(Especial) Uma Festa Memorável

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(Olá, queridos leitores! Segue esse capítulo super especial em agradecimento a vocês pelo marco de 100 leituras em '' Uma Trouxa em Hogwarts'', espero que estejam curtindo a história, e que gostem do capítulo! Beijos!)

Era uma tarde de verão quando a vi sentada num balanço, à sombra de um carvalho, provavelmente fugindo do calor. As outras crianças achavam-na esquisita porque mal abria a boca para falar com alguém - e só falava se falassem com ela primeiro. Eu estava curiosa sobre a nova garota, e resolvi tentar uma aproximação aberta, como já era de costume da minha parte.

- Oi! - eu disse, exibindo o melhor sorriso que eu consegui.

Ela me encarou por um milésimo de segundo, forçou um pequeno sorriso e voltou a olhar para o chão, enquanto se balançava levemente para frente e para trás.

- Qual é o seu nome? - perguntei.

- Noah Calisto. - embora ela nitidamente não estivesse interessada em continuar a conversa, fato evidenciado pela ausência de questionamento sobre o meu nome, eu insisti.

- O meu nome é Eleanor.

Ela levantou os olhos para mim.

- Eleanor do quê?

- Somente Eleanor.

- Que nome horrível, '' Somente''. - Noah disse, séria.

Eu gargalhei. Ela engraçada! Falava uma coisa engraçada com o rosto permanentemente sério, o que reforçava mais ainda o humor em suas palavras. Noah me fitou, confusa.

- Por que está rindo, Somente? - perguntou e eu ri mais ainda.

- Meu nome não é Somente, é Eleanor. - respondi, sentindo a dormência se apoderar dos meus músculos faciais graças à quantidade exaustiva de risadas. - É que eu não tenho sobrenome.

- Por que não?

- Não sei. - dei de ombros. - Quer que eu te empurre? - perguntei, já correndo para a parte de trás do balanço.

Noah me deteve com um grito estridente de '' Não!''. Encolhi os ombros e voltei para a frente dela, para observá-la. Ela parecia nervosa subitamente.

- O que foi? - ela encarava o tronco de árvore retorcido, visivelmente ansiosa. - Tudo bem, não precisa se balançar se não quiser. - falei, tentando acalmá-la um pouco.

- Desculpe. - Noah ainda encarava a árvore. - Não gosto que mexam no meu cabelo.

- Por que não?

- Não sei. - respondeu, dando de ombros.

Assenti levemente com a cabeça, em concordância.

- Então estamos quites! - falei, recuperando a atenção dela novamente. - Não sei meu sobrenome e você não sabe porque não gostam que mexam no seu cabelo.

Noah sorriu levemente, concordando.

Sentei ao lado dela e conversamos quase a tarde inteiram sendo interrompidas somente pelas ameaças da diretora para que fizéssemos o jantar - isso ou morreríamos de fome. De qualquer modo, eu estava feliz. Noah e eu nos demos super bem! Para a maioria das pessoas o seu jeito e comportamento poderiam ser motivo de afastamento - para mim, porém, cada minuto passado ao lado dela me dava mais certeza sobre o quão preciosa era sua amizade, e eu estava disposta a cultivá-la.

Acordo, desorientada, com o barulho do apito recém adquirido pela diretora Cleonice e caio de cara no chão ao lado da cama, sentindo meu rosto doer terrivelmente.

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