Um Café Indigesto

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Amaldiçoando internamente a rã, desci as escadas, dando passos furiosos.

Em frente ao professor Snape, todos nos pusemos a falar ao mesmo tempo, o que visivelmente o irritou.

- Vocês precisam aprender... – ele entregou a rã, segurando-a pela pata, à Noah, que prontamente a segurou. – a não trazer animais de estimação para fora dos dormitórios. Muito menos quando são asquerosos. Menos 2 pontos para cada casa.

- Mas professor Snape, eu não tive nada a ver com isso! – interviu Will, desesperando-se com a ideia de perder pontos para a Grifinória.

- Vai negar, – Severo aproximou-se perigosamente dele, que engoliu em seco. – que estava no meio da confusão envolvendo este anfíbio? – ele apontou para Gosmenta, que parecia feliz por estar viva.

- Não... mas, - retorquiu, mas o professor o interrompeu.

- Ótimo.

Dando as costas, Snape seguiu para o Salão Principal.

- Eu disse que era uma má ideia, Ethan! Não deveríamos ter nos envolvido! – disse Will.

- William, encontramos ela desmaiada na escada enquanto descíamos, o que era suposto de fazermos? Deixá-la lá? – questionou Ethan.

- Sim, não é da nossa conta. Outra pessoa teria ajudado.

- Com licença. – eu interrompi. – Ainda estamos aqui. Primeiramente, obrigada pela ajuda, mas eu teria me virado sem vocês.

- Não teria não. Nem sabíamos como descer. – disse Noah, ainda irritada comigo porque tentei roubá-la Gosmenta.

- Depois que eu fechar a porta do Salão Principal, retirarei 5 pontos de todos os atrasados. – falou Snape, um pouco mais à frente.

Corremos para o Salão Principal, felizmente todos chegamos primeiro que ele. O café da manhã foi turbulento, Uriel perguntando-nos constantemente o que havia de errado.

- Vão reclamar muito, cara... – dizia Will, visivelmente perturbado pela retirada de pontos, lançando aos alunos da Grifinória um olhar ansioso.

- Não vão, William. Acalme-se. – falou Ethan, aparentemente mais para si mesmo, pois o garfo tremia levemente em sua mão.

- O que aconteceu?! – perguntou Uriel, pela terceira vez, não escondendo o tom de irritação em sua voz. – Alguém vai me contar?

- Pergunte à ladra de rãs. – disse Noah, casualmente.

- Ladra de... ah! É sério, Noah? Eu estava tentando levá-la confortavelmente até os dormitórios, você sabia que Gosmenta não seria permitida fora de lá! – respondi.

- Confortavelmente? Ela pulou um precipício para se livrar de você.

- Não teria pulado se você não tivesse feito tanto escândalo.

- Fiz escândalo porque ela é minha, e você queria levá-la para longe de mim sem meu consentimento!

Uriel acompanhava a conversa aturdida, tentando forçar seu cérebro a trabalhar rápido para entender tudo nas entrelinhas.

- Gosmenta é o nome da rã? – perguntou Uriel.

- Ela não gosta daquela caixa, eu disse a você, mas você não me ouviu. – continuou Noah, ignorando Uriel.

- É, sim. Definitivamente. – falou Will.

- Sim? É o nome da rã? – questionou novamente Uriel, imaginando se Will teria respondido à ela.

Uma Trouxa em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora