Desespero Coletivo

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Os professores Fílio, Minerva e Snape correram, juntos, para me parar, prevendo o acontecimento de uma desgraça.

- Saia do salão imediatamente, Snide. – ordenou Snape.

Snide permanecia estática diante de mim, e pude sentir o desespero em seus olhos – naquele momento, essa sensação era magnífica. Eu me sentia muito poderosa, como se eu fosse capaz de fazer tudo que quisesse.

Ray Quinn e Phoebe Bellini tiveram de tirá-la dali, pois ela permanecia com o olhar estatelado, distante e vazio.

Eu pude sentir os vários olhares dos alunos em mim, não havia como evitar. Eu, estando na situação deles, também olharia uma aluna desaparecida reaparecer meses depois dessa forma.

Consegui sentir a energia furiosa que fluía de mim para os professores – não sei se eles também conseguiam sentir, provavelmente sim.

Para minha felicidade, o jantar havia terminado mais cedo por minha causa – então os alunos curiosos foram forçados a saírem do salão principal, restando apenas as pessoas consideradas essenciais.

- Eleanor! – exclamou o Ethan, ainda incrédulo, deixando-se cair na cadeira.

- Não se aproximem. – advertiu o professor Fílio, enquanto evocava alguns feitiços em sua varinha.

Olhando para meu próprio corpo, eu pude ver uma energia preta misteriosa fluir de mim para a varinha dos professores.

- Alvo! – gritou o detetive, ofegante, da porta do Salão Principal.

O diretor permanecia em pé, observando o que quer que eles estivessem fazendo comigo.

- Eu... a trouxe de volta. – ele murmurou, recuperando o fôlego.

Dumbledore afastou-se para conversar em particular com o detetive.

- O que aconteceu? – perguntou o diretor, encarando-me de longe.

Eles não sabiam da minha super audição, então também não sabiam que era inútil conversar daquela distância, pois eu ainda conseguiria ouvir tudo.

- São os animais mágicos, eles fornecem essa quantidade extraordinária de magia a ela. Pelo pouco que vi, parecem ser familiares. – informou o detetive. – Eu esperava que um dos seus professores pudessem me dar mais informações sobre isso.

- Pra falar a verdade, detetive, ainda estou abismado com a quantidade de magia presente nela. – falou Dumbledore, sinceramente. – Se não fosse a velocidade de reação dos professores, eu sinceramente não sei o que teria acontecido.

Dentro de si, nutria sérias dúvidas sobre minha capacidade de autocontrole e de conviver com outros alunos de Hogwarts normalmente. Ele explicou brevemente ao detetive sobre o ocorrido antes de sua chegada.

- Oh, compreendo... mas a outra aluna era realmente irritante? – perguntou o detetive, recebendo um olhar de desaprovação do diretor. – Quer dizer, você acha que pode lidar com isso, Alvo?

Dumbledore estreitou os olhos em minha direção, as mãos para trás numa posição que lhe conferia um ar de autoridade.

- Eu sinceramente não sei, Jaeger. – respondeu Dumbledore, sincero. – Espero que sim, mas temo que não.

- Permita-me fazer uma sugestão, Alvo. O ICC...

- Não. – interrompeu o diretor, cortesmente. - Permita-me, detetive, lidar com isso da minha própria maneira, sim? Caso não dê certo, garanto que confiarei a você a missão de tentar.

O detetive aceitou, relutante. Ele sabia que não havia como discutir com Alvo ou persuadi-lo a mudar de opinião, uma vez que havia se decidido.

Enquanto isso, os três professores invocavam uma espécie de magia de selamento para mim. Era confortável sentir a energia negativa ser lentamente drenada – aos poucos, consegui me acalmar e retomar o controle do meu corpo.

Uma Trouxa em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora