(Feliz Natal e Feliz Ano Novo a todos vocês que acompanham UTEH, pessoal! Continuem lendo essa história incrível e não esqueçam de votar, se gostarem do capítulo! Boa leitura!)
Enquanto o carro movia-se a uma velocidade vertiginosa, meu cérebro trabalhava em igual velocidade para tentar decifrar a identidade do remetente daquele bilhete misterioso e ameaçador.
Observei com certo saudosismo a paisagem de Hogwarts ficar para trás. Afinal, Hogwarts agora era o lar de Noah e o meu também. Pensar que apenas há alguns meses atrás eu vivia praticamente um pesadelo era estranho.
É como se apenas alguns meses vivendo numa situação decente - isso, claro, desconsiderando-se minhas quase mortes no período - fossem suficientes para trazer de volta a alegria à vida.
- Eleanor, você está bem? - perguntou Liam, sentado à esquerda do automóvel.
- Huh? - percebi, desatenta, que ele falava comigo. - Ah, sim, estou.
- Você está muito quieta desde que deixamos Hogwarts. Aconteceu alguma coisa?
Lembrei da noite em que Noah e o clube sete inteiro estavam contra mim e minha ideia de partir com o Liam para a casa dos Blackwood.
- Não é nada. - assegurei, forçando um rápido e breve sorriso.
Ele assentiu positivamente, estudando-me com seus olhos claros. Liam não era o tipo de pessoa que é enganado facilmente, disso eu sabia, mas fiquei contente por ele não ter insistido em saber. Contá-lo só o faria se sentir tão péssimo como eu estava.
Quando desembarquei do veículo, quase caí, zonza, mas segurei na porta a tempo.
- É difícil se acostumar a viagens mágicas, não é? - questionou Liam, rindo levemente diante da cena.
- Muito! - concordei, esfregando os olhos.
- Talvez devêssemos ter vindo de vassoura, afinal.
Engoli em seco.
- Não, não! Vassouras não! Assim está ótimo! Olhe, já estou inteiramente recuperada.
Eu fiquei em pé numa perna só, mas quase caí novamente, sendo amparada por Liam dessa vez.
- Eu acho que você precisa descansar. Vem, vamos entrar. - concluiu Liam, pondo meu braço por cima do seu ombro.
- Quer ajuda, senhor? - perguntou o mordomo, que saiu às pressas para nos receber.
- Não precisa, obrigado. - garantiu Liam.
- Mas alte... - o mordomo corrigiu-se imediatamente. - senhor, eu estando aqui, como poderia permitir?
- É sério, Alfred. Está tudo bem. Ajude o motorista com as bagagens, sim?
O mordomo concordou, a contragosto. Observou-me com o olhar especulativo de quem enxerga uma espécie diferente de humano - talvez a pobreza segregue bem mais do que supomos, afinal. Era nítida a diferença entre mim e o Liam.
Eu estava com as roupas que compramos na loja da Madame Malkin '' Roupas para Todas as Ocasiões'' e, mesmo assim, nem conseguia estar à altura de Liam. Aposto que todas as suas roupas são confeccionadas por um alfaiate particular, feitas sob medida. Se bem que, tratando-se do Liam, acho que até um saco de pano velho cairia bem.
Enquanto caminhávamos, uma longa fila de empregados permanecia de pé, formando uma trilha por onde iríamos passar.
- Nossa, quanta gente! - exclamei, recebendo um olhar de desaprovação de uma senhora à minha frente.
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Uma Trouxa em Hogwarts
FanfictionA pequena e curiosa Eleanor acaba indo parar, acidentalmente, no Expresso Hogwarts, o tão famoso trem no mundo bruxo que conduz os novos alunos a sua nova Escola de Magia e Bruxaria. O que será que acontece com ela quando percebem que a carta de con...