(Especial) Dia das Bruxas - Parte 1

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(Na multimídia, a ilustríssima Gertrudes).

- Você disse que era bom em falsificar convites, Ethan! – protestei, olhando nervosamente o relógio na parede.

Eu andava de um lado pro outro, no Salão Comunal da Corvinal.

- Sim, mas não me apresse! – ele reclamou, voltando sua atenção ao trabalho em sua frente. – Pronto, está feito!

Peguei o convite.

'' Prezados(a) ________, os O' Sullivan estão felizes em convidá-los(as) para nossa celebração do Dia das Bruxas. Esse ano, tornaremos nossa comemoração ainda mais especial, com uma amostra cultural realizada por cada uma das famílias. Você e sua família são livres para decidir qual parte de nossa cultura irão representar, entre música, gastronomia, arte e afins.

Obs.: Todos os pets, exceto os raivosos, são bem-vindos.

Att,

Sr. O'Sullivan. ''

Li e reli o convite várias vezes até ter certeza de que não havia deixado passar nenhum erro ortográfico.

- É, acho que está bom. – falei.

- Claro que está, fui eu quem fiz. – disse Ethan, fazendo-me revirar os olhos.

- Certo, temos que entregar isso a todos antes que seja tarde!

- Vai dar tempo, vamos.

Descemos a escadaria rapidamente, comigo quase tropeçando nos cadarços vez ou outra. Hoje Hogwarts estava repleta de jovens bruxos e bruxas vestidos casualmente – afinal, era uma data comemorativa e, aqueles que não fossem ficar no castelo para a celebração, iriam para suas casas.

Chegamos ao espaço exterior, onde Hagrid e os demais já nos aguardavam.

- Vocês chegaram, ótimo! Vamos! – disse, aprontando o barco.

- Hagrid, você vai a algum lugar hoje? – perguntei, arrumando minha pequena maleta.

- Bem, vocês sabem, aqueles que não vão para suas casas sempre ficam em Hogwarts. – respondeu, evasivo.

Assenti positivamente.

- Você quer vir para a casa do Ethan? Haverá uma feira cultural! – perguntei, animada.

- Eu agradeço o convite, mas hoje servirão costeletas de porco, então... – ele respondeu, sorridente.

Eu sorri de volta e olhei para os barcos cruzando o Lago Negro, em direção à Estação de Hogsmeade. Noah vez ou outra perguntava a Ethan se na fazenda dos seus pais havia polvilho. Os outros tagarelavam sobre o plano que lhes apresentei e sobre o possível desenrolar dos acontecimentos.

Quando finalmente chegamos à estação de Londres, Ethan se apressou a pedir um táxi mágico. Eu nunca havia andado num desses – na verdade, não havia muitas coisas, mesmo no mundo trouxa, que eu já houvesse feito. – então perguntei a cada segundo sobre o funcionamento do carro ao motorista.

Felizmente, ele respondia todas as perguntas com satisfação – acho que não havia muitas pessoas interessadas no objeto de trabalho dele, ou mesmo no trabalho dele.

Descemos do táxi com August se sentindo enjoado. Ele soltava algumas queixas vez ou outra, enquanto seguíamos por uma estrada de terra, sobre a alta probabilidade de contrair gripe durante o uso de um transporte '' coletivo''.

- Ethan, já estamos chegando? – perguntou Izzie, visivelmente cansada, como o resto de nós.

- Sim, aguentem só mais um pouco! – respondeu Ethan, tão animado como um escoteiro reconhecendo uma trilha familiar.

Uma Trouxa em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora