(Especial) Fim de Ano (Parte Final)

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- Eu juro que não fiz nada! – berrou Will, pela décima vez.

A agente Jeanine o empurrou, junto aos demais, para dentro da viatura e fechou a porta sem muita cerimônia.

Ethan olhou para o amigo, perguntando-se o quão abalada ficaria a amizade se ele o desferisse um soco naquele momento.

- Cale-se, pelo amor de Deus! – exigiu.

- Eu só estou tentando dizer que não tenho... – Will começou a falar, mas foi interrompido por Uriel.

- O espaço é apertado. A situação é complicada. E se você continuar falando, eu juro que vou bater em você. – disse ela, bufando.

William encolheu os ombros, derrotado. Não sabia o que sua mãe diria ao vê-lo dentro de uma viatura de polícia, mas certamente não iria felicitá-lo por aquilo.

- Eu quero ver a Eleanor... – comentou Noah, tristemente.

Dentro de si, sabia muito bem que a amiga voltaria para ela, cedo ou tarde. Mas era aflitivo não ter notícias dela durante toda a noite.

- Sim, eu também. – concordou August, retraído num canto.

A viatura não era muito espaçosa, então todos estavam posicionados de forma a encostar uns nos outros. Apesar disso, August correu para o canto do banco único e retangular o mais rápido que pôde. Imagine só, estar no centro das atenções, seria um pesadelo para alguém como ele.

- Acho que todos nós queremos. Afinal, o que diabos aconteceu? – perguntou Ethan, repassando o plano falho em sua cabeça várias vezes.

- Você não ouviu os convidados da festa? Uma invasão a Gringotts e, por acaso, a Eleanor também estava envolvida. – explicou Izzie.

- Como ela se envolveu? – questionou Noah.

- Pelo que ouvi, ela conseguiu romper uma parte da proteção mágica que havia lá com uma águia gigante.

- Será que foi a mesma que a salvou de cair hoje?

- Pode ser.

Ethan recostou a cabeça na placa de metal que revestia o interior do veículo. Precisava pensar como tirá-los dessa situação, e rápido.

- E esse cara? – perguntou Will, cutucando um jovem rapaz, deitado no chão da viatura.

- Acho bom não acordá-lo, não sabemos o que ele fez pra estar numa viatura. – advertiu Uriel.

- N-não pode ter sido nada grave, não é? Não iriam colocar um assassino perto de nós, iriam? – questionou August, entrando em pânico.

- Para a polícia somos farinha do mesmo saco. – justificou Ethan. – Além disso, não esqueça que agora temos '' arrombadores de residência'' na nossa ficha criminal.

Agora foi a vez de Uriel entrar em pânico.

- O quê?! – exclamou, atônita. – Mas isso é ridículo! Os direitos da criança e do adolescente... eles não podem sujar nossa ficha, nós nem entramos na casa!

Uriel se remoeu de inquietude. Algo tão grave em sua ficha certamente a impediria de adquirir o menor que fosse dos cargos no Ministério da Magia.

- É.... não entramos porque já havia alguém lá dentro. – relembrou Will.

- Isso é verdade. – concordou Ethan. – Mas não temos como comprovar isso. Quando a polícia chegou, estávamos dentro do território dos Snide. E adivinha? Acho que nenhum de nós tinha em mãos um convite para uma festinha.

Uma Trouxa em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora