Missão Impossível

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(Gente, gostaria de agradecer a todos vocês pelo marco de 1K de leituras dessa história incrível que está só no começo! <3 Continuem acompanhando Uma Trouxa em Hogwarts!) 

(Na multimídia, o Will aguardando você votar na história).

- Podem vir, a barra está limpa. – anunciou Ethan, sentindo-se o próprio 007.

Movemo-nos até a próxima coluna que nos ocultaria de Filch, caso o mesmo resolvesse aparecer para verificar esse corredor.

- Ethan, tem certeza? – perguntei, observando, atrás de mim, os olhares assustados dos demais.

Embora quisessem parecer corajosos, oferecendo-se para nos acompanhar nessa missão suicida, era nítido agora e quase palpável o terror que começava a se apoderar de todos.

- Lea, por Salem! Eu já disse que sim! – respondeu, espiando mais uma vez o próximo corredor que nos levaria, enfim, às masmorras.

Suspirei profundamente, tentando ordenar meus pensamentos. Já faz uma semana desde o primeiro dia das bruxas de Noah e eu, nós duas gostamos muito do feriadão na casa da família do Ethan, mas a Noah parecia obcecada em voltar para lá e continuar a produção de Polvilho – tanto, que começou a ter episódios de insônia novamente.

Para a infelicidade dela, ela possuía uma amiga que era sinônimo de desastre, e havia desperdiçado toda sua poção do sono – ainda que não de propósito. Quando contei aos demais sobre a insônia de Noah, eu esperava realmente que algum deles apresentasse uma solução viável – mas cá estávamos, nós, a caminho da Sala de Poções, para obter uma nova amostra da poção.

- Sua avó não tem nenhuma poção, August?! – perguntei, exasperada, no café da manhã do dia anterior.

- Minha avó mora na Irlanda, vai demorar até a poção chegar até aqui. – respondeu, encolhendo os ombros.

Olhei para Noah, que comia polvilho furiosamente. As noites que ela estava passando em claro não ajudavam nem um pouco a controlar sua ansiedade.

- Eu quero voltar pra lá! O polvilho é muito delicado, seus pais não saberão tratá-lo! – exclamou Noah.

Ethan tentou explicá-la diversas vezes que sua família já produziu inúmeros lotes de polvilho de qualidade, mas a Noah insistia que ela precisava monitorar, pessoalmente, a produção.

- No próximo feriado você vai! – retorquiu Ethan.

- Não! Eu quero ir agora! – disse Noah, carrancuda.

Pus as mãos entre a cabeça e tentei pensar numa solução rápida. Eu provavelmente convenceria a Noah a esperar até o próximo feriado para ir até a fazenda, mas eu precisava fazê-la dormir ou eu acabaria enlouquecendo – afinal, eu também não conseguia dormir bem com ela tagarelando ao meu lado absolutamente tudo que sabia sobre o polvilho, rãs e jogos de tabuleiro.

- Eu tive uma ideia! – falei, quase saltando da cadeira de emoção.

- O quê?! Diga! – exclamou Ethan, os olhos brilhando de excitação.

Ele claramente estava cansado de tentar discutir com a Noah sobre o polvilho produzido na fazenda de seus pais.

E, bem, cá estávamos nós, pondo meu plano louco em ação.

- Eu acho melhor voltarmos, isso não pode acabar bem! – disse August, tremulando de leve.

- Shhh! Cale-se! – pediu Will, esticando-se para dar uma espiada no próximo corredor.

Meu único conforto era saber que Uriel e Izzie estavam circulando próximas a nós, como distrações perfeitas, caso alguém aparecesse. Teríamos tempo para escapar – afinal, as duas eram ótimas em manter conversa fiada, sobretudo Izzie, aspirante a jornalista. Em minha mente tudo estava arquitetado brilhantemente: entraríamos na sala de Snape furtivamente, pegaríamos a Poção do Sono, e sairíamos. Fim.

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