

E não é que a Gabi venceu! Kkkk
Acho que o Rafa tá comendo na mão dela viu.
Será que tem recuperação pra esse bad boy?

Comentem aqui!

Mais tarde libero outro capítulo 😉

My Stepbrother - livro 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora